A resposta

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Acordei atarefada, quase perdi o autocarro para a escola, não estava nos meus melhores dias. Cheguei á escola e encontrei me com a Carina e com a Renata, a Sofia viu-nos e foi ter connosco. Começamos a falar e eu disse lhes o que se tinha passado, sobre os olhares e o sorriso. Elas não sabiam quem ele era, peguei no telemóvel e mostrei lhes uma foto dele referindo também que ele me tinha enviado uma mensagem à qual eu não tinha respondido. Elas incentivaram me imenso a responder porque ele era giro, etc. Sendo que eu ia para uma visita de estudo e no monte não havia wi-fi tive que esperar regressar à escola para poder responder.

Estava sozinha no bloco A e tinha um dos sofás azuis livres, sentei-me e fiquei a olhar para o ecrã do telemóvel a pensar se estaria a fazer a coisa certa. Mas que mal poderia acontecer se eu respondesse? Foi o que pensei naquele momento. Respondi lhe com um olá pouco interessado. Ele demorou menos de um minuto a responder de volta. Tivemos uma conversa pouco interessante, daquelas mesmo básicas. Ele era seguro naquilo que dizia, tinha personalidade, e também reparei que tinha a mania que era esperto. Aquilo não ia dar em nada. Dois, três dias, era o tempo que aquela conversa iria durar. Cheguei a casa e continuei a falar com ele. Não larguei o telemóvel nem por um segundo, a conversa básica para minha surpresa até se estava a tornar interessante. Ele era dois anos mais velho que eu, andava em humanidades, e tinha uns amigos bastante giros. Obviamente o que eu pensei na hora foi que caso me cansasse dele ou ele de mim podia sempre tentar com algum dos amigos giros dele. Não sou o tipo de rapariga que utiliza meios para atingir os fins mas naquele caso acho que não tinha mal nenhum tirar proveito daquela situação. 

A conversa prolongou se mais do que eu alguma vez teria imaginado. Um mês e meio se passou, eu sentia me muito confortável com ele, podia falar de tudo, já tínhamos uma relação de intimidade como muitos casais que namoravam à seis ou sete meses não tinham. Nessa altura ainda não tínhamos falado pessoalmente pois a escola tinha terminado no dia que eu lhe respondi ao primeiro olá. Combinámos encontrar-nos no dia em que eu ia ter um encontro com a minha turma e com o professor de matemática.  

LágrimaWhere stories live. Discover now