Flashback_on
-Então bonequinha, sentiu minha falta? Pois eu senti a sua!- Corro até seus braços o abraçando apertado, estou tão feliz por ter chegado do exército
-Eu senti tanta falta! Esperei tanto por você!- encho seu rosto e bochecha de bitoquinhas- te amo maninho!
-Eu te amei primeiro, desde o dia em que você nasceu...tão pequena e indefesa
Flashback_off
Eu lembrei dele mais uma vez... e ficar sozinha no quarto parecia uma boa opção, fiquei só por tanto tempo desde que ele se foi que agora me sinto bem melhor isolada.
Novamente um pontinho preto em um mundo totalmente sem corMe jogo na cama olhando para o teto branco...
Uma lágrima começa a escorrer por minhas bochechas, eu chorava todas as noites mas era cedo pra isso, levantei da cama e peguei uma gilete que havia tirando de um apontador
Vou até o banheiro e me tranco por lá, fico de pé frente ao espelho me deparando com o meu verdadeiro "eu" o eu que chorava e era frágil, que agia de forma impulsiva e totalmente rebelde, mas tudo isso pra esconder uma mancha preta em meu coração, era engraçado o jeito que me olhava, era como se essa mancha preta refletisse no borrado de meu delineador ou rímel quando chorava, pois ele escorria por minhas bochechas provando que sim, eu choro e que todas essas coisas que eu faço são como um escudo pra me esconder, pra ninguém me ver, pra desaparecer e não me sentir notada, pra nunca ter que explicar o que se passa, chorar sozinha, sofrer sozinha...mas quando choro posso sentir minha fraqueza e o quanto sou dominada por uma MALDITA gilete
Eu odeio isso, eu quero parar, quero correr e ser livre
"Eu quero ser mais livre que a liberdade. Eu gostaria de poder me amar.."
Repetir isso pra mim era como uma chance de ser alguém, uma esperança, uma dia eu serei livre...Aperto a gilete que estava em minhas mãos conduzindo-a até meus pulsos já surrados e sofridos pedindo alento e misericórdia... um descanso
Deslizo a gilete entre minha pele fazendo sangrar, já não doía quanto costumava doer
Me sinto tão covarde de não ter coragem de acabar com tudo isso de uma só vez....
Lavo meus pulsos vendo o sangue escorrer junto com a água
Saio do banheiro pegando um de meus moletons e o vestindo, me sento na cama logo me jogando
Isso realmente é cansativo, eu só queria parar...
Emily off
Joyce on
Estava o tempo todo jogando na sala de jogos até que resolvo ir chamar a Emily
Vou até o quarto e abro a porta entrando no mesmo
-Olá Bela adormecida!- pulo em sua barriga e percebo sua expressão mudar
-Aíí Joyce- ela me empurra fazendo-me cair ao seu lado- tá louca!? Você é desconfortável! Não pode fazer isso, quer me matar?
-Pare de ser dramática Emi. Ei! vamos para a sala de jogos?- chacoalho ela
-Tá, tá, mas pare com isso!
-Ah maravilhoso, parei!- dou uma gargalhada puxando ela da cama- venha vamos logo, não faça corpo mole
Por fim saímos de lá e fomos pegar algo pra comer na cantina
VOCÊ ESTÁ LENDO
A marrenta do internato
Teen FictionEmily Andrews, uma garota louca, tão profunda quanto suicida, tão meiga quanto chata e rabugenta, mas há algo de diferente, ela é intensa, gosta de suas loucuras e tem histórias pra contar, então...porque não sentar e conhece-la um pouco? SIGAM ME...