Abandone a esperança e apenas se divirta

401 24 3
                                    

Passos Longos e apressados eram ouvidos pelas ruas desertas da cidade, passos estes acompanhados de uma respiração pesada e apressada, ambos vinham de seu dono que era um jovem rapaz sem mais esperança em seus olhos, ele apenas corria desesperado o mais rápido que podia e rezava para que não fosse notado por ninguém. O rapaz para subitamente, ele se ve de frente a uma casa em meio a uma rua deserta por ser uma rua industrial, ele se sente enjoado e por algum motivo aperta forte seu peito segurando sua blusa para tentar tomar o precioso ar que tanto lhe falta nos pulmões, após sua pequena dose de coragem e oxigênio ele decide entrar pela porta já aberta.

A casa era simples, havia apenas um quarto e uma sala, de resto apenas cozinha e banheiro lhe caiam um charme simplista de cidade grande, porem ela estava escura e com a TV ligada em algum tipo de programa genérico de talentos local, a escuridão era calada por uma simples lâmpada acesa no teto que balançava por nao estar mais presa como deveria, ao entrar o jovem não conseguiu admirar tal paisagem ele apenas se atirou ao chão com uma face de agonia e então removeu sua blusa para notar um grande corte em sua barriga, um corte vertical e profundo porem ele não sangrava ou cicatrizava, ele apenas permanecia aberto e começava a ficar roxo em meio claro as recentes lágrimas do rapaz que agora caiam sobre ele.

- Pelo que posso observar, está doendo bastante não é mesmo? - Essa pergunta saiu com um tom de sarcasmo seguido de uma risada infantil de uma figura que agora estava na frente do rapaz.

- Você prometeu, prometeu que ia fazer parar! - O jovem junta forças para dizer em meio a sua forte respiração.

- Obviamente vai parar meu pequeno peão - a voz suave se aproxima do menino e revela um sorriso quente e cabelos que brilhavam como chamas mesmo na fraca luz da lâmpada.

- Onde está, o que fez com minha esposa! - O rapaz rugia e sua voz era uma mistura de dor, tristesa e raiva.

- Acho que ela perdeu a cabeça por ai, talvez em um beco eu não me lembro, tenho certeza que ela vai achar um belo legista para contar a história dela - A figura agora passa gentilmente a mão no peito do homem e continua - Me diga, se você só tivesse mais esse segundo de vida, o que faria? morreria como um homem ou abandonaria tudo e viveria como um verme? creio que para você eu não darei tal escolha, afinal estou faminta.

Gritos altos são ouvidos e em seguida rapidamente abafados para que a unica coisa que se escute sejam os fracos sons de uma TV e barulhos irreconhecíveis por alguns instante, breves momentos depois, alguém sai da casa sorrindo alegremente sem fechar a porta, ela sabia que o cheiro logo denunciaria seus atos, então ela simplesmente sorriu e olhou ao seu redor toda a beleza morta de uma rua deserta em uma manha enegrecida por um céu nublado, então ela pegou um celular que estava um pouco manchado de sangue sorriu e ligou para a policia apenas fechando os olhos e imaginando todos os gritos e desesperos que ela iria saborear momentos mais tarde.

Lúcifer se encontrava novamente na casa da senhora, porem agora não a visita, veio fazer seu trabalho como detetive, mas obviamente chega ao local sorrindo e ignorando todos os policiais ao redor, apenas procurando a detetive.

- Como isso aconteceu, estavamos aqui a momentos atrás - Chloe soa um pouco triste e se pergunta por que e como aquilo ocorreu.

- Certamente detetive, suponho que não tinhamos como evitar parece uma cena trágica, tão trágico quanto a nossa parceria que está um pouco abalada no momento mas eu garanto que vai melhorar - Lucifer sorri oara detetive que apenas ignora o comentário dele.

- Ela foi morta com isso - Chloe mostra uma adaga que agora pingava a sangue porem quando este tocava o chão uma pequena mancha roxa se emaranhava no vermelho.

-Ah uma lamina e ainda por cima evenenada? Podemos culpar a maze e quem sabe tomarmos um belo café e bolo de limão? - Lúcifer sábia que Chloe não iria gostar da piada porem valia para quebrar o gelo.

- Ja tentou incriminar a Maze algumas vezes lucifer, creio que não seja certo dessa vez - Chloe responde seu comentário o deixando um pouco mais contente.

- Ora e por que não? Ela é a personificação da destruição e da tortura, creio que tudo que vemos aqui tem Maze no nome - Ele sorri confiante mas ambos são interrompidos pelo telefone de Chloe, era um redirecionamento da delegacia - Permita-me detetive, creio que vc não pode se afogar de tarefas, sugiro que descubra por que cortaram o pescoço da senhora.

- Alô? é o telefone da Detetive Decker? - uma voz calma e suave pergunta.

- Olá quem fala aqui é o brilhante parceiro da detetive e o Diabo em pessoa, Lúcifer Morningstar - O Diabo sorri escutando sua própria frase.

-Ah, oi Lúcifer , Que surpresa te ouvir por um celular, sua voz fica mais sedutora como esperado de você - A voz da uma pequena risada após notar quem atende.

- Você, o que quer com a detetive, sugiro não a envolver nos seus joguinhos ou vou te mostrar por que eu sou quem comanda o inferno - Lucifer diz isso sorrindo e em um tom baixo porém ameaçador.

- Nossa, não seja sem coração, esta parecendo até o rapaz que está aqui ao meu lado, vocês se parecem, ambos frios, mortos e sem coração - Lúcifer escuta um barulho de chute e depois passos - mas creio que ele não aguenta ser que nem você, ele esta bem manchado por sinal.

- Suponho que sua sala pessoal no inferno não lhe agrada mais, eu terei prazer em te dar uma nova, apenas pelo fato de perturbar minha paz - Lucifer sorri para chloe e se afasta um pouco fazendo uma mimica de entediado.

- Adoraria ver isso! afinal nao sobrou muita coisa lá embaixo para matar, mas isso é trivial, sugiro que rastreie esse telefone antes que a casa queime - Uma risada é ouvida seguida do estalar da madeira por causa de chamas - Bem, até mais Lúcifer.

- Quem era Lúcifer? - Chloe olha para ele e ele devolve o celular para ela.

- Felizmente detetive, nosso serial killer fez mais uma vítima e temos que correr para esse lugar para achar-la antes que ela queime junto com meu humor - Lucifer sorri se adiantando para o carro e obviamente Chloe vai atras dele.

Ambos seguem para o local destacado mas sao surpreendidos pelo corpo de bombeiros que ja estava de prontidão no local, Lúcifer então percebe que ela só estava brincando para que eles dançassem em seus dedos, ela também teria ligado para os bombeiros, ela se divertia sabendo que não ia ser achada tão facil. Chloe foi na frente e lucifer foi estacionar seu carro e notou que na fabrica ao lado alguem o olhava pela janela, ele obviamente sorriu devolta assim que viu um rosto familiar, um sorriso coberto de sangue e cabelos vermelhos a combinar com a cor morbida de seus lábios.

-Olá lazari, espero que aproveite seu show, mas se lembre apostar com o Diabo nunca é uma boa ideia - Lúcifer diz isso baixo mas acha que Lazari escutou pois ela apenas sorriu e então desapareceu na escuridão, deixando lucifer animado e preocupado de como iria ganhar esse jogo.

O rapaz foi encontrado morto de peito aberto e em sua barriga ja semi apodrecida por um veneno muito forte, Chloe quase praguejou aos céus pois era o mesmo rapaz que a senhora descreveu o desenhista e agora a única pista deles se juntaria as outras vitimas em morte. Chloe e Lucifer especionaram a casa do rapaz em busca de qualquer coisa de que pudesse ajudar, e ambos descobriram duas coisas interessantes, uma foi que ele pertencia a uma espécie de culto radicalista satânico junto de sua esposa e que ele estava planejando sequestrar alguém para sacrificar ao diabo, nesse momento Lúcifer sorriu quase indignado com esse fato seguido de que obviamente, esse Jovem frequentava a Lux quase sempre e havia em sua casa dezenas de recibos de entradas para o clube noturno, porém lucifer sabia que não eram dele e sim foram plantadas lá para o jogo ser mais divertido para Lazari, mas querendo ou não sua proxima parada seria sua própria casa e com ele de suspeito.

Lúcifer - O novo infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora