For the first time

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Eles chegaram no apartamento, se beijando ferozmente, Justin firmou uma de suas pernas na cintura de Coady, o mais velho, vendo isso, o pegou no colo, levando-o para seu quarto, o loiro tirou o blusão do mais novo, revelando o corpo esguio dele, o moreno desviou o olhar com vergonha do próprio corpo.

— Hey, você é lindo — acariciou o peito dele.

— E você mais ainda — respondeu o louro, erguendo o queixo de Honard e reiniciando o beijo.

Era maravilhoso, um sabor divino. Suas bocas se encaixavam como duas peças de um quebra-cabeça, como se não pudessem ser completos sem o outro, o que provavelmente era verdade. Sentiam o desejo, mas também sentiam a necessidade.

Suas línguas travavam uma batalha luxuriosa, cheia de paixão e desejo sedento por sexo, por amor. Justin arranhava as costas de Aaron sem perceber. Aaron sentia as unhas do outro, mas não machucava, apenas lhe dava prazer. Coady firmou o rosto do outro garoto entre suas mãos, dando mais firmeza ao beijo. Podia ser o apartamento ou a excitação do momento, mas seus corpos queimavam com o calor. Justin tremia, sem firmeza alguma para se manter em pé.

Os dedos de Aaron pararam na base da camisa alheia, segurando-a. Seu olhar era firme ao mesmo tempo em que era moldável. Justin conhecia aquele olhar. O louro pedia sua permissão para continuar e Andrew a concedeu em um gesto silencioso, seu rosto enrubescendo por isso. Por que ele tinha de parar? Por que simplesmente não tinha sua roupa? Isso o pouparia da vergonha de ter que pedir para que continuasse. Apesar disso, lhe confortava o fato que que Coady se preocupasse o bastante para checar se ele estava bem diante da situação.

— Onde posso colocar isso? — Aaron perguntou olhando para a peça de roupa recém-tirada.

— Jogue em qualquer lugar — revirou os olhos. — Não vamos precisar de roupas tão cedo.

O garoto fez como ordenado e atirou o tecido para o lado, sem ver onde ele pousara. Assim que percebeu, sua roupa também já estava sendo tirada com pressa pelas mãos de Justin. Rápido como uma bala o peito de ambos estava nu.

Tão súbito quanto prazeroso, a boca de Aaron caiu sobre o pescoço de Andrew, pouco acima da clavícula. Mordidas, beijos e chupões eram deixados na pele despida. A mão gananciosa passou pelo rosto em um carinho singelo, a palma dela roçando superficialmente a bochecha corada do parceiro. Pouco depois passou para os mamilos, massageando e apertando um dos botões rosados. Um sorriso vitorioso apareceu em seus lábios com o gemido do moreno, decidindo dar mais prazer ao menino dedicando sua boca ao mamilo esquecido.

— Aa... Aaron - gemeu. — Isso é tão gostoso.

As mãos inseguras puxaram o louro para mais perto em um abraço mal encaixado. Não havia força em seus braços, apenas a vã e irracional tentativa de aumentar o contato entre os corpos. Os olhos de Andrew estavam fechados e o louro não precisava abrir os seus para saber. Podia ser a primeira vez deles, mas conhecia os hábitos e as manias do parceiro. Porém só agora sentia o sabor daquela pele, sua textura.

— Pode continuar — surpreendentemente o pedido partiu de Justin. Aaron sabia, de algum modo, que o moreno não estava se referindo a seu peito. Era à outra coisa, um pouco mais abaixo.

Os movimentos do louro cessaram. Ambos abriram os olhos e se entreolharam em uma sincronia assustadora. Fitaram-se por um longo e silencioso momento. Uma pequena luz se acendeu por trás das pupilas do outro, tão rápida que Andrew pensou ter imaginado.

— Tem certeza que quer isso? — A preocupação se fazia presente em sua voz, seu olhar calmo e meigo só confirmava a mistura desses sentimentos.

Mais uma vez o moreno era motivo de insegurança para o amigo. Virou a cabeça para o alto, soltando um suspiro de decepção no processo. Fazia carinho parte de trás cabeça de Aaron que o fitava confuso com a quebra de olhares. Ninguém se importara com ele tanto assim antes. E se acabasse fazendo besteira? Não podia se dar a esse luxo.

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