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Diário parte dois:

   Ontem eu conheci minha nova psiquiatra, Allison. Aquela mulher era frustração  em pessoa.

   Qualquer coisinha que ela fizesse sozinha conseguia me irritar. Nossa última consulta terminou melhor do que as que havia tido com meus três últimos psicólogos.

   As vozes ainda não se calaram porém acho que elas ainda não processaram Allison já que nenhuma me deu conselhos sobre o que fazer a respeito dela.

   Ela não terá chance alguma quando eles descobrirem.

          - Z.


Zayn se sentou em sua mesa da cozinha enquanto suas mãos seguravam firmemente o escaldante copo que continha café preto. Seus ombros estavam curvados e ele podia sentir suas mãos queimando porém seu corpo estava muito entorpecido para sentir qualquer dor.

Na verdade, ele a enlaçou. Talvez ele finalmente sentiria algo ao invés do ovo em seu peito.

Ele se levantou, se coçando para achar algo que ocupasse o seu tempo. Uma de suas grandes porcarias era ser desocupado, e no momento, ele estava se irritando.

Pegou sua jaqueta e jogou sobre seu peito despido, sem se importar sobre o fato de não ter vestido uma camisa. Ele não se importava com o que um estranho que passasse por ele pensava.

Talvez eu pegue um donut da padaria aqui de baixo, ou andar pelo parque. Ele pensou sozinho enquanto saía de seu apartamento.

Apertou o botão que chamava o elevador e esperou impacientemente enquanto batia seu pé contra o chão.

"O elevador deveria demorar dez vírgula seus escondia para chegar." Ele murmura para si mesmo, balançando sua cabeça com desdém.

O elevador finalmente chegou e ele avidamente entrou, querendo sair do prédio de apartamentos o mais rápido possível.

   Para o seu aborrecimento, uma mulher já estava dentro do elevador. Ele mau lhe deu uma olhadela porém ela parecia estar em um dia de campo enquanto olhava para seu peito tatuado por trás de sua jaqueta cinza grossa.

   "Tire uma foto, amor. Durará mais." Ele disse friamente antes de se recostar na parede do cubículo. Ele odiava quando as pessoas o observavam já que acontecia tão frequentemente.

   A jovem mulher soltou um pequeno suspiro e seu rosto ficou vermelho, se concentrando então nós azulejos pretos que estavam debaixo de seus pés. Todo lugar que ele ia sempre tinha alguém o observando e ele sabia disso pois era muito importante para não ser observado.

   Ele contava os andares enquanto descia, 18, 17, 16, 15... até que o elevador finalmente chegou na portaria. Assim que as portas se abriram a mulher se apressou para sair, um pouco da vermelhidão ainda em sua bochechas.

   Zayn não mentia para si mesmo, ele tinha consciência que era muito atraente e que poderia ter qualquer uma afobada e em seu colo com apenas um olhar. Ele raramente tem que usar sua aparência para ganhar pontos extras em alguma situação, porém quando era necessário, era bem útil.

   Rindo consigo mesmo, ele saiu do elevador e fez seu caminho para a saída.

   "Tenha um bom dia, Sr. Malik." O porteiro cumprimentou, segurando a porta aberta para ele. Em resposta, ele deu um pequeno acendo com a cabeça antes de seguir seu caminho.

   A cafeteria estava um pouco cheia quando ele entrou e fez uma careta sobre a ideia de esperar nesta longa fila para apenas um café e um donut.

   As vozes agora estavam discutindo uma contra a outra em sua cabeça e Zayn não conseguia se concentrar para escolher algo do menu.

   Talvez você devia ter tomado seus remédios. Esse pensamento foi o dele mesmo e era a voz mais altas no meio de todas.

   De repente, as vozes ficaram em silêncio. Estava tão quieto que ele quase ficou com medo. Quase.

   "Cara, você vai pedir ou vai ficar aí parado?" O sotaque nova-iorquino era saliente e forte enquanto a mulher o apressava.

   "Uh, Eu vou querer um donut com cream cheese e um café preto médio." Ele pediu. A mulher anotando seu pedido apertou botões na caixa registradora e lhe informou o preço. Quando tudo estava completo, ele escolheu um lugar para se sentar enquanto esperava seu pedido.

   Ele estava em seu telefone, digitado algo sem o menor sentido para ocupar seu tempo, quando sentiu uma mão em seu ombro.

   "Olá, você se importa de nos sentarmos aqui? Não tem uma mesa vazia." Ele ergue solhar para a voz familiar e ergueu uma sobrancelha ao ver que era Allison, sua psicóloga.

   "Oh, oi Zayn." Ela cumprimentou alegremente, um sorriso em seu rosto. Zayn quase mostrou sua expressão triste ao ver o quanto ela estava alegre apesar de ser tão cedo.

   "Olá." Ele respondeu secamente, um educado, porém sem significado, sorriso arranjado em seus lábios. "O que te traz aqui?"

   Ele não se importava com o que ela estava fazendo aqui, na verdade sua presença em seu lugar de conforto era enervante e irritante.

   No entanto, quando seus olhos desceram e viram a mão de Allison segurando a do homem ao seu lado, seu maxilar se firmou e seus olhos ficaram duros.

   "Meu namorado e eu só queríamos tomar um café da manhã antes de irmos para o trabalho." Ela explicou. "Zayn, este é o Evan. Evan, esse é o Zayn, alguém com que eu.."

   Alguém com que ela... o que? Alguém que ela deveria ajudar a se encaixar na sociedade e não ser julgado como louco?

   "Alguém com quem ela trabalha." Zayn terminou por ela, mostrando para Evan um de seus sorrisos mais prazeroso se inútil. Ele queria revirar seus olhos. Por que ela acha que eu me importo ao ponto de ter que me apresentar a seu namorado e vice versa?

   "Oh, você é o colega de trabalho?" Ele assumiu, balançando a cabeça como aprovação.

   Zayn deu de ombros. "Pode-se dizer que sim."

   Era como se o ar entre Allison e ele tivesse engrossado enquanto ela o encarava, tentando adivinhar o que exatamente ele estava fazendo.

   Ele teve que de segurar para não rir de sua cara. Oh querida, se você soubesse.

   "Bem, foi bom te conhecer." Evan disse, claramente tendo um outro lugar para estar.

   "Igualmente." Zayn respondeu, mesmo que isso esteja longe da verdade.

    "Te vejo depois." Allison disse, olhando uma última vez para Zayn antes de empurrar Evan para fora de loja.

   Harry mordeu seu donut, finalmente podendo relaxar após o seu encontro com aquela mulher endurecedora. Mas ela não queria se sentar na mesa dele antes? Por que ela saiu tão rapidamente se ela que se sentar antes?

   Ele estava em conflito com seus próprios pensamentos que quase não percebeu o nome dela ecoando por  seu cérebro.

   Allison. O pensamento não era seu próprio e, surpreendentemente, isso o trouxe conforto.

babylon → zjmOnde histórias criam vida. Descubra agora