SINOPSE
Para Cecília o casamento é uma prisão sem grades.
Uma mulher que vive à sombra do medo, da incerteza e da dor.
Condenada a uma relação sem amor,
É vítima de um homem ciumento possessivo e cruel.
No entanto o que a faz resistir é seu filho...
capitulo muito tenso hj e confesso que muito difícil de escrever tbm. Estar presa em cativeiro não é nada bonito e muito menos romantico. Esse capitulo contem cenas fortes, então já sabem se forem sensíveis ao tema não leiam.
embora esse seja um capitulo de transição na vida da Ceci e de transição para o livro! prometo que muitas coisas boas ainda estão por vir.
@crisgui29 esse capitulo é todo seu meu amor! Obrigada...S2. Obrigada a todas pelo carinho e respeito com que me tratam sempre!
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" O céu e o inferno não existem nesse mundo, criança.
Eles estão dentro de cada um de nós.
Ultimamente eu ouvia com certa frequência a voz da avó da Nina me dizendo essas palavras.
Talvez, porque provavelmente eu já havia encontrado meu próprio inferno: nada mais fazia sentido. Eu não tinha mais noção do que era dia ou noite ou mesmo de quanto tempo eu estava trancada e acorrentada naquele lugar escuro.
Minhas pernas estavam fracas e quase atrofiadas porque eu passava a maior parte do tempo deitada no chão encolhida e chorando.
A comida intocada se aglomerava em um canto do cômodo, misturando-se a fezes urina, e do que havia restado de mim.
Esse lugar já não era mais meu cativeiro.
Era meu tumulo.
Eu tinha dificuldade para respirar. Tossia com frequência. Possivelmente eu estava com pneumonia em virtude dos banhos de agua gelada que me eram oferecidos pelo meu anfitrião.
Nos momentos em que eu pensava em desistir, eu via o rosto do meu pequeno príncipe, sorrindo e me abraçando. E o pequeno lampejo de vida me fazia querer continuar.
Pois bem se eu já sabia o que era o inferno, Ricardo me faria conhecer a loucura.
Ele estava louco e tirou de mim minha própria lucidez.
Meus olhos estavam extremamente sensíveis a claridade. Meus lábios estavam machucados e com feridas devido a desidratação.
Definitivamente Ricardo me torturaria até a morte.
- Mãe? – Assustei me ao ouvi-lo me chamar assim, quando a porta se abriu.
Continuei deitada e imóvel.
- Aí está você! – Ele se aproximou assim que as luzes se acenderam me deixando zonza e praticamente cega. – Mãe, eu te procurei tanto. – Ele disse segurando meu rosto com ambas as mãos. – Porque você está aqui? Você está suja e machucada! – Disse com pesar olhando para a minha figura cadavérica.
