Uma leve brisa passa entre as árvores, as folhas oscilam lentamente, na clareira próxima vários insetos como joaninhas, grilos e outros voam e giram. Parecem estar fazendo parte de uma dança frenética sobre o campo, girando sobre a grama alta, um pássaro vem voando de uma arvore próxima e passa bem baixo apanhando um inseto para em seguida voltar para o seu ninho e alimentar seus filhotes.
Um som baixo vem do meio das arvores, vem se aproximando, e no meio da grama surge um ser em desabalada correria. Gregory Green Greon, corre com todas as suas forças, em seu rosto o panico, regado pelas gotas de suor, o seu coração batendo forte e rápido, sua pulsação pode ser sentida em suas veias do pescoço e nas suas têmporas, o ar já não era suficiente e começava a faltar, mas ele continuava sua corrida pela floresta.
Seus passos eram rápidos e com uma pisada leve, mas tão leve que as folhas secas sob seus pés praticamente não se moviam, após sua passagem as folhas e os restos orgânicos permaneciam intactos, nenhuma pista era visível, mas estavam atrás dele.
Um pequeno e jovem Leprechaun, não passa dos 15 centímetros, tem 65 anos. Suas roupas são verdes, o que ajuda na camuflagem, e são característica de sua espécie, botas que chegam até a metade de suas canelas, adornadas fivelas. Os pés são levemente voltados para dentro, facilitando a corrida em meio a floresta e evitando se enroscar nos ramos e galhos caídos ao chão.
É um sapateiro e seus maiores cliente são as fadas e os silfos, fiéis que vem duas vezes por ano para comprar os sapatos.
Diferente de outros leprechauns, Gregory tinha cabelos curtos, sempre cortava, não fumava cachindo, essas duas características apareceram após um acidente em sua oficina. No dia trabalhou ate dormir sobre os utensílios de sua mesa. Seu cachimbo virou e as brasas caíram sobre as pétalas de flores e a seiva de eucalipto que usava em sapatos de fadas. Incendiaram-se, e ele quase perdeu sua vida, ficou com cicatrizes no rosto e nas costas, sua barba e seus cabelos foram queimados. Seus primos passaram a chama-lo Sem-Pelo, mas ele não ligava de como o chamassem, apenas atendia e falava com todos normalmente. Mas nesse dia, apesar das dores, apesar do medo da morte e da perda de sua sapataria, sentiu algo diferente, uma angustia, uma inquietação que ele não podia dizer o que era. Mas escondeu de todos.
Uma segunda criatura apareceu atras de Gregory em meio as arvores, seu primo, Demetrious Green Greon com mais idade, mais altura, mais gordura e mais cabelos e barba, aliás os seus cabelos chegavam no chão, quando estava parado, mas não nesse momento. Ambos corriam, como loucos e sem uma direção certa, apenas corriam para fugir.
Na sua frente, chegaram na grande clareira, no centro um velho carvalho se mantinha em pé a centenas de anos, a grama cobria o solo, abaixo da grama eles corriam ocultos pela folhas. corriam pelo campo, as raises do carvalho se curvará com o tempo, formando uma toca, lá dentro, Gregory deu de cara com um rato, com a boca toda vermelha e com uma grande bereja em suas mãos. Em seguida Demetrious se jogou, la no escuro os três ficaram olhando para fora. O rato ficou quieto e não se mexia, não fazia nenhum barulho, com seus longos bigodes ele pode sentir a oscilação do ar e o som que vinha pelo solo, as criatura que corriam atras dos dois seres que estavam em sua frente.
Na mata próxima as folhagens se moveram lentamente, uma mão gigante pareceu puxar os ramos e foi surgindo um ser com dez vezes a altura de Gregory, abriu as folhagens com as mãos. empurrando e puxando os galhos. Era algo descomunal e desconhecido para Gregory, pois ele só conhecia essas criaturas das lendas, era uma cria de homem, do sexo masculino tinha aproximadamente 12 anos e mais de 1,50 metros de altura, estava com os olhos esbugalhados e vermelhos procurava por algum movimento, o som saiu de sua boca, era muito alto e incompreensível para Gregory e Demetrious. O medo fez com que os três parassem a respiração por alguns momentos, desceram mais fundo na toca e mergulharam na escuridão. Lá dentro sentiram o calor do fundo da toca. Agora eles não podiam ver nada, mas também não poderiam ser vistos.
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Gregory Green Greon
FantasyGregory é um jovem e pequeno leprechaum (prenuncia-se léprecom). Com 65 anos e 15 centímetros começa a ver a vida de uma maneira diferente após um conjunto de eventos onde ele passa a ser a encarnação de uma lenda