COM O AMOR NÃO SE APOSTA.

1º CAPÍTULO:

Celeste estava arrumando sua mochila da escola quando o convite da festa de 15 anos de Bruna caiu no chão fazendo com que ela visualizasse a data da festa, “20 de dezembro”.Isso lhe fez lembrar que faltavam menos de dois meses para a festa.Bruna sua colega de sala queria um real baile de debutantes, com direito a valsa e tudo. O problema é que teria que haver ensaios e Celeste havia sido convidada para ser uma das quinze damas de honra. Estava pensando em não aceitar devido à quantidade de tempo de estudo que aqueles ensaios iriam tomar. Aurea. Sua melhor amiga,fazia questão de lembrá-la todo o tempo de queprecisava se divertir mais... – Celeste e Aurea estudavam juntas desde os 7 anos eram como irmãs.

Celeste não era uma CDF nata, na verdade ela era muito esforçada, estudava constantemente. Deixar que suas notas caíssem por causa de uns ensaios, seria absolutamente imperdoável para ela.

Olhando para o relógio 6:00hs. Celeste deu conta que já era hora de se arrumar para escola.Ela tomou um banho rápido, sem molhar os cabelos e ainda enrolada em suas toalhas procurou pelos seus óculos, foi quando constatou que tinha dormido sobre ele, a armação estava quebrada e uma das lentes rachada. – Poxa vida! E agora? – Celeste extremamente chateada com o que havia acontecido, resolveu que tinha que se trocar rapidamente para chegar cedo e garantir um dos lugares da primeira fila, para poder enxergar melhor o quadro. Não que seu grau fosse alto, na verdade era menos de um, dava tranquilamente para enxergar sem óculos, mas ela preferia não arriscar. Colocou rapidamente suas calças jeans bag, sua camisa que parecia ser um numero a mais que o seu tamanho, -  Na verdade ela comprava grande propositalmente, pois sentia-se mais confortável. Colocou seu tênis All Star e sentou-se na cadeira em frente ao espelho para resolver que penteado fazer. - Celeste nunca usava seus cabelos soltos, ou usava tranças ou fazia um coque e prendia com um lápis. Celeste passou a mão pelos cabelos olhou de lado encarando o espelho e observou seu olhar sem os óculos, ela realmente não costumava demorar muito em frente ao espelho,fazia uma eternidade que não observava seus olhos que eram de um lindo verde claro do tipo que quando vê a luz do sol fica cinza, seus cílios eram enormes e escuros o que realçavam mais ainda o seu olhar. Celeste sabia que seus olhos chamavam atenção devido nas poucas situações que alguém a viu sem suas pesadas armações. Diziam:

-  Você devia usar lentes...

– Poxa! Celeste como nunca notei que seus olhos são tão lindos?!

–Menina onde você escondeu esse olhar?

-  Que óculos pesados Celeste! Use uma armação mais leve que destaque o seu lindo olhar...

Há cerca de quatro anos que ela usava a mesma armação. Eram chamadas de tartaruga. Haviam sido escolhidas pelo seu pai.Sabendo que a filha precisava usar lentes de grau fez questão de levá-la onde sua esposa comprava seus óculos e assim que ele bateu os olhos naquelas armações ficou emocionado comprando –a para a filha. – Filha essas armações vão ficar lindas em você! - Na verdade ele a escolheu por serem parecidas com as armações que sua falecida esposa usava. Celeste já havia visto algumas fotos em que sua mãe usava armações parecidas e para deixar seu pai feliz – Linda papai! Vou ficar com elas. - Na verdade ela amou mais a ideia de possuir algo que era do gosto de sua mãe. Que de certa forma dava a sensação de estar mais perto  dela.

Além das armações serem grandes e escuras o seu pai não comprava lentes anti – reflexo, comprava de resina, pois dizia que se seus óculos caíssem não quebrariam, no entanto fazia tanto reflexo que impedia qualquer um de enxergar o olhar de celeste. –Ela pegou uma escova e rapidamente fez sua trança de costume, levantou alisou sua camisa que estava por cima das suas calças, apressadamente pegou sua mochila, deu um beijo em seu pai, que perguntou: