Na varanda do escritório do trabalho (crónica)

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Da varanda do escritório do trabalho.
Talvez possa considerá-lo meu lugar de meditação. Onde eu observo e reflito, onde eu crio e resolvo minhas peripécias, onde relaxo sempre depois do almoço acompanhado de meu copo de sumo.
Mas hoje foi diferente ! Decidi observar cada pessoa que passava, não apenas observar do ponto de vista comum mas fazer uma sondagem de tudo aquilo que eu pudesse notar, desde a expressão corporal, semblantes dos rostos até mesmo a pressa e a calma que cada um levava no seu percurso. Quando começo por observar um senhor de idade, com o semblante cansado, com seu lenço na mão limpando o calor ao mesmo tempo atravessando a rua quando ao mesmo tempo um jovem faz uma curva ilusória e perigosa escapando por atropelar o senhor. No momento refleti por este conflitos de idades, era duas gerações agindo de forma errada, mas cada um com senso de razão, e lá foi a troca de ofensas e insultos que nada resolveria a não ser cansa-los e perder tempo e foco daquilo que era seus objetivos diários.
Quando olho para o outro lado vejo duas jovens aparentemente adultas, com q vestimenta sexy, vestidos colados ao corpo empenhadas nessa era do exibicionismo ativo, pareciam estar a espera de algo ou alguém importante é conversavam enquanto esperavam, lembro que frente ao lugar aonde elas estavam situava-se uma agência do Atlântico, logo percebo quais eram os alvos daquela exposição corporal. Elas era destemida e determinadas porque interpelavam todo senhor, jovem que pareciam ser de classe social alta.
Dai pus-me a pensar será isso um negócio, elas tinham tudo bem elaborado e era quase que atrativo ver aquela organização tática que elas tinham, encenavam como profissionais, quando por aquele mesmo estante cai um senhor de  idade na teia e elas sobem no carro vão com o senhor.
  Pude analisar pessoas felizes, outras triste, pessoas tensas e outras relaxadas. Pude perceber como a tristeza e felicidade andam lado lado, sim ! Tudo faz sentido quando paramos um pouco e analisamos tudo a nossa volta.
Vi a alegria e a tristeza a cruzarem-se na passadeira, as vi darem-se prioridade no cruzamento, as vi na senhora que vendia a banana com jinguba e no jovem que a comprava. Pude mais uma vez presenciar o equilíbrio da Dor e Prazer que todos nós queremos alcançar individualmente.
O mundo depende muito desse equilíbrio.
Isso tudo pude notar da varanda do escritório do trabalho !

#Humanismo
#Cassoma

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