Prólogo

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Os olhos castanhos de Asher encontram os meus em uma fração de segundos. O meu coração bate incontrolavelmente, como da primeira vez. Esse é o efeito que ele tem sobre mim, não importa quanto tempo fiquemos sem nos ver, sempre será como se fosse a primeira vez. Nenhum de nós ousa falar uma palavra, o medo de dizer qualquer coisa que acenda tudo que vivemos é palpável. Dylan se meche ao meu lado, e eu me desperto dos meus pensamentos.

"Como vai, Asher?" meu namorado se pronuncia. Os olhos castanhos se movem de mim para Dylan repentinas vezes, procurando alguma resposta.

"Bem, já faz muito tempo" ele responde em um tom calmo e sereno. Eu mal reconheço quando as palavras saem de sua boca.

"Sim, um longo tempo" confirma. "Bem, nós temos que ir agora, ainda enfrentaremos uma viagem de volta para Seattle." Eles conversam entre si.

Eu pareço invisível na conversa. Não por culpa deles. Mas eu não me atrevo a fazer qualquer tipo de comunicação com o homem à minha frente. Eu não esperava reencontrá-lo depois de tanto tempo, muito menos na aposentadoria do meu pai.

Eu deveria imaginar, claro, afinal meu pai sempre foi amigo da família Alcker.

"Querida?" Dylan beija o topo da minha testa. Pisco algumas vezes e dou o meu melhor sorriso para ele. "Vamos, não podemos perder o vôo." ele lembra.

Confirmo com a cabeça, ainda fitando os olhos castanhos à minha frente. Um pequeno e quase invisível sorriso se forma em meu rosto, e eu aceno lentamente para Asher. Sua expressão, no entanto, não muda. Aos poucos, nos afastamos da multidão de pessoas e seguimos o nosso caminho. O ar finalmente entra em meus pulmões quando chegamos ao carro e me sinto segura.

"Tudo bem?" Dylan pergunta curioso.

"Sim, está tudo bem." sorrio para ele e entramos em seu carro.

Mas não estava. Não que estivesse ruim, mas nunca estaria completamente bem. Porque não importava o esforço que eu fizesse para mantê-lo longe, ele sempre estaria em algum lugar. Porque no final de tudo, eu sempre soube. Desde o início, sempre foi ele.

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