Gregory Green Greon

dia 2 - Profecia

Gregory dormiu pouco e acordou antes do Sol sair, levantou-se de sua cama, feita com musgo seco e coberta com tecido fadico, era confortável e macia, mas a preocupação não deixava Gregory dormir, foi lavar o rosto e esfregou os dentes com ervas. Olhou para fora e viu que ainda estava escuro, saiu pela abertura da frente de sua casa e desceu por uma escada de cordas trançada com algodão de uma paineira que dava algodão duas vezes ao ano e reforçada com teia de aranha.
No terreno da aldeia parou em meio as oficinas e olhou os seixos no chão e ao seu redor, tudo estava calmo e não havia o menor sinal de perigo, sentou-se em um dos bancos de madeira de ébano no centro das oficinas e olhou para o céu, de lá ele tinha uma visão clara e podia ver uma grande distancia, uma pequena nuvem solitária começava a ficar avermelhada, indicando o início do novo dia, mas as estrelas estavam bem visíveis, ele podia ver o cinturão de Órion e uma estrela cadente passou rumo ao sul. Gregory acompanhou com os olhos sua queda e um leve clarão pode ser visto vindo do local. Se perguntou o que era aquele sentimento diferente não era o temor de ser capturado, era algo diferente

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Entendendo o tempo de vida de um Leprechau:
Sua gestação é de 4 meses, nascem um de cada gestação, raramente são gêmeos, suas gestação precisam der uma pausa média de 20 anos entre uma e outra.
São bebês até os dois anos de idade dos dois aos 30 até 50 anos são crianças após este período são jovens, esta fase pode ir dos 60 até os 80 anos e podem encontrar seus companheiros porem ainda não podem reproduzir, quando encontram um companheiro é para sempre e mesmo depois da morte de seu companheiro ficam solitários, com 200 a 250 anos param o ciclo de reprodução e entram na velhice.
Eles podem chegar até os 500 anos, mas de ciclo de vida normal termina por volta dos 350 anos
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Aquela noite a sua cabeça não parava de pensar, novamente as suas veias podiam ser sentidas no seu pescoço, pulsando com a grande pressão do sangue como durante sua corrida e pensou em todo o tempo que estava na aldeia e que nunca saíra dali, pensou nas aventuras que poderia ter vivido, em tudo que poderia ter passado, no entanto ele ficou na aldeia por 65 anos, até aquele dia.

Desta vez uma angustia insuportável tomava o controle de seu espirito e refletia em uma leve dor física no seu coração. O que era aquilo?

Sua mente e seu espírito foram tocados por algo, mas ele não sabia o que era. Agora ele olhava as estrelas e pensava o que faria da sua vida daquele momento em diante. Decidiu que naquela manhã falaria com os Anciões sobre o que deveria fazer.

Em meio as oficinas ele notou uma sombra passar, aos poucos ela foi se aproximando, era Demétrious que vinha em sua direção.
Gregory falou:
- Dormir não consegue?
Demétrious olhou com os olhos arregalados e vermelhos por não dormir a noite toda, com a boca seca e aberta, com os labios brancos e com a pele mais branca que Gregory já havia visto em seu primo falou:
- Meu martelo, perdi na fuga de ontem da aldeia dos homens.
Gregory arregalou os olhos e um frio subiu por sua espinha. Neste momento a angustia tomou lugar do medo
Ver um Leprechaun pode ser considerado uma alucinação, uma miragem, mas qualquer objeto é uma prova física da sua existência. Assim que o pequeno martelo de pedra com detalhes em ouro fosse encontrado os homens teriam a prova e subiriam a montanha atrás das lendas antigas dos potes de ouro.

Gregory subiu até uma casa, chamou um dos anciões da aldeia, agora não importava a hora, contou o ocorrido.

Blastier Targol Odren com seus 287 anos convocou o conselho da aldeia na mesma hora, acordam todos, o barulho terminou de acordar todos os membros da audeia, até às crianças vieram, em poucos minutos todos estavam reunidos no centro das oficinas para ouvir o grande mestre. A população da aldeia foi terminando de acordar e já foram descendo das casas para o centro da aldeia, era incomum ver todos reunidos assim.
Danzeb ad Brookz chegou apoiado em seu cajado, com seus incríveis 432 anos tinha o respeito e a atenção de todos quando falava e ele falou, com tom de voz alto e claro para todos o ouvirem.

- Nesses dias trabalhar não vamos, devemos preparar nossas coisas, nossos espíritos e tomar coragem para abandonar a aldeia. Deverá um grupo  vigiar abaixo das rochas, os humanos podem chegar em pouco tempo, fomos vistos, fomos seguidos e uma ferramenta foi perdida. Nada disso importa, essa pode ser a hora da grande profecia se cumprir, o dia que incendiaremos a aldeia para fugirmos para as antigas terras.

A lenda:
Chegará o dia em que os homens nos descobriram e neste dia toda Aldeia deverá fugir e retornar à Terra dos antigos, passando pelo Portal e voltando ao mundo antigo. Neste dia não devemos deixar nenhuma prova da nossa existência para trás apenas lendas sobre nós ficaram nas mentes dos mais velhos. Dois Guerreiros nos guiaram até as portas do mundo antigo.
Gregory e Demetrious se olharam em desespero. Gregory falou:
O que fizemos????
Blastier que chegava perto falou:
Nada de mau fizeram crianças, apenas ferramentas da profecia se tornaram.
Ambos engoliram a seco. Uma lágrima correu pela face de Gregory. Blastier arregalou os olhos e perguntou:
Encontrou você uma esposa?
Ancião, encontrar esposa ainda não, não sei o que tenho, essa angústia, essa tristeza, esse sentimento de prisão, falar o que é não posso. Ajudar pode a mim? Doente estou?
- Gregory doente não está, é o sentimento da profecia que está te modificando de sapateiro para guerreiro e líder. Passar pro isso todos nós líderes. Passar em breve ira, mas mais forte ser em você.
Blastier se abaixou e colocou um joelho no chão e outro não, em uma pose de súdito.
- Glórias a ti rendo agora, meu líder, com o que falou a mim, provou a oculta parte das lendas que só anciãos saber podem.
Todos na aldeias se olharam e Demétrius instintivamente ficou na mesma posição de Blastier e todos o seguiram. Nessa hora Gregory sentiu que a profecia se cumpriria nele e em Demetrious. Mais uma lágrima rolou de seus olhos.