Parte 1 - Eu sou dele

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Gabrielle

Chegamos a um ponto que Matt queria experimentar algo diferente. Eu imaginei que como todo homem fantasia, ele pediria para ter uma mulher com a gente. Mesmo depois de ter experimentado algumas situações fora do convencional, eu dificilmente imaginaria que ele me quisesse ter um dos irmãos com a gente.

Por ser reservado, poderiam achar que era careta na cama e posso dizer por experiência própria que não era nem um pouco verdade. Ele era insaciável e trazia ideias que me surpreendiam algumas vezes. Quando bebia, ficava mais ousado e aquilo me agradava.

Certo dia, ele confessou que queria me ver com outro homem, ninguém menos que Liam Hanson e demorei alguns dias para me acostumar com a ideia, mas não vou dizer que não gostei. Por várias vezes, já tinha observado e imaginado situações com ele, mas só com ele. Como uma fantasia que nunca iria se realizar.

O que Matt me pedia, não poderia se chamar traição, já que era algo que todos concordavam. Então, sim, eu topei!

Seria só mais um sábado comum se Liam não tivesse vindo à casa do irmão com bebidas para passar a noite. Ele havia concordado. Eu precisaria ainda de alguns shots para relaxar e me soltar.

Usei um vestido preto que desenhava as curvas do meu corpo e por baixo uma lingerie preta de tule toda transparente cobrindo o mínimo necessário para provocar os dois. Matt adorava que me vestisse para ele, mesmo que o objetivo fosse arrancar tudo de uma vez.

Estávamos na varanda do apartamento fazendo um aquecimento de provocação para mais tarde quando a campainha tocou.

— É ele. — disse Matt.

— Deixa que eu abro a porta.  — antecipei.

Chequei minha roupa até chegar perto da porta e senti que já perdia a precisão nos passos depois de algumas doses de vodca. Eu seria dos dois e não queria ficar nem um pouco inibida. Só queria satisfazer as vontades do meu amor e já que aquilo era também meio que uma fantasia secreta, eu estaria me realizando também. Um perfume marcante e os cabelos soltos iam ajudar a seduzi-lo.

Ao abrir a porta, me deparei com seus olhos ágeis olhando minha roupa. Liam fez o que nunca havia feito antes: me beijou no rosto. Seus lábios encostaram na minha bochecha com o toque de um beijo na boca. Suave e quente. Ele aproveitou o caminho até a varanda para falar no meu ouvido:

— Estou animado pra isso! — Com a boca no lóbulo da minha orelha, espalhou um arrepio pelo corpo todo.

Matt o cumprimentou como se fosse uma ocasião normal e já apertou a mão do irmão entregando uma bebida com a outra. Ele queria ação e não estava pra brincadeira. Embora tivéssemos trocado olhares pensando em quem tomaria iniciativa, ainda levamos um certo tempo conversando, com efeitos do álcool tirando nossa inibição.

Enquanto Matt falava, eu olhava para ele hipnotizada pelos lábios se movendo, as veias saltadas no pescoço e o sorriso entre as palavras. Era encantador! Liam prestava atenção nele, me olhando enquanto nós três dividíamos o sofá. Sem precisar verbalizar, Matt pareceu desconcentrar do que falava para olhar para o irmão e para mim e acabou tomando a iniciativa.

Ele pressionou os lábios nos meus, partindo-os em seguida com a língua para me beijar mais intensamente. Sua mão, que estava entre meus cabelos ia descendo até meu vestido, parando no meu seio. Só o pensamento de ter alguém assistindo isso, me deixava excitada.

— Você pode tocá-la, Liam. — ele sugeriu.

— Uh... tudo bem. — ele respondeu com ar atordoado, enquanto eu notava sinal de que mexemos com ele naquele beijo.

Olhei para Liam e ele colocou a mão na minha coxa, subindo por dentro do meu vestido. No momento que eu o assistia fazendo isso sem pressa e com os olhos fixos nos meus, Matt pôs a mão no meu rosto com urgência e virou para me beijar. Arfei de desejo pelos dois me tocando e beijando e me acomodei no sofá pra Liam continuar com suas carícias.

— Oh, melhor assim. — Ele disse, se preparando pra prender os dedos na lateral da lingerie e empurrá-la pra baixo. Ele poderia rasgar se quisesse.

Antes que a tirasse completamente, Liam levou os dois dedos à boca e com eles começou a me tocar. A esse ponto, Matt estava desatando o laço do decote zig zag do vestido, deixando meu seio à mostra. Ele o tomou com a mão e revezou entre beijos e mordidas que me provocavam arrepios. Liam me tocava com mais dedicação e assistia o que o irmão fazia ao mesmo tempo. Deslizei minha mão pelo colo do Matt até encontrar seu sexo visivelmente pronto para mim.

Logo quis beijá-lo e sentir aquele volume preenchendo minha boca com sua pele macia e quente, pulsando de vontade. Ele jogou a cabeça para trás num gemido enquanto eu me posicionava para senti-lo na minha boca até sufocar. Liam aguardou que eu ficasse numa posição confortável para que ele também pudesse se satisfazer.

Ele me tomava devagar, no paço que eu subia e descia a cabeça, com os cabelos entrelaçados nos dedos de Matt. Ele tinha o controle de tudo, seguíamos o ritmo que ele ditava.

Enquanto eu me mantinha ocupada, ele falava:

— Você gosta disso... de ser dominada por dois homens?

— Desde que um deles seja você. — respondi.

Ele dividia atenção entre arrumar meu cabelo e nos movimentos de Liam me possuindo com os dedos cravados no meu quadril. Parecia se deleitar com a cena. Liam tinha os cabelos já colados no suor do rosto. Todas aquelas Liam faces mostravam para o irmão que ele estava cheio de tesão também.

— Você está pronta pra mim? — Matt me perguntou.

— Sempre.

— Vamos tentar algo diferente? — disse.

Topei e ele me conduziu para sentar no seu colo. Dei conta de me encaixar no corpo dele e deslizar no seu sexo firme para cima e pra baixo, até me acomodar 100% no seu comprimento. Eu já sentia o orgasmo se aproximar só pelo toque dele a cada movimento. Seus lábios tinham uma cor intensa de excitação e o pescoço estava livre para que eu desse lambidas e mordidas. Enquanto Liam nos assistia e se estimulava na preparação para me penetrar ao mesmo tempo que Matt.

Ele usou lubrificante para ter certeza que as coisas fluiriam bem e seria gostoso para todo mundo. A sensação de ter os dois me possuindo me partia ao meio. Será que podíamos fazer disso uma prática diária? Mais uma vez, Matt não deixava de ditar o ritmo.

Já sentia ondas de prazer, mas os dois não cessavam e trocavam sorrisos entre eles. Até que ficassem satisfeitos, tive vários momentos de deleite.

O que o mestre mandarOnde histórias criam vida. Descubra agora