Next to me

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(Rebeca Green)

-Ei, ei! Se acalma. -Caio ergue as mãos na altura no peito e a move.

-Caio. -minha respiração está ofegante.

-O que aconteceu?

-Eu sai do banheiro e um homem me parou, ele me prensou contra a parede e disse que ele perdeu um dos homens dele, eu não me lembro muito bem. E depois, depois vieram dois homens atrás de mim. -falo tudo muito rápido. Caio bota as suas mãos em meus ombros.
-Eles não vão mais tocar em você, os filhos da puta já nos viram juntos. Irei mandar os caras atrás deles, mas você tem que me os descrever.

-O primeiro homem era alto, tinha olhos escuros, algumas tatuagens e cabelos loiros escuros. -eu digo olhando para minha mão, tentando me recordar da imagem do homem.

-E os dois outros?

-Eu vi um negro alto e o outro era ruivo e aparentava ter um pouco mais de idade do que o do outro. -falo com certa dificuldade.

-Se eu te pedir para deixar essa festa agora, você deixará? -ele me olha nos olhos.

-E-eu..

-Tudo bem, ela está comigo. -Louis aparece do lado de Caio.

-Louis, você precisa a tirar daqui. -Caio diz para ele.

-Ela está se divertindo.

-Não, Louis. -nego e então ele me olha.

-Não posso a tirar daqui antes que o Zayn chegue. -Louis diz sério.

-Onde está o Lucas?

-Ele está com a empregada, eles estão no quarto. Ele está bem, ele está dormindo.

-Tem certeza, Louis?

-Pode confiar em mim, cuidarei dele como se fosse meu filho. -As suas palavras soam para mim muito reais.

-Obrigada. -agora eu olho para Caio.

-Beca. -ele sussurra, eu concordo.

-Eu vou, não se preocupe. -ele entorta a boca.

-O Zayn não vai gostar disso, Beca. Você sabe.

-Louis, eu preciso ir.

Ao dizer tal coisa eu viro as costas e caminho em direção a saída.

Quando finalmente saio da casa do Louis, eu noto a centena de carros que tem na frente de casa, que levam até mais ou menos o final da rua. Procuro por meu carro, mas eu não o acho e é ai que eu me lembro que Zayn o levou.

-Droga.

Levo as mãos na cabeça, mordo os lábios e nego.

Começo a andar pelas ruas, não posso dizer que tranquilamente, mas sim com medo, muito medo do que tem nessas ruas.

Já é tarde, o silêncio é doentio, perturbador, indecente. Te faz querer correr para de baixo das cobertas onde o teu cérebro faz acreditar que é um lugar seguro para estar. Mas na verdade, por onde passo parece ser completamente perigoso, arriscado e isso pode me "machucar" de alguma forma.

Preciso manter a calma e caminhar com sabedoria e segurança mental. Tenho que ter segurança de mim mesma.

Enquanto eu caminho olhando para todos os lados, só ouço o som da minha respiração e do salto que bate no chão causando um barulho irritante.

Ao andar alguns quarterões, eu finalmente chego na frente do meu prédio. Suspiro fundo e entro no mesmo. Aceno para o porteiro e entro no elevador, solto um longo e demorado suspiro.

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