CAPITULO 09: RICARDO BITTENCOURT

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"Oi amores! Me perdoem pela demora em postar, mas ultimamente a faculdade tem exigido muito de mim! 

Agradeço pela paciência e compreensão de todas vcs!

capitulo de hoje tenso!! KKK Bom estamos falando de Ricardo!

Esse capitulo de hoje é todo dedicado a minha amiga e parceira Cristina Santos! ( CristinaSantos517). Obrigada Cris!!!!!!

Espero que gostem foi escrito com todo meu amor carinho e respeito por cada uma de vocês!

LEMBRANDO QUE ESTE CAPITULO CONTEM CENAS DE VIOLÊNCIA E ABUSO CONTRA A MULHER.

CASO SEJA SENSÍVEL AO TEMA NÃO LEIA."

 "- Moleque imbecil! –  O grito veio junto com o tapa que virou meu rosto e me derrubou da cadeira. – Você é um inútil como a sua mãe, Ricardo! Aquela cadela vagabunda! – Disse segurando o cigarro entre os dentes.

Fiquei caído no chão sem esboçar nenhuma reação porque eu sabia que mesmo ele estando muito bêbado eu não teria chance nenhuma contra ele, - meu pai era forte e atlético, sempre fora adepto de esportes antes de minha mãe nos abandonar e fugir com outro homem – eu era apenas um garoto magricela e muito assustado de dez anos.

O chute em minhas costelas me deixou sem ar. Lagrimas se formaram em meus olhos, mas tive que reprimi-las quando ele em um único movimento me levantou puxando-me pela camiseta já gasta e surrada.

- A vadia foi embora e me deixou com um pirralho imprestável como você!

Eu evitava olha-lo a todo custo.

- Olha para mim quando eu estiver falando com você garoto! – Esbravejou acertando-me outro tapa. Olhei-o imediatamente. – Sua mãe era tão cadela e vagabunda que você provavelmente nem seja meu filho! – O hálito de cachaça estava me deixando enjoado – A piranha dormiu com todos os homens dessa cidade. Qualquer um pode ser seu pai. – Ele riu.

Mas aos poucos as palavras dele iam sendo cravadas no meu coração.

- Você provavelmente vai terminar como eu: um fracassado, que se apaixonou por uma maldita piranha e foi abandonado. – Ele ria compulsivamente, parecia louco. - O que foi moleque? – Perguntou deixando de rir e assumindo um semblante sério outra vez – Não me olhe desse jeito e com esses olhos! São os mesmos da sua mãe!

E dizendo isso terminou de me dar uma surra. Queimou minhas costas com o cigarro e depois lavou-me com salmoura. "

- Parece que você estava errado pai. – Eu disse sentado à minha mesa no gabinete da prefeitura e sem perceber quebrei o lápis que segurava entre meus dedos - eu fiz tudo para chegar onde estou. Eu tenho tudo e você não teve nada.

O telefone tocou desviando minha atenção.

- Prefeito.

- Dr. Ricardo o detetive particular acabou de deixar um envelope aqui comigo na recepção.

- Pode trazer para mim Luiza, por favor?

- Sim senhor.

Eu certamente já sabia o que encontraria naquele envelope. As fotos só confirmavam minhas suspeitas: trazer o pediatra de volta à cidade me mostraria uma Cecilia que eu não conhecia. "A verdadeira Cecilia".

"Imbecil, provavelmente o moleque também não seu filho! E a história se repete: você criando um bastardo como eu te criei! "

A voz do meu pai rindo e zombando de mim ecoava em meu cérebro.

MARCAS DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora