Capítulo 9 - Desejos, Paixões e Despedidas

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Não estava preparado para ver o Rodrigo com outra pessoa, eu sabia que não tínhamos nada, e não sabia se ele era gay ou não, mas sei lá, me sinto bem, ele mexe comigo, eu o vejo de outra forma, mas acho que ele não me via da forma que eu o via.

Eu me apeguei a uma pessoa que eu não o deveria, ela me fez sofrer sem mesmo saber que eu gosto dela.

O telefone toca. Eu não estava com animo nenhum para sair do quarto, quem dirá me levantar para atender um mísero telefone que toca sem parar, deixei que a ligação caia na caixa de mensagem.

- BIP... Josh... Desculpa por te fazer passar por aquilo. Eu realmente não sei o que falar (som de suspiro e respiração forte). Assim que ouvir essa mensagem, estarei te esperando... Caso queira me ver... Você é muito importante pra mim... Bom, tenho que ir... Até.

Eu saberia que correr atrás do Rodrigo era o que ele queria, por mais que eu queira sair correndo, beijar ele, abraçar e sentir ele, eu não posso, não quero sofrer, mais que já estou.

Resolvo ligar para Fernanda, e contar o que houve. Acho que ela vai saber o que falar sobre isso, porque realmente eu estou confuso.

- Fernanda?

- Oi Josh, aconteceu algo?

- Não... (suspiro), na verdade aconteceu sim, você tem um tempinho?

- Claro. Me encontre no Power Juice em meia hora.

- Ok.

Desligo o telefone, e me levanto, ainda meio para baixo.

(MEIA HORA DEPOIS)

Me encontro com a Fernanda, decidimos pegar um suco e fritas para poder conversar. A conversa vai demorar, eu sinto.

Depois de um longa e cansativa conversa com a Fernanda, eu vi que o que eu estava fazendo era me apaixonar por uma pessoa que eu sabia que não podia. Ela namora, tem sua vida, e nada gira em torno de mim, ou em torno dela.

- Josh, é difícil se desapegar de uma pessoa que você gosta muito, mas as vezes é melhor prevenir do que remediar, eu estou aqui para o que precisar

- Obrigado Fernanda - falo me levantando e indo em direção a ela de braços abertos.

(2 HORAS DEPOIS)

Estava sentado em um banco do parque, para ser mais exato, o banco que eu havia me frustrado, e que meu coração havia se dilacerado por inteiro
Aquilo ainda era muito forte para mim, muito novo, muito intenso, muito vivo. Não sabia se o melhor a se fazer era esperar o tempo curar, ou fazer com que eu esqueça do Rodrigo, por mais que pareça difícil, eu tentaria fazer um esforço para mim mesmo.
Precisava pensar em mim, nos meus sentimentos, nas minhas emoções, nos meus comportamentos, em minhas ações, precisava de um tempo para mim.

Estava prestes a me levantar e ir embora, quando eu escuro alguém falando meu nome.

- Josh

Eu paro, respiro, limpo as lágrimas e me viro

- Josh, precisamos conversar

- Rodrigo, não é uma boa hora.

- Eu só quero te falar, que amanhã eu vou para a Espanha, vou me mudar para lá. E.. Eu quero que saiba que eu te amo, e que eu não fiz aquilo para te machucar ou provocar. - disse Rodrigo com a voz trêmula e fraca.

Olhei para ele, estava tentando segurar o choro, que foi inevitável.
Fui em direção a ele, o abracei e chorei

- Josh, eu vou, mas um dia eu volto, e volto para te ver, e espero que até lá possa me perdoar. - disse Rodrigo sussurrando em meu ouvido.

- Eu te amo Rodrigo

- Eu também te amo Josh.

Não sabia o que fazer, então na minha cabeça eu estava apavorado e com medo, medo de perder ele, medo de nunca mais nos vermos. Foi quando nos beijamos.

Sua boca era quente, macia, suave, sua mão transcorria meu corpo, como um trem em um trilho, sua mão era quente, forte, me acariciava, me acolhia, eu o sentia, e ele me sentia.
Era uma troca de calores que ninguém poderia explicar. Foi ali, no banco de um parque, ao anoitecer, que eu e o Rodrigo quebramos aqueles laços de amizade que tínhamos, queríamos experimentar mais que uma inocente amizade, queríamos nos sentir, nos tocar, e provar qual é a intensidade que nossos corpos de encostavam.

O sangue que corria em nossas veias, transportava uma certa dose pecaminosa de adrenalina, nossos instintos estavam se fazendo ativos, nossas mãos pegavam nos lugares mais íntimos e calorosos de nossos corpos, nossos corações transportavam o fogo, a tentação e o sabor de quero mais, e o gosto de saudade.

Ficamos ali, um bom tempo, até que ele tomou a iniciativa de pararmos.

Rodrigo colocou suas mãos em meu rosto, ergueu minha cabeça e sussurrou

- Josh eu te quero na mesma intensidade que a nossa adrenalina corre em nossas veias, mas isso é errado. Tenho que ir.

Rodrigo me deu um beijo e adentrou aquela sombra escura das árvores do parque, e em um piscar de olhos, ele já havia sumido, assim como um vulto

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⏰ Última atualização: Jun 01, 2018 ⏰

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