A Different Way

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Como prometido... A continuação esperada. Espero que gostem. Por favor, não esqueçam de comentar e deixar a estrelinha pra eu saber que estão curtindo ❤️.

POV ALLYSON BROOKE

Ela me deixava nervosa.

Ela.

Seus olhos castanhos naquela proximidade pareciam ainda mais brilhosos e bonitos. Definitivamente eu estava nervosa, os dedos longos da loira alta rodeavam meu antebraço e ela parecia tão paralisada quanto eu. Após alguns segundos, me soltou lentamente e foi impossível não ganhar um rubor extremo em minhas bochechas geladas pelo ar gélido de New York.

— ei... Allyson Brooke, certo? Eu estive querendo falar com você a um tempo... — Sua voz era exatamente do jeito que eu imaginei, combinava tanto com sua aparência física. Seus traços exóticos, a maneira com que seus dentes tinham pequenas voltinhas nas pontas, como Lauren costumava dizer: eu era realmente louca em me apaixonar assim por alguém que a menos nunca conheci. Mas agora estava conhecendo, e esse era um motivo "a mais" para meu coração palpitar rapidamente.

— sim... Mas me chama de Ally. E você é...? Por que não veio até mim antes? — Franzo o cenho abrindo um pequeno sorriso e puxo as laterais da minha jaqueta, apertando meus braços num abraço próprio. Estava frio, e eu não conseguia deixar de demonstrar meu desconforto.

— Dinah Jane. Eu estava com medo de você achar estranho uma desconhecida se aproximar aleatoriamente. Mas eu te acho incrível... É de tirar o fôlego, realmente.

Dinah Jane, então esse é o nome da mulher que vem me desconcentrando em todos os concertos. Camila estaria orgulhosa de mim. Soltei um riso nasalado pendendo a cabeça para o lado com a sobrancelha erguida, já havia perdido totalmente a timidez, pelo menos aquele desconforto inicial e inseguro. — desconhecidos vivem se aproximando pra me agraciar com elogios. Mas eu ficaria feliz se você tivesse vindo até mim, já estive reparando em você na plateia...

— hm, sério? Podemos falar sobre isso em outro lugar? Você me parece com frio — Me apontou como indicando meu corpo pequeno e trêmulo. Okay, aquilo me envergonhou, mostrava que ela estava reparando mais que o esperado em mim. Mas isso é estranhamente bom. Direciono minha mão pequena envolvendo seus dedos longos e puxo para baixo como uma criança na tentativa de chamar sua atenção.

— você me guia. — Pisco.

POV NARRADOR

Então ambas as loiras se entreolharam, cúmplices. Dinah Jane com seu sorriso sugestivo já sabia exatamente para onde levar a mulher ao qual lhe enchia de inspiração. Ela entrelaçou seus dedos ao de Ally que nunca pensou que uma mão tão pequena, unida a uma mão tão grande, poderia ter um encaixe perfeito. Elas começaram a andar a passos rápidos pela calçada, Allyson ria, e Dinah não conseguia deixar de acompanhar. O riso de ambas preenchiam a rua vazia e foi quando Dinah bruscamente parou na esquina. Naquela rua, as luzes eram iluminadas por postes de luz em todo canto, o asfalto molhado pela umidade do tempo era vazio, nenhum carro passando aquela hora. Apenas um estabelecimento estava aberto: a loja de conveniências naquela mesma esquina.

— quando eu contar até três, você corre, sem soltar minha mão... Okay? — Dinah disse a pequena que assentiu, confusa e desconfiada mas concordou com a ideia. A loira maior empurrou com o corpo a porta de vidro do local ouvindo o pequeno sino acima do objeto soar avisando que novos clientes estavam ali. Não existia ninguém além de um velho, gordo e que segurava uma revista Playboy a folheando sentado atrás do balcão.

Ele ergueu seu olhar tediosamente olhando para as duas mulheres, e sem demora voltou a lamber seus dedos e folhear a revista. Inevitavelmente a latina e a polinésia se entreolharam com caretas de nojo, arrancando risadas uma da outra.

Dinah puxou uma cestinha soltando a mão de Ally e começou a assobiar, caminhando entre os corredores e colocando coisas aleatórias dentro do objeto, como chocolates, salgadinhos, uma garrafa de whisky barato que provavelmente deveria ter o gosto péssimo. Com os olhos informou a Ally que poderia fazer o mesmo e a menos sem pestanejar agarrou um pacote de passas revestidas de chocolate e colocou dentro da cesta.

A mais alta então, agarrou a mão pequena da menor com a cesta na mão livre e ergueu a sobrancelha aproximando seus lábios da orelha de Allyson, que arrepiou-se instantaneamente com o ato.

— 1... 2... — Enquanto contava até 3, Ally então soube o que estava acontecendo. Dinah e ela estavam prestes a roubar o mercadinho e isso a encheu de medo e adrenalina ao mesmo tempo. Com medo de que estivesse conhecendo uma delinquente, afinal, mal conhecia Dinah Jane. Ela acabou deixando levar-se, e quando chegou ao 3, as duas mulheres começaram a correr para fora, entre gargalhadas com o desespero do gordo que se desequilibrou ao tentar levantar rápido pra ir atrás.

Em segundos elas estavam correndo no meio da rua, ofegantes, sorridentes. Ally achava que nunca havia sentido-se tão viva quanto naquele momento.

A mesma foi puxada pela mão forte para o meio entre dois prédios altos, um beco. Dinah se curvou deixando a cesta no chão e apoiou as mãos nos joelhos respirando fundo.

— você viu a cara dele?! Foi hilário... — Ergueu seu olhar sob os cílios cumpridos e fitou a pequena a sua frente. — juro que foi a primeira vez que fiz isso... não fique assustada, okay? Mas, antes de dizer qualquer coisa, vem... Eu tenho o lugar perfeito pra comermos essas coisas.

Agarrou novamente a cesta pela alça e, sem dizer nada, Allyson assentiu e seguiu a loira deixando de lado o seu receio. Confiava estranhamente em Dinah. Essa que começava a subir os lances da escada de incêndio na lateral de um dos dois prédios. Com medo de escorregar, Ally se segurava nos corrimões úmidos chegando sem demora ao topo. A loira mais velha pulou o muro para dentro do terraço primeiro, deixou a cesta na área coberta e foi ajudar a mulher menor a pular também. Assim que o fez, se ajeitou agradecendo num murmuro e se aproximou da mureta na ponta, que dava vista para toda Manhattan. Os prédios, as luzes neon seguidas do belo céu totalmente estrelado. E aquelas estrelas refletiam os olhos castanhos de Allyson, esses aos quais Dinah reparava em seu perfil, ao seu lado. A loira ficava extremamente assustada com a maneira tão perfeita que a outra conseguia ser.

Até mesmo a pequena pinta perto dos lábios carnudos de Ally a tornavam mais perfeita aos olhos de Dinah. O amor platônico poderia ser algo totalmente assustador, mas cheio de adrenalina agora.

— é... Lindo. — Murmurou a violinista, se virando de frente para a outra.

assim como você.

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WELLL... continuação no próximo capítulo. Quero saber se vocês gostam de algo mais radical e perigoso vindo da parte de Dinah, ou se querem algo mais normal, romantica e clichezinha. REPLYYY PLEASEEE

amo vocês.

With My Soul - Dinally G!POnde histórias criam vida. Descubra agora