The Secret Code • BTS

Cápitulo 11: Cara a Cara

— Senhora Lee, como isso é possível? — Kim Taehyung perguntou indignado.

— Eu não sei minhas crianças... Nunca esqueço de colocar os nomes, eu juro! — a mais velha estava mais intrigada do que os próprios jovens ali presentes.

— E agora, o que fazemos? — Taehyung perguntou, e coçou a cabeça, mostrando uma expressão preocupada. — Essa era a nossa única chance!

— Era! Temos mais chances! — S/N exclamou, pensando no que poderiam fazer. — Senhora Lee, você tem certeza de que ninguém entrou aqui dentro, certeza absoluta?

— Tenho, sim. Espera... acham que alguém invadiu a minha casinha?! Isso é um absurdo!

— Mas pode ser uma possibilidade... — S/N respondeu. — Mas não se preocupe Senhora Lee, vamos achar quem fez isso! — disse confiante.

[...]

Os irmãos Kim já estavam frustrados com a investigação, pois toda a vez que achavam que iriam conseguir descobrir alguma coisa nova, acabava não acontecendo. S/N sempre olhava para os lados, desconfiando de que alguém poderia estar os vigiando, não era possível todos os planos deles estarem dando errado. Parecia ser uma sabotagem atrás da outra.

Mas eles desistiriam? Óbvio que não! Desistir não estava no dicionário de S/N, e muito menos de Taehyung. Então agora o próximo passo seria direto, literalmente. Eles estavam indo na direção do carro de Min Yoongi, onde provavelmente ele estaria.

— Poderia abrir a porta, Min Yoongi? — S/N perguntou sarcástica, enquanto dava leves batidas no vidro da janela do carro. Min Yoongi abriu a janela de vidro do carro logo em seguida.

— O que vocês querem? — perguntou impaciente, mas ao mesmo tempo parecia estar nervoso.

— Entrar, para conversar. — Kim Taehyung respondeu calmamente, dando um largo, e falso, sorriso.

— C-conversar? Agora? Não, não...

— Por que não, Min Yoongi? Por que está nervoso? — S/N se aproximou da janela, ficando mais próxima do motorista também. — Será apenas uma conversa de amigos, amigos íntimos. Faz tempo que não temos uma boa conversa sobre a vida, não é? — S/N rapidamente percebeu que Min Yoongi estava suando frio, e por isso não deixou de provocar sempre que podia.

— Se eu fosse vocês, não entrava aqui... — Min Yoongi provocou, já se recuperando do nervosismo. — Seus pais sabem que estão aqui? Hum?

— Sabem... — Kim Taehyung resolveu entrar no jogo também. — Inclusive, você é um dos suspeitos, sabia? — S/N lançou um olhar confuso para o irmão, nem sempre mentir era a melhor maneira. Mas talvez naquele momento isso era algo inteligente de se usar, pensava ela.

— E-eu?! Vocês estão mentindo! Sou totalmente inocente! — Min Yoongi exclamou irritado, muito irritado.

— Totalmente sabemos que não... — S/N respondeu, vendo Min Yoongi já engolindo em seco. — Mas, podemos fazer um trato Min Yoongi... O que acha? — ela esperou para ver se ele iria a interromper, mas vendo que nem tinha aberto a boca, voltou a falar. — Você me conta quem é o verdadeiro culpado, e eu te ajudo a não ser o culpado. — ela sorriu vitoriosa, vendo ele olhar para frente e pensar sobre uma decisão.

— Entrem. — Min Yoongi ordenou, destrancando as portas do carro. Os irmãos Kim se entreolharam e sorriram, logo entraram no carro. — O que diabos querem saber? — ele perguntou sério, e encarou a jovem S/N até o fundo da alma.

— Tudo. Mas principalmente, quem é o culpado. — ela respondeu.

— Acontece que eu não sei quem é o culpado. — Yoongi respondeu, bufando. — Nos conhecemos em um bar, mas ele usava uma máscara preta, então não pude ver os seus detalhes no rosto.

— Mas não há nenhum que se lembre? Nadinha? — S/N questionou.

— A única coisa que me lembro, é de que ele tinha uma tatuagem no dedo do meio, na mão direita. Era algo como um... Leão? Isso, um leão dourado.

— Ok, prossiga. Queremos saber sobre tudo que sabe. — Taehyung se pronunciou.

— Aish! Francamente, não sei porque estou confiando em vocês. — o motorista reclamou, mas os irmãos Kim apenas o olharam com uma expressão muito séria, tão séria que chegava a dar medo em qualquer um, até nele mesmo. — Depois de nos conhecermos no bar, passamos os contatos um para o outro, mas no começo achei que era para marcarmos mais uma rodada de cerveja no bar algum dia. Três semanas depois, o ingrato me liga, dizendo que precisava falar comigo urgentemente, e eu, achando que era uma coisa simples, concordei. No final, ele me contou sobre o plano de assaltar a mansão dos Kim, e pegar o que ele dizia já ser dele.

— A relíquia?! — S/N perguntou incrédula.

— Sim, a própria. É uma pena que naquele dia fui tão iludido pela luxúria. Aquele desgraçado me prometeu metade do dinheiro que valia a relíquia caso eu o ajudasse com o veneno. Prometeu também que mandaria o dinheiro em até uma semana depois do roubo, mas aí eu lhe pergunto, cadê a droga do dinheiro?! Já se passaram mais de três semanas, quase quatro, e aquele... idiota, não me mandou a minha parte! — Min Yoongi cruzou os braços após terminar de falar, estava emburrado, como um bebê mimado, por causa do seu dinheiro não recebido. — Ah mas eu sou tão burro... Agora eu estou contando isso para vocês... Que tipo de pessoa me tornei? — lamentava.

— Você fez uma coisa boa, Min Yoongi. E não se preocupe, iremos lhe recompensar de alguma forma. — Kim S/N tentou acalmar o motorista, mesmo não tendo certeza se conseguiriam dar a parte do acordo de Min Yoongi.