Presa

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              Por um momento quase me entregará a àquele homem estranho, que havia me sequestrado para bem dizer, a raiva e tristeza comigo mesma estavam explodindo dentro de mim, eu me afastei e ele apenas me observou, os olhos fixos em mim, porém eu não consegui me afastar quase nada dele, ele era lindo, forte, realmente um homem atraente, porém também muito perigoso pelo o que pude ver dele.

-Quer parar querida?

              Os olhos dele nos meus me fizeram desejar me jogar nele e sentir àquele momento, mas não poderia ser tão inconsciente mesmo desejando isso, eu juntei forças e tentei me acalmar, olhei para ele com um olhar desafiador, um sorriso de canto se formou nos lábios dele, deixando claro que ele se divertia um pouco com a situação atual.

-Saia de perto de mim.

              Cuspia as palavras na cara dele, deixando claro o meu desgosto, porém ele não se afastou de mim, em vez disso, sua mão se aproximou e pegou em meu braço para me segurar, como se ele tivesse medo que eu fugisse, me segurava firme porém com cuidado para não machucar.
-Eu quero ir embora!

-Não. 

               A raiva aumentava, mas tudo o que eu podia fazer era bufar enquanto àquele homem ficava me encarando, até que ele se aproximou, tentei me afastar mas a mão em meu braço me impediu, ele se aproximou do meu rosto ao ponto de eu poder sentir a sua respiração em mim, seus olhos me deixavam hipnotizada com tanta beleza.

-Você é minha, nunca a deixarei ir.

               Assim que ouvi aquelas palavras saírem da boca dele, seus lábios prenssaram o meu me dando um beijo demorado e prazeroso, mesmo que eu não quisesse sentir àquele beijo, que era tão bom, eu não o afastei o sentindo, então sua língua invadiu minha boca, me fazendo por um momento novamente perder a cabeça, o beijo quente e molhado estava me deixando em branco até que ele parou e se afastou.

-Você é minha.

                Ele falou novamente e devorou minha boca mais uma vez, naquele momento eu já não conseguia pensar, mas queria, até que ouço uma batida ao longe, ele para e se afasta olhando a porta.

-Espere aqui.

                Ele sai andando quarto a fora me deixando sozinha com meus pensamentos, a respiração ofegante e a mente em branco que começava a se encher de pensamentos, eu cedi a ele por um momento, cedi a sensação prazerosa que um homem poderia me dar, me levanto da cama e procuro me cobrir, puxo o lençol e o uso como um vestido para cobrir os seis que estavam expostos, logo me aproximo da porta ouvindo vozes no andar de baixo, resolvi naquele momento correr e pedir ajuda e fui o que fiz, corri com todas as forças para o andar de baixo para ver aquele homem conversar com mais dois, eu puxo o fôlego e grito com força trazendo a atenção até mim, a raiva no rosto do meu sequestrador foi visível assim que o vi me encarar.
-Me ajudem.

                  Eu falo da forma mais dramática possível, tentando mostrar que fui sequestrada e violentada, os dois homens de porte forte que estavam na porta se entreolham, e voltam seu olhar a mim, pude ouvir um rosnado porém o ignorei e corri até a porta, mas um braço forte me segura me impedindo de chegar aos meus salvadores.

-Por  favor me ajudem esse homem me sequestrou, está me prendendo aqui.

                 Eu falo com lágrimas nos olhos, tentando atuar da melhor maneira possível como uma garota sofrida, eu tento me soltar do aperto daquele homem, mas era inútil, eu olho para ele para visualizar a raiva nos olhos dele, porém não me importo, aquela era a chance perfeita de escapar dele.

-Por favor me ajudem esse homem me sequestrou, preciso de ajuda.

               Os dois homens voltam a se entreolhar e olham para a belezura que me segurava, porém não vejo surpresa, nem medo, nem raiva, nem expressão nenhum, aquilo por um momento me deixa apavorada, eles sabiam do ocorrido e não fariam nada.

-Suba.

                Ele diz com a raiva exposta em seu tom de voz, a preocupação naquele momento me toma por completo, meu sangue gela e começo a pensar que estaria um tanto encrencada, porém resolvo questionar.

-Não.

                Um rosnado ecoa pela sala arrumadinha e cômoda da casa e de repente ele me puxa pelo braço escadas a cima deixando os dois homens plantados ali.

-Me solta.

                Grito com todas as forças que eu tinha em meu corpo, porém ele apenas rosna de volta e prossegue seu caminho me arrastando junto, quando finalmente chegamos no quarto ele me põe para dentro e me olha novamente.

-Fique aqui.

              Ele fala antes de fechar a porta me separando dele, porém dessa vez ele toma precações para me manter ali, eu puxo a porta, mas ela não abria, ele havia me trancado no quarto, a raiva bateu, então resolvi ir até a janela para tentar pular, mas quando eu vi a altura logo desisti, iria me machucar muito, pensei, então tudo o que fiz foi me aproximar da porta para tentar ouvir a conversa, mas era inútil, o silêncio pairava, como se não tivesse mais ninguém ali além de mim, aquilo me preocupou, mas sem alternativas apenas me sentei na porta e esperei.

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