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“Me abrace, Niel.”

O sussurro saiu fracamente dos lábios de Seongwoo, já que esse se encontrava com sono demais até para pensar quanto mais falar algo em alto e bom som, porém claro que Daniel estava perto o suficiente para ouvir e, sem hesitar, levou os braços largos até ele e o puxou levemente para mais perto, o encaixando em seu peitoral enquanto encarava o céu pela janela aberta na parede em frente a cama.

Se alguém dissesse para Daniel que, depois de anos se encontrando com um alguém diferente toda semana, ele acharia aquele rapaz que estava confortavelmente em seus braços e sentiria que nunca mais iria precisar de nada, só daquela pessoa, bom, ele acreditaria porque no fim era tudo que mais queria.

Estava claro para todos os seus amigos o quanto se sentia solitário, perdido no mundo e na vida adulta. O rapaz queria alguém que lhe passasse confiança apenas com um olhar, que segurasse sua mão e dissesse que estava tudo bem ter medo, que se precisasse ficaria acordado a noite toda com ele conversando asneiras com cigarros nos lábios e beijos roubados com gosto de cerveja barata.

E, bom, Seongwoo era tão solitário quanto ele, com algo que disse não poder ser preenchido – no fim, foi –, um espaço vazio não no coração e sim na alma. Na primeira conversa, essa que aconteceu numa boate no centro de Seul com direito a bebidas caras e olhares intensos, Daniel percebeu o quanto tinham em comum; os sentimentos, a maneira de ver o mundo, os gostos e até alguns "sonhos".

Eles chegaram tão longe com aquele relacionamento que deveria ter durado no máximo um dia, os dois têm certeza que não podiam mais voltar atrás, que depois de um ano aquela chama calma ainda preenchia o coração apaixonado dos dois e parecia não querer ir embora. Isso, de certa forma, assustava Daniel que morria de medo de um dia o rapaz sair pela porta do apartamento com suas coisas e nunca mais voltar.

Se perguntava como viveria sem os abraços quentes e confortáveis dele, sem seus lábios macios, sem suas piadas, sem seu ser. Daniel tinha certeza, amava ele tanto quanto amava gatos, provavelmente até mais, e isso não era um problema porque adorava estar completamente apaixonado por Seongwoo, ele só tinha medo de ser abandono como tantas vezes foi.

Tempos tristes eram aqueles que ele saia na semana e se encontrava com qualquer estranho em lugares desconhecidos, no dia seguinte acordava sozinho na cama de um motel, sem memória e com um vazio no coração.

Quando conheceu Seongwoo foi tão diferente; ao acordar, lá estava ele, agarrado ao seu tronco como se fosse morrer se estivesse longe, a respiração estava fraca e a aparência abatida. No mesmo momento, sentindo o outro o abraçar, Daniel sorriu, e mesmo que sua cabeça estivesse quase explodindo por ter bebido muito na noite anterior, ele se lembrava de algumas coisas da conversa que tiveram. Não percebeu na hora, mas não se sentia triste, vazio ou cansado, nem com medo; estava tranquilo e até um pouco bem. Seongwoo foi o único que ficou e isso estranhamente lhe deixou feliz.

Talvez isso tenha unido eles, afinal, Seongwoo procurava alguém para abraçar e amar porque era tão carente e ninguém parecia aguentar esse lado seu. Já Daniel implorava por alguém que lhe abraçasse e o fizesse se sentir protegido de todo o medo dentro de si, queria se sentir amado pelo menos uma vez.

Eles realmente chegaram longe e com toda a certeza não poderiam voltar atrás ou se afastar, afinal, se amavam de uma forma incrivelmente fora do comum para seus pequenos corações, mas também não pensavam em se afastar, apenas aproveitavam o momento.

Seongwoo era o porto seguro de Daniel e vise-versa.

Não queriam o mundo ou toda a riqueza da terra, apenas estar abraçados, sussurrando baixinho, aos beijos, sentindo um ao outro e toda a chama da paixão que tinham, queriam passear de mãos dadas no parque, andar de montanha russa, comer miojo apimentado e depois sorvete, assistir filmes de ficção científica juntos, ir a boates ou até mesmo a um fast food de madrugada apenas para comprar milkshake. Eles queriam estar juntos e apenas isso, não importava onde, quando ou como.

Daniel precisava dos braços de Seongwoo para se proteger do mundo e ele precisava do tronco alheio para se acalmar. No final, um completava o outro, um era a alma gêmea do outro, os dois se amavam. Sentiam, no fundo de todo aquele amor, que nada nem ninguém iria mudar isso; eram predestinados e fariam de tudo para estarem juntos para sempre.

“Sempre vou te abraçar, Ong, eu te amo muito.”

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HELLOU!!! Bom, essa fic é minha e eu postei ela primeiro no spiri* (não sei se pode falar o nome aqui, vai que neh jsjdkaks). É claro que, pelo fato de eu ter escrito ela ano passado, aqui eu fiz umas mudanças que eu achei necessário fazer, porém okay, a que tá no site ao lado é praticamente a mesma coisa. Não sei se é uma oneshot boa, espero que quem ler goste – espero tbm que alguém leia qq. Eh isso... Bom, qualquer dia postarei outra fic e é nois!

「Hug Me」 ONGNIELOnde histórias criam vida. Descubra agora