Chorei-te. Vezes e vezes sem conta. Mais do que deveria provavelmente mas é me impossível ter qualquer tipo de controlo sobre as minhas emoções . Dou por mim a vaguear em memórias, pensamentos, pequenas coisas que me deixavam feliz. De quando em vez até questiono a minha sanidade. "O que é que eu sinto?". É daquelas perguntas para as quais não sei a resposta. Não sei se é no mínimo culpa ou arrependimento, nem sei se ainda te sinto. É tudo tão confuso , tão turvo e por vezes até nublado. E o que eu mais queria era colorir tudo de novo , largar o preto e branco. Voltar a ver o castanho dos teus olhos , o rosa carnudo dos teus lábios, o azul do teu pólo ... mas principalmente, o vermelho desta nossa paixão . Peço-te que voltes, meu amor. Volta e trás contigo as tua aguarelas. Pinta cada linha , cada traço do meu corpo. Trás contigo de novo a alegria. Trás contigo aquilo que outrora perdi e hoje desejo tanto.
Volta , e pinta a minha vida com tinta permanente.
-sss 04/05/2018

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Sem rumo
Ficção AdolescenteEm busca das respostas para as perguntas mais complexas da vida. Uma compilação de textos da autoria de uma rapariga banal que usa a escrita como escapatória aos problemas da adolescência.