Prólogo

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Luna

Eu não escolhi nascer princesa, é um cargo muito difícil. As pessoas exigem muito de mim e esperam que tudo que eu faça seja extremamente executado com certa perfeição.

As pessoas querem tudo de mim e eu lhes dou, afinal eu nasci para isso. Sou a quarta na linha de sucessão e mesmo assim todos querem que eu seja a melhor. Sou a princesa de um país onde existem regras a serem seguidas, como todos os outros, eu ando com uma coroa em cima de minha cabeça, por isso, praticamente sou a própria lei.

Sorrisos para um povo que deseja ver, e é isso, tudo que eles querem ver nós damos. O povo de Blumen são ótimos súditos, eles respeitam as regras e fazem de tudo para que a comunidade fique unida.

Eu, princesa de Blumen, me chamo Luna Lehmann e tenho dezessete anos, estou sendo negociada e isso custará minha "liberdade", ou podemos chamar também de vida de solteira.

Bleman é um dos países que mais tem riquezas e guerreiros dispostos a dar o próprio sangue para nos manter a salvos.

Meu pai, o Rei Peter Lehmann, que nunca está satisfeito com o que tem e vive buscando mais e mais posses me colocou no meio de uma negociação com o país vizinho, Latet. Meu pai, quer ter seu nome em mais territórios e o Rei Julian Mulevuer III, de uma noiva com 'sangue azul' para seu filho, o Príncipe Lucas Mulevuer.

Isso tudo aconteceu sem meu consentimento, ninguém ao menos me comunicou antes que isso acontecesse.

Todos me dizem, desde muito pequena "Você não pertence a si, você mesmo sendo da realeza nasceu para servir e tomar decisões pensando em todos." e foi isso que meu pai não fez, ele pensou só em si e em sua ganância por mais e mais, não pensou em todos os envolvidos, só pensou no tanto de riquezas que conseguiria. Ele é o tipo de exemplo de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

Meu aniversário de dezoito anos se aproxima, e o que todos jovens que estão prestes a chegar nessa idade pensam? Liberdade. Mas como disse, isso pra mim foi tirado no momento em que eu vim ao mundo, logo atrás de Leonardo, meu amado gêmeo.

Minha mãe, ainda não falei dela, a Rainha Esther. Ela é o oposto do meu pai, ela é correta em todas as ações, cumpre os deveres de rainha e honra aquilo que prometeu minutos antes de receber o peso da coroa no topo de sua cabeça. Dizem que ela é a Rainha mais bela que já governou o país, e também dizem que eu me pareço com ela, aceito isso como um elogio. Espero mesmo ser como ela é não ter semelhança alguma com meu pai.

Meu pai, como já disse, pensa só em si. Ele não governa como foi lhe ensinado e não respeita as opiniões dos outros, ele abusa do poder que tem. E aqui estamos nós, toda a família reunida na sala de reuniões para discutir sobre o meu futuro.

-Papai! Eu não quero isso, já lhe disse milhares de vezes. Não quero me casar com um noivo arranjado e sim por amor! - eu já estava irritada, não aguentava mais lutar pela minha liberdade, ou pelo menos um pouco dela.

-E eu já lhe disse várias vezes que você não tem opção de escolha! Você irá casar com o Príncipe Lucas e não há escapatória! O acordo já está feito! -meu pai me olha irritado.

-Eu ainda não acredito que o senhor foi capaz de fazer isso com a Luna, papai. Eu não sabia que era tão cruel a esse ponto. Subornar algumas pessoas é uma coisa, não estou dizendo que é certo e nem aceitável, mas usar sua filha como moeda de troca é algo inaceitável! -meu gêmeo, o meu eu masculino, tenta me defender, mas infelizmente falha, como das outras vezes.

Minha mãe também está presente na sala, mas não dirigiu a palavra a ninguém. Ela apenas observa o tumulto ao seu redor.

Apesar de não dizer nada, sei que também acha que meu pai passou dos limites.

Respiro fundo, tentando parecer calma. Esse é o meu melhor dom, transmitir aquilo que não sinto.

Todos na sala me encaram enquanto eu sorrio de um modo feliz demais para a ocasião. Meu irmão gêmeo me olha incrédulo ao ver meu olhar frio e desafiador, já Scott me olha com medo, ela sabe do que sou capaz.

Jogo meus longos cabelos para trás, que até então estavam sobre meu ombro direito, isso me da um ar de superioridade, um ar mais adulta, coisa que eu quase era.

Um sorriso desafiador brota nos lábios do meu pai. Eu tinha um plano e ele sabia disso.

- O senhor pode até me prometer em casamento, mas basta saber se o noivo vai querer! -a sua postura vacila um pouco. Meu irmão sorri discretamente.

Os olhos do meu pai ficam estreitos e me encaram, ele já havia concertado sua postura. Ele caminha em minha direção, ficando poucos centímetros de distância de mim. Ele sabia que eu podia ser insuportável ao ponto de meu "noivo" não me querer, ele não duvidava da minha capacidade de ser irritante. O próprio já viu esse meu lado, após dar um de seus longos e chatos discursos antes mesmo do café da manhã. Se com apenas seis anos eu já era incrívelmente irritante, imagina com mais doze anos de prática.

- Pois bem, veremos quem consegue ser o pior! -apesar de não parecer senti medo por um instante, eu sabia o que ele era capaz de fazer, como eu sabia.

  
Oii!!

O livro foi retirado e esse prólogo já é parte da reescrita!!! 

E aí, notaram alguma diferença!? 

Notaram em como está mais longo que  o antigo? É isso que espera por vocês, capítulos mais longos e cheios de detalhes!!!

Em breve os capítulos voltarão.

Beijos e até o próximo capítulo!!!

Amor Proibido - [ Repostando ]Onde histórias criam vida. Descubra agora