Meu Doce Psicopata -Jeff The killer (Em Revisão)

ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ: ᴏ ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ

°Helen Pov's°

Estava tão atolada com a mudança e ainda por cima eu acabei brigando com a minha tia.

Ela não queria que eu fosse embora e muito menos que eu morasse sozinha.

Estava terminando de analisar a minha nova casa, até que escuto meu celular tocar. Olho para o celular e vejo que era uma ligação da minha tia e atendo.

-Oi tia!

-Helen, você vai realmente nos deixar?-fala ela com uma voz chorosa.

-Eu ja sofri demais aí tia, me entenda por favor! -tento explicar a ela o motivo de eu partir... Ela sabe exatamente o quanto sofri.

Aquela cidade só me trás lembranças ruins do passado, da morte dos meus pais... Não tenho nada que reclamar sobre minha tia, pois ela sempre cuidou bem de mim.

"Bom... Acho que ela fez isso pra se redimir da morte da minha mãe... No fundo ela se sentia culpada. Será que ela esconde algo?" fico pensativa por um tempo e nem noto o que ela disse.

-Helen, você está me ouvindo?

-Sim, estou sim tia!

-Helen por favor volte! Eu não posso aceitar isso, eu tenho medo de algo ruim acontecer com você... E se acontecer eu não estarei aí para te proteger! -fala minha tia quase chorando.

"Eu não quero deixar ela assim mas eu já tenho 18 anos e posso me cuidar sozinha. Pode até ser um pensamento egoísta... Mas, não quero causar mais problemas para a vida dela... Não quero mais brincar de casinha com ela e fingir que está tudo bem, sendo que não está!" penso tentando acabar com aquela conversa logo.

-Tia, eu agradeço do fundo do meu coração por você ter cuidado de mim todos esses anos. Mas eu não quero dar mais trabalho pra você.

-Você nunca me deu trabalho docinho.

"Não era isso que você dizia para suas amigas...."

-Tia,eu sei,mas eu preciso disso. Eu não aguento mais ficar nessa cidade, ela é sufocante. Todos sempre me comparando com a minha mãe, todos sempre me culpando ou me julgando. Eu só quero ser livre! Só quero poder ser aceita por quem eu sou e não pela garota que perdeu seus pais!

Ela fica em silêncio por um tempo, no fundo eu sentia que ela me entendia.

No final, ela não era uma pessoa tão ruim assim. Ela pode não ter me tratado bem no início, mas no final agora ela tem um carinho de mãe comigo.

-Okay, mas você vai vir me visitar?

Suspiro aliviada e dou um sorriso olhando para a janela.

-Claro que sim! Como eu não iria visitar a minha mãe, que cuidou e me amou por todos esses anos?

-Ah minha filha, toma cuidado por favor e qualquer coisa as portas vão estar abertas para você sempre!

-Preciso ir agora, a campanhia está tocando, acho que é o caminhão de mudanças com as minhas coisas chegou. Amo você! E te vejo nas férias!

-Também te amo minha pequena!

Desliguei a ligação eu sei que isso está machucando ela mas eu não posso viver pra sempre com ela. Preciso ter minha vida, ter minha liberdade e me soltar desse passado do qual todos me julgam.

"Para ser sincera... Eu não lembro de nem metade da minha infância... Então, não sei o que fazer quando me culpam pelo meu passado... Acho que sou uma garota vazia a final de contas!"