Isso é romântico?

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Quando a montanha russa começou a se mecher, o medo se mostrou mais que presente em mim, mas eu tentei o máximo para não demonstrar isso ao Ten. Porém quando a montanha russa subiu e daí começou a descer alcançando sua maior velocidade, eu não consegui mais esconder, e acabei que por gritar e agarrar o braço dele, o mesmo deu uma risada e continuou a aproveitar o brinquedo.

Depois que saímos do brinquedo, ele ficou me zuando, pois eu havia mostrado que toda aquela coragem era apenas uma mentira. Fomos em vários outros brinquedos depois disso, quando era umas 19:30 decidimos ir comer, para podermos ir ao último brinquedo e então iríamos para casa, pois já estava ficando tarde.

O último brinquedo que fomos foi a roda gigante, ela estava toda iluminada, pois já havia escurecido, era simplesmente maravilhoso, o medo que eu havia sentido em todos os outros brinquedos que envolvia altura, havia desaparecido, a roda gigante me passava uma sensação segura.

Os garotos todos correram na minha frente para entrar na cabine e acabou que, Ten e eu tivemos que ir em uma cabine separada da deles. Como já era tarde, fomos somente Ten e eu na outra cabine. A segurança que a roda gigante me passava, tinha sumido, o Ten me passava uma sensação, algo parecido com desconforto, mas não tenho certeza se é realmente isso.

Eu sento em um banco da cabine e eu estava com fé que ele iria sentar na minha frente, porém foi justamente o contrário, ele resolveu sentar bem ao meu lado e ainda passou um de seus braços por cima dos meus ombros.

O brinquedo começa a funcionar, e eu faço um comentário.

– Pensei que você iria sentar na minha frente.

T- Realmente eu gostaria de ficar para seu rostinho lindo, mas do seu lado, eu consigo fazer outras coisas mais interessantes com você além de te olhar.

– Tipo?

T- Tipo isso – ele se aproxima do meu ouvido e susurra – se eu estivesse na sua frente, eu não poderia sussurrar em seu ouvido.

Sua voz em meu ouvido, me causa um arrepio por todo o corpo, acho que ele também percebeu, pois o mesmo deu um sorriso de lado.

T- Então isso te causa arrepios?

– Não, isso me causa gripe

T- Assim, você estraga o clima.

– Que clima?

T- O clima romântico, que eu tinha estabelecido aqui.

– Isso é romântico?

T- Era, até você estragar tudo com esse sarcasmo, com uma resposta daquela, até parecia que você era...

– Não precisa terminar essa frase.

T- Então tá, mas e agora, o que eu faço pra voltar com aquele clima?

– Como eu saberia?

T- Foi você que estragou tudo.

– Então a culpa é minha?

T- Podemos dizer que sim, mas não se preocupe eu te perdôo.

Ele se aproxima do meu ouvido novamente, mas ao invés de sussurrar algo, ele dá uma mordida no lóbulo da minha orelha.

– Por quê você fez isso? – minha voz acaba saindo meio falha, e eu não consigo entender o porquê.

T- Pra causar essa sensação em você.

– Que sensação?

Ele sussurra em meu ouvido.

T- Essa sensação de prazer.

Ele morde novamente minha orelha, mas dessa vez ele vai descendo as mordidas, até meu pescoço. Porém eu o paro, não sei exatamente o que estava passando na minha cabeça, mas eu desejava beija-lo e assim eu fiz.

Eu aproximei minha boca da dele e dei início ao um beijo calmo, o mesmo retribuiu o beijo e o intensificou, paramos por falta de ar, mas não podemos continuar, pois o brinquedo já estava parando.

Depois de sairmos do parque nos despedimos normalmente, e os garotos foram pro dormitório deles e eu fui para minha casa.

Ao chegar em casa, eu tomei um banho, coloquei meu pijama e deitei na cama pensando no que havia acontecido.

Por que eu beijei ele? Por quê ele me causa essas sensações estranhas? Eu já aceitei que estou apaixonada pelo Jaehyun, mas estou começando a ficar confusa...

A Culpa É SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora