Capitulo II

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                              Edu
Distraída, organizando minhas coisas, escuto a escandaliza da minha mãe , grita do que um carro de som :

-- Laaaaaaaaura!
-- Já vou!
-- Querida, vou resolver algumas coisas na rua, mas daqui a pouco volto.

Lhe acompanhei até a porta e quando ela estava saindo no carro, olhei para a direita da casa e vi um garoto sentado no balanço, sem nada pra fazer, estava meio triste. E sozinho.
Quando mamãe desapareceu de minha vista, fechei a porta, e devagarinho fui me aproximando dele. Ele era branquinho dos cabelos castanhos claros. Bom, os olhos não teria visto ainda.
No momento que cheguei perto dele, devia estar pensando em algo, pois não percebeu minha presença :

-- Oi. Você é a nova vizinha daqui, não é ?

-- Sou sim. Mas... Desculpe perguntar, mas por quê está tão triste?

-- Não é tristeza, mas é a cara de que quando você não tem ninguém pra fazer nada, é muito menos brincar.

-- Você não tem nenhum irmão ou primo... Algo do tipo ? - Não conseguia me imaginar numa situação dessas. Que tédio.

-- Nao. E você ?

-- Sou filha única, até agora não tenho ninguém para me fazer companhia, e ainda estamos nos organizando porque amanhã tenho aula. - Estávamos começando a nos entender, e sentei na grama da casa dele, estava cansada de ficar em pé.

-- Amanhã também tenho aula. E onde vai estudar? - parecia que tinha esquecido aquela tristeza de todos os dias.

-- Na escola  Summer Hill.

-- Nossa!! Eu também! Ah, esqueci de me apresentar, sou Eduardo, mas pode me chamar de Edu.

-- Me chamo Laura.

  Eu tinha certeza que depois de nossa conversa, já estamos amigos.
  Ele me chamou para conhecer sua casa, que era parecida com a minha ( morávamos num condomínio, e as casas eram praticamente iguais). Conheço os funcionários da casa.
Eduardo tinha uma jovem moca, Milena, que " cuidava" dele quando seus pais não estavam, o Júlio, jardineiro , e tia Alice que tinha talvez  uns 60 anos, ela cuidava da casa alugada de cozinhar como um chefe. Mulher forte. A casa era muito bem decorada. 

Até as últimas palavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora