(Re) Encontros e Descobertas Vol. 4

Capítulo 360

- Descemos e como imaginávamos Dona Rute estava à minha espera.

- Pronto Dona Rute estou às suas ordens.

- E eu vou tratar de algumas coisas, divirtam-se meninas.

- Certo Rodrigo, Juliana vamos tratar do almoço?

- Vamos sim.

E assim nós duas nos dirigimos à cozinha, onde organizei os ingredientes que precisava e comecei a preparar nosso almoço.

- O que você vai preparar Juliana?

- Dona Rute vou preparar o prato que o Rod mais ama, arroz, bife, bata frita e uma salada verde.

- Realmente ele ama esse prato desde criança.

- Eu sei, em casa sempre que ele pede eu preparo.

- Eu soube que vocês estão morando juntos.

- Estamos sim, e pode ter certeza a história de irmos morar juntos foi uma aventura, um dia eu lhe conto.

- Conte agora, acredito que tenhamos tempo.

- Tudo bem.

E assim relatei a Dona Rute toda a odisseia que Rodrigo com a ajuda da Mari e do Felipe fez para eu escolher nosso próprio lar e de quebra a mobília da nossa casa, mas que os planos iniciais do Rod não foram como ele havia idealizado pois quando ele apareceu naquele restaurante eu o havia recrutado para me ajudar na missão de escolher a casa e a mobília da Mari e do Felipe.

- Meu Deus parece que o Rodrigo adora fazer surpresas pra você, mas de vez em quando ele também é surpreendido.

- Sim Dona Rute eu e o Rodrigo nos amamos tanto que estamos sempre buscando surpreender o outro.

- Que bom Juliana, Rodrigo já sofreu muito por um amor não correspondido.

- Amor não correspondido?

- Sim, como ele mesmo dizia um amor impossível.

- Como assim?

- Rodrigo era apaixonado por uma moça, acho que da novela que ele mais teve destaque, uma que passava no fim da tarde.

- Malhação.

- Essa mesmo.

- E a senhora ia falando.

- Ah! sim ele estava apaixonado por essa colega da novela, eles eram muito amigos e ele não queria estragar a amizade dos dois. Eu dizia que o amor de forma geral começa com uma bela amizade, comigo e com o Júlio foi assim nós dois éramos amigos desde crianças por causa das nossas famílias e o caminho natural foi nos apaixonarmos e hoje estamos aqui casados e felizes. E eu aconselhei ele que se eles eram tão amigos, poderia haver uma chance. Ele disse que não queria correr o risco de perder a amizade da menina e não se declarou. Quando ele vinha aqui eu sempre perguntava como ia o amor platônico dele? Ele me dizia que continuavam amigos e não queria estragar a amizade dos dois. Aí um dia eu consegui convencê-lo a se declarar para a moça e fosse o que Deus quisesse, ele saiu daqui todo empolgado, tinha decidido se declarar pra ela e eu acabei não sabendo o que aconteceu. Aí um belo dia ele apareceu aqui e eu perguntei o que havia acontecido com a amiga dele e ele me disse que havia perdido muito tempo e que naquele momento ela era apenas uma grande amiga. Perguntei por que? Ele me disse que agora ela estava namorando e havia perdido sua chance, mas que a amizade continuava e eu vi o Meu Menino chorar ao me dizer isso.

- Meu Deus, o Rodrigo deve ter sofrido...

- Sofreu sim Juliana, eu cheguei a ficar com raiva dessa menina por não correspondê-lo, mas hoje eu vejo que foi melhor assim porque ele encontrou a verdadeira mulher da vida dele: você.

- Sim realmente nosso encontro foi de almas, mas a senhora não soube mais sobre a menina?

- Não Rodrigo nunca mais falou dela e eu achei melhor não chamá-la à lembrança dele e hoje ele tem você.

- Sim, melhor assim.

Tudo que Dona Rute me relatou me deixou culpada, era difícil pra mim ouvir aquela história e saber que a moça em questão era eu e isso me fez chorar pela dor que involuntariamente causei no Rodrigo.

- Juliana você está chorando minha filha, isso não faz bem pro bebê.

- Tudo bem Dona Rute, essa história me deixou triste.

- Juliana... Juliana essa história deixou você triste ou culpada?