Capítulo 2

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3 Anos Antes...

Ao adentrarmos a sala de estar do luxuoso apartamento nos deparamos com os donos, em um sofá cinza extenso e elegante vejo três pessoas igualmente elegantes acomodadas e conversando tranquilamente. A primeira que noto é uma mulher que aparentar ter cinqüenta anos com sua pele clara, nariz fino e olhos verdes, seu cabelo extremamente negro está puxado em um coque apertado no topo de sua cabeça, com seu vestido dar cor esmeralda logo nota nossa presença e levanta para nos receber.

- Bom dia Lucia, como vai? Pergunta cumprimentando minha mãe com um beijo, quase fico impressionada pela sua educação.

- Vou muito bem Sra. Raquel, como falei na semana anterior trouxe minha filha, ela irá me ajudar. Espero que não se incomode! Sr. Raquel se vira e me cumprimenta com um beijo.

- Oh! Lembro-me que havia comentado comigo, prazer em conhecê-la, me chamo Raquel Torres e você?

- O prazer é meu Sra. Torres, me chamo Dominique. Respondo timidamente, senhora Torres pode ser intimidante, neste momento ela se vira e apresenta o restante das pessoas que estão presentes. – Aqueles são meu marido Dereck e meu filho mais novo Nicolas.

Os dois olham na minha direção, assim que como a Sra. Raquel seu filho e seu marido tem uma beleza estonteante. Dereck é alto, por volta de 1,85 de altura, tem traços fortes e penetrantes olhos castanhos claros, seus cabelos são quase o tom exato de seus olhos, tem um corpo bem construído que eu aposto ser resultado de exercícios físicos, o aperto de sua mão é firme e educado. Já o filho mais novo do casal é uma mistura perfeita de seus pais seus cabelos são negros como o de sua mãe e seus olhos são verdes, nariz reto e ele é quase tão alto quanto seu pai, aparenta ter uns 16 ou 17 anos, seu corpo é magro, mas bem definido como mostra seu uniforme escolar.

- Prazer em conhecê-la Dominique. Diz apertando minha mão e a segura mais do que é realmente necessário, seu gesto me deixa envergonha, graças a Deus sou negra e não fico vermelha, ou então todas na sala teriam notado meu desconforto.

- Com as apresentações já feitas, vamos iniciar o trabalho senhora, licença. Minha mãe diz de modo educado. 

– Fiquem a vontade e se necessitarem de algo é só me informar. Estamos de saída, a propósito Erick ainda está dormindo em seu quarto, logo ele vai levantar para não atrapalhar vocês. Tenham um bom dia!

Agradecemos e dizemos o mesmo a eles. Logo após minha mãe nos encaminha para área de serviço, onde deixamos nossas bolsas e colocamos nossas marmitas na geladeira para almoçarmos mais tarde.

- Dom, vamos dividir os cômodos, eu arrumo o quarto do Nicolas e você arruma o quarto do casal, logo após vamos para o quarto de hospedes enquanto esperamos o Sr. Erick acordar, quando ele sair você fica com o quarto dele e assim que terminar você vem me ajudar a arrumar a sala de jogos. Assinto para minha mãe e já começo a recolher o balde e produtos que vou necessitar para fazer a limpeza, estou morrendo de vontade de trocar minha roupa, para arrumar de forma mais confortável, mas como o filho dos patrões está em casa prefiro aguardar.

Com isso minha mãe me mostra o quarto que vou começar, e no momento que ela abre a porta meu queixo cai, fico totalmente impressionada com o luxuoso quarto do casal, o quanto na cor preta e prata, janelas que vão do chão ao teto mostram a visão da cidade logo abaixo, há uma televisão de tela plana enorme, uma estante enorme que em sua decoração possui livros, DVDs, CDs, fotos da família, e pequenas esculturas de argilas, no meio do quarto tem uma enorme cama de casal. No canto perto da janela é duas poltronas elegantes na cor preta, quarto é extremamente elegante, mas sua decorações é simples.

Isso é que é ter bom gosto!

Eu começo arrumando a cama, trocando o lençol e as fronhas dos travesseiros, logo após pego um edredom do closet, e forro a cama ajeitando o travesseiros e almofadas na cama, assim que termino começo a varrer o chão para não levantar sujeira na hora que eu for tirar pó, assim começo pela estante ajeitando cada coisa em seu lugar, depois passo aspirador de pó nas poltronas. Em seguida vou ao banheiro que se encontra no quarto e olho admirada, ele é enorme, maior que o meu quarto e o banheiro lá de casa juntos, tem um chuveiro enorme e uma banheira de hidromassagem, e um espelho também enorme com a bancada lotada de cosmético e perfumes com aparência de ser caro.

Vou retirando tudo com cuidado e coloco na cama, e inicio a limpeza, apesar de ser enorme o banheiro é fácil de limpar, reparei que são bem organizados, o que facilita meu trabalho. Após finalizar o banheiro, passo pano no chão do quarto, e venho com cera para lustrar o chão de mármore de cores escuras. 

Assim que termino saio do quarto, e vou para o próximo segurando o balde com os produtos dentro, quando abro a porta de madeira tomo um susto e dou um gritinho ridículo e deixo cair os objetos que seguro, em minha frente está um rapaz, rapaz não um homem. Um homem de toalha, TOALHA! E toalha branca só para acertar mais um prego no meu caixão da vergonha, eu tapo meu olhos com as duas mãos e me viro.

- Você não sabe bater? Pergunta o homem com uma voz grave e claramente irritada, também não é pra menos. Até eu ficaria irritada se alguém entrasse no meu quarto enquanto estou me trocando.

- Mi- Mil des - des... Desculpas senhor! Eu pensei que estava entrando no quarto de hospedes. Viro-me para pegar as coisas e me retirar o mais rápido possível e dou outro gritinho, o senhor que presumo que seja o tal Erick está retirando a toalha. Me baixo tapando meus olhos com uma das mãos e pego os utensílios com a outra. Em seguida levanto e com os olhos fechados pego na maçaneta da porta e giro para sair. – Mais uma vez desculpe senhor.

Saio de lá como um morcego fugindo do inferno, merda, merda e merda. Espero que ele não fique com raiva de mim, tento outro quarto e finalmente acho o de hospedes. Respiro fundo ofegante, tento me acalmar.

- Está tudo bem, foi um acidente e o mais importante não deu tempo de ver nada, ai minha mãezinha!!!

Assim que me acalmo começo a arrumar o quarto, esse também é grande, mas é mais simples que o de casal obviamente, sendo um quarto de visitas.

Tento me distrair me envolvendo na limpeza, mas não consigo parar de me lembrar e de rir da cena que encontrei no quarto. Nem pude visualizar direito a pessoa, deve ser o filho mais velho da Sra. Raquel, e realmente espero não vê-lo novamente, por Deus que situação constrangedora!

Para tentar esquecer o que ocorreu anteriormente, pego o meu celular e seleciono uma musica, porque trabalho com musica é um trabalho produtivo. Logo me animo quando ouço a voz de Rita Ora cantando Anywhere, a letra é linda e o ritmo contagiante, tão contagiante que termino o quarto bem rápido. Assim vou em direção a porta e coloco só a cabeça do lado de fora para ver se o quarto que havia entrado já estava desocupado.

- Eu já me arrumei e já deixei livre pra você entrar. Uma voz do nada fala comigo e dou outro pequeno grito. – Você grita assim o tempo todo? Pergunta a voz irônica. Me viro para responder.

- Bom geralmente quando levo um susto Sr.

Assim que o olho engulo em seco.

Uau

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