CAPITULO 1

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Capítulo Um

Faltando apenas duas horas, para o declínio chamado "piscicologo".
Minha mente fica totalmente enjoada, tipo é odioso fazer a mesma coisa toda a santa semana só para dizer _ normal, estou bem. Ou algo do tipo.
Que declinação odiosa, isso é algo que meu amigo Tom chamaria de "punheta infinita de um mentalismo triste e sem vida."

Tom amava falar essa frase, infelizmente ele não está mais aqui para questionar o quanto eu odeio a vida.

Voltando ao assunto do "piscicolo", minha mãe diz que "desabafar" é algo que te ajuda à melhorar.

Tipo " desabafar?", acho isso uma perda de tempo, sinto que os piscicologos estão mais preocupados com suas vidas particulares do que comigo, do que ouvir esse mero mortal.
Mais infelizmente, minha mãe não entende isso, não mesmo, ela acha que a terapia vai me "ajudar" e me "cura" de (U.V.T.D).
"Uma Vida Totalmente Depressiva."

Depois que meu pai morreu, minha mente criou o que os piscicologos chamam de transtorno pós trauma, um transtorno que eu desenvolvi por não aceitar a morte dele, então isso está me afundando, me consumindo cada dia.
Em uma das consultas perguntei se era normal eu ver ou ouvir coisas, o piscicolo me disse que isso acontece quando estou numa parte vulnerável da minha vida, resumindo, estou ficando louco.

Esse transtorno só tinham uma solução, muita terapia.

Então minha mãe decidiu me levar duas vezes na semana ao piscicolo e ela também me obrigou a participar de uma roda para pessoas com transtornos mentais, traumáticos e também pessoas com dependências químicas.

Nossa um paraíso de depoimentos de superação e de incentivo de como podemos melhora se nos abrimos e nôs agararmos a vida.

Toda vez que eu ia à roda, tinha que falar sobre, como foi minha semana ou se minha terapia deu algum passo importante.

E era isso que fazia odiar ainda mais a vida.

Ainda deitado em minha cama, estava pensando "quanto ainda vai demorar para eu parti?."

nossa "parti" , tem dias na minha vida que eu fico horas repetindo essa palavra, parti, parti, parti....., iai nossa eu nuca canso.

Pensei em perguntar à minha mãe, se ela se sentia culpada pelo que está acontecendo em minha vida.

Más depois de um tempo pensando, deixei quieto, fazer esse tipo de pergunta à alguém que perdeu o marido à apenas dois anos e cinco mêses e que possivelmente logo, perderá o filho já é tortura demais.

Em uma das minhas visitas ao piscicolo, falei sobre isso com ele, sobre, minha morte, em como ela vai reagir e tudo mais.

Ele me perguntou, "como eu tinha tanta certeza que ia morrer?"

Bem eu olhei para ele e fiz uma pergunta.

_senhor Tomy, quantos dos seus pacientes conseguiram se curar ou pelo menos avançar para um um estágio de recuperação que pode-se chamar sóbrio?

Ele ficou calado até que alguns segundos depois respondeu.

_Bem, até agora nenhum....
_então acha mesmo que à vida me presentearia com a cura?
_Bem Noah, é difícil de responder, seu caso se requer bastante atenção e muita terapia.

O GAROTO QUE SONHAVAOnde histórias criam vida. Descubra agora