Capítulo 1

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O sino anunciou o fim da aula. Chamo o meu namorado:

- Ei, Alex! - Ele, que já ia saindo da sala, vira-se para mim - Que tal a gente fazer um cine pipoca na minha casa, hoje?

- Ah, hoje não vai dar. Tenho um compromisso.

- Mesmo? O que?

- É... - Ele pensou por um momento - Meus pais vão sair pra jantar e eu vou ter que cuidar da minha irmã.

- Ah, que pena. - Fico triste, mas logo  dou um sorriso - Na próxima, né?

- É, claro. - E saiu sem dizer mais nada. A atitude dele tem estado diferente, mais... fria. Oh, eu devo estar imaginando coisas.

Chego em casa e vejo um papel sobre a mesa. É uma mensagem dos meus pais, dizendo que eles viajaram à trabalho e voltam em dois dias. Também tem dinheiro para comprar pizza, caso eu não queira fazer o jantar. Resolvo guardá-lo e fazer eu mesma a minha refeição. Eu tenho qie saber cozinhar bem para quando eu me casar com o Alex.

Após minha refeição, resolvo ligar para o Alex para saber como estão indo as coisas sendo a babá da irmã dele. Só deu ocupado. Será que ele está falando com os pais? Mas ele não deveria atrapalhar a noite deles, a menos que algo preocupante tenha acontecido. Ai, meu Deus! Será que está tudo bem?

Pego minha bicicleta e vou o mais rápido possível até a casa dele, que não é muito distante. Bato na porta, e para minha surpresa, é a mãe dele que atende. Consigo ver o pai dele sentado confortavelmente em uma poltrona, assistindo TV. A irmãzinha dele está brincando no chão.

- Oh, olá, senhora. Já voltaram?

- Quem?

- A senhora e o seu marido.

- De onde?

- Do restauran... - Sou interrompida pelo Alex.

- Ah, oi, Amanda! - Ele parece nervoso. Está certo que eu apareci sem avisar, às 9 da noite, mas não justifica. - O que a trás aqui?

- É que eu liguei pra saber como estavam as coisas, e só deu ocupado. Como seus pais haviam saído pra jantar e nao deviam ser incomodados, a menos que algo grave acontecesse, imaginei que...

- Ah, não, não. No fim, eles resolveram ficar em casa mesmo. Eu  não fui na sua casa porque não queria aparecer de repente.

- Teria sido uma surpresa agradável.

- Pois é, né. Já está meio tarde, é melhor se aprontar pra dormir. Tchau.

- Oh, tem razão. Tchau. - Ele logo fechou a porta. Parecia querer parar de falar comigo o quanto antes... Talvez eu esteja imaginando. Deve ter uma boa explicação. Voltei para casa.

No dia seguinte, sexta-feira, após a aula, tentei chama-lo de novo, mas ele disse que já tinha marcado de ir na casa de um amigo. Não era má ideia. Mandei mensagem no meu grupo de amigas. Somos um grupo de seis amigas. Todas vão vir, menos a Paloma, porque vai pra balada. Não entendo como ela pode preferir a balada em vez uma festinha com as amigas. Bem, ela quem decide.

Comprei refrigerante, peguei o milho de pipoca, trouxe esmaltes, e organizei ingredientes para fazermos doces. Tudo organizado para uma noite muito divertida. Ou que pelo menos deveria ser.

Nem bem elas chegaram, recebi uma mensagem da Paloma, que dizia: "Miga, se senta". Não entendi o porquê. Alguns segundos após ela ter visto que eu visualizei, ela enviou uma foto. Ela tinha razão sobre sentar. Aquilo me fez perder o chão. Era uma foto do Alex beijando outra garota, na balada. Ao ver o meu olhar para a tela do celular, minhas quatro amigas presentes ppsicionam-se atrás de mim para ver o que Paloma havia enviado.

  Caí sobre meus joelhos e coloquei o coloquei o celular no chão. É então chorei e escondi meu rosto com as mãos. Minhas amiga tentaram me consolar, mas eu não queria falar sobre isso. Não queria pensar sobre isso, mas era inevitável. E assim a noite foi arruinada.

  Todo esse tempo em que ele agiu estranho... Todas as vezes em que inventou desculpas para não sair comigo... Ele estava me traindo.

  E eu que pensava que nos casariamos... Que nos amávamos de verdade...

O que vai, voltaOnde histórias criam vida. Descubra agora