Fernanda
Eu não parava de chorar com o exame do laboratório na mão, eu ainda não acreditava que eu estava grávida.
- E... agora... meninas - eu falei entre soluços - O que eu faço? - perguntei e elas se olharam.
- Primeiro conta pros seus pais... - ela falou e eu a interrompi.
- Você tá louca se eu contar isso pros meus pais ele vão me matar - eu falei exasperada.
- Não porque isso iria manchar a imagens deles - Fabi falou - Já pensa sai no jornal a matéria de capa " Senhor Júlio Monttanari dono de uma das maiores empresas de Software do Brasil e sua esposa são presos acusados de matar sua filha de 14 anos após descobrir que iriam ser avós" - ela falou e eu e Luuh rimos da piada tosca dela.
- Eu tô falando sério Fabi - eu falei olhando pra um ponto qualquer - Eles vão me matar se solver que eu estou gravida de um bandido.
- Do que você está falando Fernanda? - minha mãe falou entrando no quarto de braços cruzados.
- Mãe! - eu ofeguei e a Fabi e a Luuh saíram de cima da cama - Eu... eu...- não consegui falar.
- Nanda! - Fabi me chamou - Nos vamos indo pra casa, voltamos mas tarde.
Eu concordei e elas saíram do quarto correndo e minha mãe continuou ali parada me olhando de cima a baixo.
- Eu preciso conversar com você e o papai. - eu falei sem olhar pra ela - Ainda hoje! - eu falei me levantando e indo até a porta e descendo pra sala e minha mãe veio logo atrás.
- O que aconteceu? - meu pai perguntou olhando a cara da minha mãe - Que caras são essas?
- A nossa filha tem algo pra nós contar muito importante - minha mãe falou parada na minha frente no sofá junto com meu pai - Não é Fernanda? - minha mãe falou e meu pai olhou desconfiado.
- Sim mãe eu tenho algo muito importante pra contar pra vocês - eu falei já temendo a reação deles eu tomei uma lufada de ar - Eu estou grávida. - eu falei e meu pai me olhou incrédulo enquanto minha mãe colocou a mão na boca pra reprimir o grito.
- Okay Fernanda já pode para de piadas e contar o que realmente aconteceu - meu pai falou ainda incrédulo e eu baixei a cabeça dando a entender que eu falava a verdade.- Eu realmente estou gravida pai - eu falei ainda de cabeça baixa - E tem mas.
- Mas? Você me diz que tá grávida e ainda tem mas? - meu pai perguntou.
- O pai é um rapaz lá da favela - minha mãe se apoiou no meu pai - No dia em que eu disse que dormi na casa das meninas eu tinha na verdade ido a uma festa e acabei indo pra cama com esse rapaz e descobri hoje que estou grávida dele.
- Oh Júlio no que eu errei?! - minha mãe perguntou escondendo o rosto no peito da meu pai - Eu sou uma péssima mãe.
Eu não parava de chorar eu não queira causar essa dor neles, essa nunca foi minha intenção real eu só queria ir em uma festa e depois voltar pra casa virgem e sem carregar um filho e pior de um bandido.
- Mãe!... - eu falei e ela me interrompeu com um grito.
- Não me chama de mãe! - ela falou com raiva.
- Pai por favor... - ele nem olhou pra mim. - Mãe?! - eu falei novamente.
- Eu não sou mãe de uma vagabunda! - ela falou entre dentes e isso me cortou, eu olhei pra ela atordoada.
- Apesar de tudo eu ainda sou sua filha mãe... isso foi um erro eu está bêbada eu não sabia o que estava fazendo - eu falei e ela me olhou com ódio.
- Que dizer que você vai em uma festa bebê e transa com um bandidinho favelado qualquer e quer quer eu acredite que não sabia o que estava fazendo?! - ela falou com repulsa e eu me encolhi.
- Pegue suas coisas - meu pai falou com olhos perturbados - Você vai embora da minha casa hoje - ele falou ríspido.
- Mas... pra onde... eu vou? - eu perguntei entre soluços.
- Vai pra casa de quem te engravidou. - minha mãe falou saindo de perto de mim quando eu tentei pegar sua mão.
- Eu não sei quem ele é! - eu falei exasperada - Por favor não faz isso mãe - ela virou o rosto eu olhei pro meu pai e ele olhou pro teto limpando uma lagrima que caia no canto esquerdo do seu rosto.
Eu levantei meio desajeitada e chorando muito subi as escadas correndo e peguei minha mala de viajem coloquei algumas roupas e bolsas lá até não dá mas depois peguei a mala de mão e coloquei mas roupa depois peguei uma mochila e coloquei todos os meus óleos, cremes, maquiagem e roupas íntimas logo em seguida coloquei na parte da frente da mochila meu celular carregador e fone.
Desce as escadas devagar e nem minha mãe nem meu pai estavam lá, eu olhei ao redor e tirei de dentro da bolsa meu celular.
Chamada On:
eu: Alô?
Fabi: Oi Nanda! Tá tudo bem? Como foi a conversar com seus pais?
eu: Eles me colocaram pra fora de casa. Eu preciso da sua ajuda.
Fabi: Eu não tô perto da sua casa na verdade eu estou em Copacabana junto com minha irmã e nossos homens!
eu: Eu preciso da sua ajuda... pra onde eu vou?!
Fabi: Faz assim espera ai que eu vou ligar pra uma pessoa te buscar, espera de frente ao condomínio.
eu: Tá. Obrigado!
Fabi: Okay! Beijo se cuida.
eu: Beijo
Chamada Off:
Eu fiquei uma meia hora esperando a pessoa que ia me buscar e nesse tempo eu fiquei passando e repassando o olhar dos meus pais o olhar de decepção de rejeição de tristeza, aquele olhar estava me torturando e eu ainda não estava acreditando que eles haviam me colocado pra fora de casa logo eu sua filha mas nova a caçula da família a filha única.
- Fernanda?! - alguém me chamou e eu olhei para cima.
- Que é você? - eu perguntei tentando olhar seu rosto na luz fraca da rua.
- ele falou e e eu olhei mas de perto vendo que era o mesmo cara com quem eu dormi. O pai do feto que e eu carrego dentro de mim.
O pai.
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O Traficante Dos Meus Sonhos
FanfictionUm traficante Uma patricinha Uma noite proibida Várias consequências Decisões, perigos, tristezas Um amor impossível. Felipe não podia se apaixonar por Fernanda que por sua vez não queria se apaixonar por ele. ( Reescrito )