Meus olhos se fecham, enquanto tento controlar minha respiração, os sentimentos acumulados estão comprimindo meu peito, como uma prisão que me prende dentro de mim mesma. Eu tento chorar para colocar um pouco da dor pra fora, mas simplesmente não consigo, em vez de diminuir, a dor começa a aumentar me fazendo sentir pequena e frágil, como um cubo de gelo prestes a derreter no sol.
Quando as lágrimas finalmente se libertam, eu quase não posso mais me aguentar, os monstros que se escondem dentro de mim estão finalmente querendo se libertar, mas eu não posso deixá-los sair de dentro de mim, além das lágrimas que caem pelo meu rosto, o sangue escorre pelos meus pulsos como um rio de decepções pelo qual eu nadei.
Isso machuca tanto, mas eu não posso falar, eu queria poder gritar, para tirar um pouco da dor que habita em meu corpo, as feridas já se fecharam, mas meu coração continua despedaçado e ninguém pode me ajudar a juntar os meus pedaços que se espalham por toda a minha história.
A dor é real, mas o mundo ao meu redor parece ser apenas a prisão ao qual eu fui submetida, nada parece ser de verdade, são pessoas de mentira, com vidas de mentira e sentimentos de mentira, fingindo que se importam e fingindo que tudo está perfeito, como se não houvesse nada de errado.