Capítulo 04

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Elliot

Entrei em um Armazém vazio e comecei a procurar por algo pontudo, algo que pudesse machucar, nada como uma pequena mentira, encontrei uma lança de ferro, encarei a mesma tentando pensar em outra solução, mas não me restou coisa alguma, arrastei a ponta da lança em meu braço e comecei a rasgar minha pele enquanto rangia meus dentes tentando não gritar muito alto, quando puxei a lança, dei um grito abafado e sem delongas, arrastei a mesma nas costas fazendo vários traços diferentes enquanto sentia o sangue cair sobre o chão

Me retirei do armazém e joguei a lança no chão enquanto caminhava com dificuldade em direção a delegacia, não demorou muito para eu chamar atenção de todo que passavam por mim, entrei no local e todos olharam em minha direção, se minha intenção foi chamar atenção, deu certo, o coronel veio até mim enquanto chamavam uma ambulância e antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta, eu falei o que ele realmete precisava saber, a pequena mentira criada por mim

- Maya Roffman, ela sequestrou minha filha, ela fez isso comigo, encontrem minha pequena ...

Disse com dificuldade enquanto fazia meu pequeno teatro e pela reação dele, meu plano eclodiu com sucesso

Disse com dificuldade enquanto fazia meu pequeno teatro e pela reação dele, meu plano eclodiu com sucesso

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Malu

Fiquei em completo silêncio durante todo percurso que fiz com a Maya, ela parou em um posto no meio da estrada e me olhou preucupada

- Está com fome ?

Afirmei com o rosto após ela perguntar e então desci do carro enquanto seguia seus passos

Meu pai me deu todas as instruções, de ficar quieta e logo iriam me buscar, porém caso alguém me perguntasse, eu teria que dizer que ela me levou a força, o que não é verdade já que ele que pediu, é estranho tudo isso, sou pequena e não burra, ela só tem me tratado bem durante todo esse tempo, por que eu iria prejudicar ela? Parece que eu tenho a escolha de prejudicar ela ou meu pai, eu não quero fazer nenhum dos dois, porem eu li em um livro que as pessoas colhem o que plantam, e meu pai certamente não está plantando coisas boas, Ultimamente ele não está nem me dando atenção, parece até que só está comigo para me usar, ele não sabe mas eu sempre percebi quando ele me deixava sozinha em casa e saia com a Blair, fingir que está dormindo não é tão difícil, fora as vezes que eles chegavam se beijando com a mesma e eu tinha que me esconder embaixo da escada para que ele não visse que eu estava acordada, lembro bem da última vez que vi eles juntos, foi antes da Maya procurar ajuda, a Blair estava aqui em casa brigando com meu pai e eu saí do quarto para saber o que estava acontecendo, desta vez eu realmente estava dormindo e fui acordada pela gritaria, meu pai mandou eu entrar de volta para meu quarto e correu atrás da Blair que tinha saído enquanto chorava, até hoje não sei o que aconteceu alí, mas meu pai pediu segredo, ele pediu por tudo que é mais sagrado para não contar aquilo para ninguém, isso deve incluir o fato de que eles se encontravam escondido, essa informação não é relevante para mim, afinal brigas acontecem todos os dias, e claro que tudo que acontecia, eu contava para minha mãe, mas ela estava começando a ficar com medo de me deixar ficar com ele, então parei de contar algumas coisas, nesse mesmo dia minha mãe foi me buscar e meu pai não deixou que ela me levasse, disse que iria viajar comigo e que minha mãe não poderia impedir

A Maya balançou meu ombro de leve, me fazendo despertar das ligações que eu estava tentando fazer em minha mente e então olhei para ela

- Está tudo bem ?

Afirmei com o rosto e então ela perguntou o que eu iria querer, olhei em volta e apontei para o bolo de cenoura com cobertura de chocolate

- É meu favorito

Acabei dizendo uma das minhas primeiras palavras depois de passar horas com ela

- Além do mais é meu aniversário ...

- Seu aniversário? Quer falar com seu pai?

Olhei para ela que parecia completamente surpresa e meio sem jeito por não saber, pelo menos foi o que parecia, não entendi sua reação

- Não, ele nunca lembra, apenas minha mãe, e no momento acho que é impossível ela falar comigo, ela e qualquer outra pessoa ...

- Por que diz isso ?

- Nada demais ... E você ? Por que tem uma arma ?

Ela novamente fez uma expressão surpresa e ao mesmo tempo como se tivessem descoberto um segredo seu

- É do meu avô, eu nem sei se ela ainda serve, só peguei por precaução ...

Respondeu enquanto pegava a fatia de bolo e logo me entregou meio desconfiada

- Como sabe? Esta bisbilhotando?

- Só um pouco, tenho direito de sentir medo, coisas estranhas tem acontecido todos os dias ...

- Você é pequena, porém muito inteligente ...

- Até que enfim alguém que não é minha mãe, reconheceu o meu talento

Maya deu risada e foi comigo para o carro, ficamos conversando durante um tempo, lembro de ter visto uma palavra no dicionário, acho que era afinidade, eu tenho isso com ela, eu gosto dela o suficiente para entender que ela não tá sendo boa comigo por ser, ela está sendo assim por que ela é
desse jeito e isso me deixou confusa, afinal a Maya não parece ter matado alguém, muito menos a própria irmã

Maya Hoffman Onde histórias criam vida. Descubra agora