Capítulo 22

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   Simon e Davi já estão na cozinha preparando o café, Brayan então pede;

- Precisam de ajuda?

- Não obrigado, você passou a noite cuidando de Valquíria, e como ela está? – diz Davi.

- Ela está bem melhor, seu ferimento fechou. – responde Brayan.

Todos então sentam e começam a comer e conversar, passados alguns minutos todos estão rindo, nesse momento Davi ergue a cabeça e para bruscamente de rir, os outros ao perceberem olham p ele e então seguem seu olhar até a porta onde está Val parada, ela havia se lavado e trocado de roupa, seus cabelos estavam soltos, eram longos e cacheados, parecia uma cascata negra que alcançava a altura da cintura, estava muito bem. Brayan levanta e vai até ela;

- Como você está se sentindo?

- Estou me sentindo bem, obrigado a todos por cuidarem de mim.

- Como ela pode estar de pé, o ferimento foi profundo levaria dias para curar? – diz Davi.

- Você esqueceu do que o monge nos falou? – diz Simon.

- Realmente tinha esquecido. - responde Davi.

- Venha Valquíria, esses são meus melhores amigos a quem confiaria minha vida, Simon o moreno alto de olhos amarelos e Davi o mais baixo moreno de olhos pretos eles são irmãos crescemos juntos, a mãe deles é a dama de companhia e melhor amiga da minha mãe, o pai deles é o general e homem de confiança de meu pai.

- Obrigado rapazes, são muito gentis além de bonitos.

- De nada. – dizem os dois vermelhos de vergonha pois nenhuma mulher havia elogiado ambos com tanta sinceridade e sem esperar nada em troca.

Brayan ri da cara dos dois, pois todas as garotas do seu reino que os elogiavam sempre faziam isso esperando assim conseguir status, ou reconhecimento e ter acesso ao castelo, só que nunca conseguiam pois os rapazes não eram burros e sabiam que era tudo fingimento para se aproximar de sua verdadeira meta o príncipe. Brayan sabia e se sentia triste por eles, porque eram bons homens e mereciam ser felizes.

Brayan então acomoda Val em uma cadeira ao seu lado para tomar café antes de saírem.

- Tome seu café, depois vamos a casa de seus pais.

- Obrigado, Noel você virá conosco né?

- É claro, tem certeza de que está bem.

- Sim.

Depois de tomarem café Emanuel vai até o quarto de Val e pega a capa então trás e entrega para ela;

- Use ela para se proteger está meio frio lá fora.

Eles então saem e seguem em direção a casa do guardião. Val observa que as casas são simples mas muito bem cuidadas com jardins floridos e árvores na frente, ela não vê as estatuas e também nota algumas casas vazias então pergunta;

- Noel, você disse que os moradores viraram estátuas, mas olha os aldeões estão todos vivos?

Brayan então diz;

- Os aldeões realmente viraram estátuas, esses que você está vendo são os soldados e suas famílias que vieram aqui para proteger a aldeia, as casas vazias que você está vendo são dos verdadeiros aldeões, meu pai mandou construir um galpão bem reforçado onde foram guardadas as estátuas, assim elas ficariam protegidas da chuva, do sol e de algum descuido que pudesse quebra-las.

- Gostaria de ver o local.

- Fica atrás da casa de seus pais, na encosta da montanha.

- Vamos lá primeiro, mas e meus pais onde estão?

- Meu pai pediu que eles fossem deixados na casa deles, então os colocaram no escritório. Uma vez por semana as mulheres dos soldados limpam todas as casas dos aldeões, já a de seus pais eu e os rapazes cuidamos pessoalmente, antes de mim foi um soldado de confiança de meu pai e do general, quando eu assumi aqui ele voltou para ajudar com os ataques que estão ocorrendo em todos os reinos.

- Meu pai é um rei honrado e correto, ele se importa e se preocupa com seu povo, são poucos os reis que agem assim. Meu pai se sentiu culpado pelo que aconteceu pois quando seu pai pediu ajuda meu pai disse que ele era poderoso e poderia cuidar de tudo sozinho, quando soube o que havia acontecido entrou em desespero e fez tudo o que estava ao seu alcance pela segurança da aldeia.

A ordem dos guardiões do mundo mágicoOnde histórias criam vida. Descubra agora