A minha lembrança mais antiga se dá quando eu tinha mais ou menos 5 ou 6 anos.
Era uma manhã qualquer, dia bonito. Estava eu brincando com bonecos, quando mamãe me veio e disse "Vamos dar uma volta! Vamos pra praça!".
O bolota aqui ficou todo animado. Mamãe me arrumou bonito, como se realmente fôssemos pra praça, mal sabia eu que seria traído.
Entramos na caminhonete branca do meu pai e fomos ao posto de saúde. Como eu sei que era? Eu lembro das paredes cor-de-barro e o cheiro de remédios.
Mamãe tinha me levado para tomar a vacina da Febre Amarela, eu ia levar agulhada!
Eu perguntei "Vai doer?", mamãe disse "Vai nada!", quanta mentira. Doeu tanto mas tanto que eu fui chorando do hospital até em casa, um trajeto de quase 30 minutos.
Essa memória acaba comigo em casa. Olhando a marca e tocando, já que a dor era pulsante.
Ah...
Eu tenho a cicatriz da vacina até hoje. Todo nortista têm, na verdade, é obrigatório na região amazônica.
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Contos do Tio Trendes
Non-FictionVou compartilhar de minhas experiências de vida com vossas mercês