Cap.3 • Red Moon, i'm not surprise.

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Vitória

Hoje eu faço dezoito anos, já pensei várias vezes do que vai ser da minha vida daqui pra frente.

Imagino que eles vão começar a agir diferente comigo. Eu sei que eles são vampiros, mas por Deus! Eu assisti Diabolik Lovers, eu não quero ser como aquela batata! Eu nem sei se é igual, mas eu tinha como comparar? Eu só assisti animes, filmes e séries sobre vampiros! Nunca imaginei que eles existissem mesmo! E destino é o caralho.

- Vitória... Você está me escutando?- Anna apertou o travesseiro quase o jogando em mim para que eu saísse de transe.

- Não, pode repetir?- Falo normalmente com cara de paisagem.

- Acha que finalmente vou conseguir a atenção do Jungkook? - Ela falou eu sinto muito por Jungkook não querer nada na vida, ou de noites com mais de duas pessoas, mulheres americanas e claro, sua independência.

E sou muito sincera, prefiro vê-la triste do que iludida pelo babaca do Jeon Jungkook.

- Não, sinto muito mas. Jungkook não é de se apaixonar, você sabe! Ele é um canalha.- Sou direta e fria com minhas palavras.

- Eu sei que Jungkook não se apaixona fácil, mas eu irei lutar por ele.- Não importa o quanto eu diga pra essa loira azeda que Jungkook não merece ela, ela não desiste nunca e isso me preocupa.

- Meninas?- A voz de Jin soou no quarto.

- Jin? Entre! - Falei com um sorriso, logicamente falso, no rosto. Eu os contei que estou sem falar com eles tem quatro semanas?

- Já está tudo pronto para a festa, é melhor se arrumarem. - Eu afirmei com a cabeça e Jin se retira. Depois de terminarmos de nos arrumar, descemos e lá estavam.

- Finalmente! Por que demoraram tanto? - Bridget veio até nós e nos deu um abraço. Faz tempo que não vejo a escocesa, ela voltou do seu país mais bonita que antes.

-Parabéns minhas princesas da Disney.- Abigail falou deixando sua cerveja de lado e vindo nos abraçar. Ah, Anna e eu fazemos aniversário no mesmo dia. Louco né?

- Licença Brie, vou ter de roubar a Vitória, um pouquinho.- Ouço a voz de Taehyung, e logo vejo que o mesmo segurou minha mão me puxando para um abraço.

- Então, você é o príncipe encantado, ou um sapo? - Perguntei com um sorriso afastando o abraço em poucos segundos. Ele sorriu ladino e aproximou-se de meu ouvido.

- Eu sei que você ta brava comigo, mas eu juro que vou te dar um presentinho muito especial. - E esse simples e curto sussurro, arrepiou até meu último fio de cabelo. E eu não sabia o motivo, talvez eu tivesse uma queda pelo Taehyung de terno?

- Você é, um safado. E se for o que eu estou pensando... pode esquecer, eu não vou dar pra você. Aproveite a festa.- Enfatizei o "é" e o ví bufar, me retirei e voltei para as minhas amigas.

Enquanto várias musicas tocavam todos estavam dançando, exceto eu. Não havia motivo para que eu comemorasse. Eu estava tensa, com medo do amanhã, ainda mais com meus desmaios repentinos depois que Yoongi me mordeu, talvez algo deu errado no meu organismo, ou simplismente estou com uma drástica queda de pressão, recorrente. Observava toda a decoração detalhada e notei uma luz vermelha vindo da janela próxima a mesa do bolo, a lua estava vermelha como emoglobina.

Meu corpo se arrepiou quando a tonalidade do astro se fundiu ás minhas íris, ouço um chiado agudo e fino, eu já sabia o que estava acontecendo, eu fui seduzida pela lua, talvez eu tenha despertado algo ruim, em mim, pois meu coração doía como o inferno e minhas pernas fraquejavam.

Me afastei da janela com a vista embaçada, todos estavam ao meu redor com olhares assustados, e no fundo da sala eu vi uma pessoa de capuz, e sua risada foi a ultima coisa que eu ouvi, antes de apagar, novamente. Mas eu nem estava surpresa.

Taehyung

Seus desmaios instantâneos estavam me preocupando, não sabia ou tinha o que fazer para para-los. A carreguei para o quarto e os outros estavam tentando acalmar os outros convidados. Achei necessário vesti-la com algo mais confortável. Deita-la na cama, peguei seu pijama,e quando vi seu corpo paralisei sentindo meus instintos naturais tentarem me domar. Senti um desejo em meu corpo, não sexual, eu queria o seu sangue dela, mas era arriscado demais.

Respirei fundo e vesti ela, sentei-me ao seu lado dela e a obsevei. Aquele cheiro doce estava tão forte que estava quase deixando me levar. O desejo do seu sangue em minha boca não parava, insistia, me lastimava, aumentando mais e mais.

Respirei fundo e levantei. Me afastei da cama dando de costas com a parede, podia sentir minhas presas perfurando meu lábio por tentar contê-las. Mas eu me segurei, não queria arriscar fazer com que ela piore

Corte de tempo.

Já passaram três semanas, Seok concluiu que ela estava em coma, não imaginava que ela iria passar tanto tempo assim desacordada, vinte e um dias em coma? É muito.

- Será que você vai me deixar? - Disse segurando sua mão gélida, até que seu mindinho se mexeu.

- Droga, aconteceu de novo. - Ela falou com voz fraca e abriu os olhos, eles eram cansados, ela piscou os olhos varias vezes pra se acostumar com o brilho, logo que ví ela mirar seus olhos para mim eu abracei seu corpo, foi o abraço mais sincero que dei na vida. Eu realmente estava preocupado com ela.

- Que susto que você me deu.- Apertei ela no abraço, e ela retribuiu o que era muito estranho.

- Por quantos tempo eu dormi?- Perguntou encostando a cabeça em mim.

-Vinte e um dias.- Respondi rápido e ela me soltou de maneira drástica, quase me derrubando.

- Como assim? - Ficou estérica falando várias palavras em espanhol que eu não tinha NOÇÃO do que significavam.

Ela correu até o espelho olhando para seu pescoço, ombro, pernas e clavícula.

Senti um incômodo, não sei ela acha que nós iríamos fazer algo assim, se for isso, ela perdeu completamente a consideração de família que ela tinha conosco, nem com o Jimin ela vinha falando, imagina comigo.

- Eu, nós, não faríamos isso. - Falei baixo e desviando o olhar, mas voltei a olhar pra ela, ela estava severamente vermelha, de raiva. Provavelmente com Yoongi.

- Que ódio! Tudo culpa do Yoongi, eu juro que vou acabar com a vida dele! - Ela socou o espelho e começou a tremer, olhando para todos os lados, parece que era uma crise da sua doença, foram três semanas sem tomar seus remédios.

- Tory... Olhe para mim. - Me aproximei e segurei sua mão calmamente e puxei ela contra meu peito novamente, ela estava tremendo e não conseguia falar nada, suas mãos estavam suadas, e os nós de sua mão direita estavam cobertos de sangue, o que me deixou meio tonto.

Eu não podia tomá-lo e segurar esta vontade era terrível, fazia mal para meu organismo, mas eu tinha que mostrar para ela que pode confiar em mim.

Sweet Blood | ARCO 01.Onde histórias criam vida. Descubra agora