Candy |•| Lil Xan

•12• Candy

Eu havia mesmo acabado de desabafar com ele. Diego Leanos. Uma das únicas pessoas que eu nunca queria que me visse nesse estado. Fraca.

E era exatamente o que havia acabado de acontecer.

- Você é tão estúpida, Diana... - Murmuro pra mim mesma.

Agora ele vai ter pena de você. - Subconsciente.

Ele vai achar que você é apenas uma garotinha fraca que não consegue lidar com as merdas da vida.

Acha mesmo que ele vai se interessar por você?

Antes isso já era impossível. Depois de todo esse seu teatrinho, então...

- Cala a boca... - Murmuro e começo a vestir a lingerie que Diego tinha me dado.

Logo depois vesti o moletom e rezei para ele ter descido e esquecido tudo o que eu havia acabado de dizer.

Qual é o problema?

Tá com medo de encarar ele de novo depois dessa cena ridícula que você fez?

Ha ha ha.

Melhor ele ter descido mesmo, ou você vai passar a maior vergonha.

Ignoro essa voz em minha cabeça e abri a porta, vendo que Diego ainda estava sentado na cama e assim que me viu, levantou o olhar, me encarando.

- Mas que porra você ainda tá fazendo aqui? - Franzi o cenho e apaguei a luz do banheiro. - Pensei ter dito pra você esquecer o que eu te falei. - O encaro, mordendo a parte interna de meu lábio.

Diego suspira e logo se levanta da cama, me encarando.

- Acho que nós não somos oficialmente apresentados. - Dá um sorriso de lado e eu semicerro os olhos. - Meu nome é Diego, mas você já sabe disso, é claro. - Abaixa um pouco a cabeça e sorri. Logo ele me encara de novo. - Mas então, garota que pulou na piscina... - Se aproxima um pouco mais de mim. - Qual o seu nome? - Sorri de lado e eu suspiro.

- Diana. - Digo, encarando seus olhos.

- Um lindo nome pra uma linda garota. - Morde o lábio inferior e sorri em seguida.

- Me poupe desse seu papinho, Diego. - Reviro os olhos. - Não sou mais uma dessas garotas que são caidinhas por você. - Cruzo os braços e ele sorri.

E quem você tá querendo enganar dizendo isso? Todo mundo sabe que você É caidinha por ele.

- Eu não disse que você era. - Sorri de lado e eu continuo o encarando séria.

- Que seja. Só dá o fora daqui e esquece tudo o que eu te falei. - Digo passando pelo mesmo e indo até a cama, me sentando ali.

- Como eu vou esquecer a garota linda de olhos azuis que praticamente abriu seu coração pra mim? - Me encara sorrindo e eu respiro fundo.

Eu te disse que ele ia te achar apenas uma garotinha...

- Dá pra parar com isso? - O encaro e ele franzi o cenho. - Eu já mandei você esquecer o que eu te disse. Foi ridículo...

- Não foi ridículo, Diana. - Me interrompe e vem até mim, se sentando ao meu lado. - Sabia que não é nenhum problema você falar como realmente se sente, não é?

- É claro que é! Viu? É isso que eu odeio! É por isso que eu sempre guardo essas coisas pra mim mesma! Porque as pessoas começam a ficar me olhando com esse maldito olhar... Como se eu precisasse que elas sentissem pena de mim. - Desvio meu olhar, soltando uma risada abafada.

- Você tá ouvindo a si mesma? - O encaro e ele franzi o cenho. - Isso não é uma coisa ruim! Você achar que é, que realmente torna isso ruim. Você não precisa ser forte o tempo todo. As pessoas não são fortes o tempo todo. E, ás vezes elas precisam demonstrar isso...

- Mas eu preciso, porra! - Grito e nos encaramos. - Eu preciso ser forte, porque eu não quero que pensem que eu sou apenas uma garotinha fraca, que não consegue lidar com os malditos problemas da porra da vida! - Diego pressiona os lábios e continua me encarando por alguns segundos.

Logo em seguida ele me surpreende com um abraço, que por alguns segundos eu não retribui, pois tentava assimilar o que estava acontecendo.

Passo meus braços por sua cintura e ficamos ali por um tempo.

Ele se afasta um pouco de mim e me encara.

- Vem cá... - Diz e se deita na cama.

Eu o encaro com o cenho franzido, sem me mexer e ele revira os olhos, me puxando para deitar ao seu lado.

- Mas que porra, Diego... - Murmuro e logo ele me interrompe.

- Só cala a boca por 5 minutos. - Diz e eu o encaro, com os olhos semicerrados. - Pelo amor de Deus. - Revira os olhos e eu continuo o encarando por alguns segundos.

Logo eu me ajeito ao seu lado e ele coloca seu braço debaixo da minha cabeça.

Ficamos ali por um tempo, sem falar nada, apenas deitados, um ao lado do outro.

De repente senti meus olhos se enxerem de lágrimas e assim que o vi Diego me encarando sequei uma delas que insistiu em cair.

- Ei... - O encaro. - Tá tudo bem. - Acaricia meu rosto com uma das mãos e eu fecho os olhos, sentindo o seu toque e logo as lágrimas tomam conta de meu rosto.

Diego apenas me abraça e eu apoio a cabeça em seu peito, começando a chorar novamente.