Capítulo 07

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Suzana

- Onde está a Malu ?

Me virei com os braços cruzados, ranço? Sinto todas as vezes que olho para ele, tudo começa com um buquê de flores, depois traição e agressões, porém a cada nível que ele passava, eu também ia junto, digamos que ele não tenha aguentado a pressão, por outro lado eu também não, a diferença é que eu já estava morta por dentro, não tinha mais o que destruir, a úncia coisa pela qual eu dou importância é minha filha, infelizmente eu não tenho provas suficientes para colocar ele atrás das grades, que é o lugar onde ele deveria está, a única pessoa que sei que ele não faria mal algum é a Malu, isso não me deixa aliviada, muito menos em uma zona de conforto, quando deixo eles ficarem juntos, é só por que eu não tenho outra escolha, ele é muito possessivo quando acha que tem o direito sobre determinada coisa, e o fato dele está totalmente calmo com o "sumiço" da Malu, entrega que ele está mentindo, de um lado fico aliviada, de outro fico com certo receio do que ele pretende fazer, afinal eu sei do que ele é capaz, eu vi o que ele fez, porém o conheço o suficiente para entender que devo da um passo de cada vez, caso contrário, ele saí ganhando, e essa não é minha intenção

- Eu não sou idiota, você sabe onde ela está

- Não sei onde quer chegar com isso

Ele se virou e começou a colocar bebida em um copo de vidro

- Precisa tomar mais cuidado com o que anda fazendo ...

- O que está insinuando? Que eu fiz alguma coisa?

- Anda muito nervoso... Eu não disse nada demais, você que anda tirando suas próprias conclusões

Ele se virou de volta para mim e deu um gole de sua bebida enquanto me analisava por completo

- Ainda não me disse onde a Malu está

- O que te fez ter tanta certeza de que eu sei ?

- Você está muito calmo... Mas eu não sei onde minha filha está, isso me está me deixando preucupada

- Nossa filha

Ele corrigiu e eu me aproximei dele com "sangue" nos olhos, não entendo como ele consegue transparecer algo que não é com tanta facilidade

- Minha... Eu não irei permitir que ela fique perto de um assassino

- O que você disse?

Ele deu arrumou sua postura e olhou em meu olhos, dei alguns passos para trás e ele andou em minha direção, sem permitir que eu me distanciar-se

- Eu vi quando você saiu da casa da Blair, eu vi o que você carregava nas mãos, não adianta querer incriminar outra pessoa, um dia tudo volta para você

Sinto a força de sua mão pesada sobre meu rosto e logo uma ardência, pus minha mão sobre minha bochecha e olhei para ele com desgosto e cuspir em seu rosto, tentei dá um tapa nele porém ele pegou em meu pulso e começou a apertar

- Não entendo como vocês têm o hábito de se envolver com o que não lhe dizem respeito

- Apartir do momento que a inocência de alguém está em jogo, qualquer mínimo detalhe vale

- Por que tem tanta certeza de que a Maya não fez tudo isso?

- Por que você nunca soube mentir

Ele me empurrou contra a parede com sua mão em meu pescoço, eu estava ficando sem ar e pude perceber o ódio em seus olhos, ele estava com raiva, lembro de quando ele não era assim, lembro quando tudo que ele carregava consigo era bondade, não sei dizer como ele chegou até aqui, sinto tanto por isso ter acontecido

Estou sentindo dor, desta vez é diferente, não é como se eu pudesse revidar ou ameaçar, é como se algo estivesse controlando ele e nada o pudesse impedir de continuar me machucando, até quando eu penso ter me livrado deste fardo, ele volta tudo de novo, desta vez pior

Não estou chorando, por mais que eu estava com raiva, dor, desgosto, eu não tenho mais de onde tirar lágrimas, eu só quero que ele tenha tudo em dobro

Sinto o sangue escorrendo da minha boca e meus olhos estão doendo e pesados por causa dos socos, ele me jogou contra o chão e eu olhei para ele sem forças alguma para me defender

- Vai me matar também? Cuidado, desta vez você não vai ter ninguém para culpar

Dei um sorriso de lado e ele veio com uma de suas mãos fechadas em minha direção, depois de sentir o impacto sobre meu rosto, não sei o que houve

Elliot

- Que merda ... De novo não

Olhei para minhas mãos sujas de sangue e logo depois para o corpo da Suzana caído, a Malu nunca iria me perdoar, não sei se ela está morta, não tenho coragem de ver, não quero carregar mais uma morte nas costas

Passei as mãos na calça e comecei a andar de um lado a outro, não é possível que esteja acontecendo tanta coisa ruim, é uma maré de horror

Eu não queria que nada disso tivesse acontecido, eu tenho sido tudo que sempre desprezei, tudo que julgava ser errado, mas chegou um momento que eu precisei agir errado, e quando comecei .... Não pude mais parar

Apenas duas escolhas, ou eu deixo ela morrer, ou eu salvo ela e todo meu plano vai por água abaixo

Maya Hoffman Onde histórias criam vida. Descubra agora