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Eu achava que minha noite não conseguiria ficar pior, mas acabei tendo uma das piores noites de sono da minha vida. E eu me sentia péssima, não só por Justin ter sido um completo babaca comigo, mas também por eu ter ficado horas e horas rolando na minha cama sem conseguir pregar um olho. 

O barulho do meu despertador fez com que eu pressionasse meus olhos, afundando meu rosto no travesseiro. Bufei irritada e desliguei o mesmo, me sentando na minha cama, encarando as minhas pernas por alguns segundos. Peguei o meu celular, vendo algumas mensagens na minha tela. 

                                       Não quero correr atrás de você, e eu odeio correr atrás dos outros. 

                                                               Mas eu fui um completo idiota. 

                                                                 Espero que volte para mim.


Revirei os meus olhos, o quão estúpido ele conseguia ser sem ao menos estar presente comigo. Levantei em um pulo, indo direto para o meu banheiro e fazendo minhas necessidades matinais. Tomei um banho bem demorado, tentando relaxar um pouco. 

Minha cabeça já ia a mil em plenas sete horas da manhã, isso com certeza ia afetar o resto do meu dia e eu teria que encarar o rostinho do desgraçado para variar. Me enrolei na minha toalha e fui direto para o meu quarto. 

Procurei um blusão e uma calça jeans rasgada, peguei um corta-vento já que faria frio na sala, como de costume e peguei a minha bolsa. Fiz um sanduíche de geleia e pasta de amendoim e praticamente engoli direto de tão rápido que eu comi o mesmo. 

Mamãe estava sentada no sofá vendo o noticiário, arrumada em um terninho preto, caríssimo pelo tecido. Depositei um beijo no topo da sua cabeça e lhe lancei um sorriso. 

— Aconteceu algo ontem no jogo? — Kris encarou meus olhos e eu neguei com a cabeça, forçando o meu melhor sorriso. 

— Não. — respondi simples.— Tenho que ir, depois nos falamos.— corri na direção da porta, vendo o olhar de reprovação da minha mãe. 

Ok, ela me conhecia mais do que ninguém, e sabia que tinha algo de errado, mas eu não ia falar o que eu sentia com a minha mãe, e sim com Hailey. E ela teria que me escutar, querendo ou não. 

Entrei no meu carro jogando a minha bolsa no banco do passageiro, cantando pneu, direcionando-me para o colégio. Aumentei a música que tocava na rádio, tentando distrair os meus pensamentos. Tocava alguma do Daniel Caesar, a qual eu não sabia o nome, mas reconhecia pela voz, batuquei meus dedos no volante, sentindo a música

Uma coisa que me acalmava e me fazia voltar ao meu estado normal era a música, e não era algo recente, desde pequena, sempre que eu começava a chorar quando ainda era um bebê, minha mãe cantava e eu parava de chorar. De alguma forma, me encontro com a melodia, encontro a minha alma, e isso faz com que eu acalme o meu coração. É a minha porta de saída de todo conflito dentro da minha cabeça. 

Em segundos estacionei, com muito cuidado, em uma vaga, bem distante do portão da escola. Suspirei e peguei a minha bolsa e os meus fones de ouvido, saindo do meu carro e travando o mesmo. Selecionei a minha playlist no Spotify e coloquei os fones, caminhando em direção ao portão de entrada. 

Nudes || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora