Desaparecer: ato ou efeito de um indivíduo sumir de seu domicílio, sem dar notícias de seu paradeiro; Deixar de ser visto.
Athena Rourke e Serena Meade tem duas coisas em comum: As duas perderam a mãe e ambas são seres sobrenaturais.
Sem paciência p...
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A T H E N A:
Arrumei novamente a manga da jaqueta vermelha, conferindo outra vez a lista de coisas que eu coloquei na mala e suspirando pesadamente ao lembrar do que eu estava prestes a fazer.
Tudo começou com uma briga há um mês atrás, entre meu pai e eu. O motivo da discussão ter começado, foi simplesmente o fato de eu estar ouvindo música alta no meu quarto.
Então, no meio da gritaria e troca de ofensas eu acabei citando o nome da minha mãe e como ela teria me deixado em paz se ela ainda estivesse viva. Claro que eu me arrependi no exato momento em que as palavras saíram da minha boca, mas parece que meu pai não sentiu o mesmo depois de me ameaçar com wolfsbane e dizer que a culpa de tudo aquilo era minha.
Eu chorei a noite toda. Não porque eu havia brigado com meu pai, afinal isso era uma coisa rotineira, mas sim pelo fato de suas palavras terem um fundo de verdade. A culpa da minha mãe estar morta é toda minha, por ser uma inútil e não ter conseguido ajudar.
Depois desse dia viver naquele apartamento na companhia do meu pai, que criticava tudo o que eu fazia, estava ficando insuportável, por isso um dia eu resolvi pesquisar um pouco e descobri a solução perfeita para o meu problema. A emancipação.
No dia seguinte eu já havia conversado com o meu pai e em menos de uma semana os papéis já tinham sido providenciados. Depois de uma audiência em que tudo foi esclarecido e os papéis assinados, finalmente eu estava livre. Agora só faltava uma coisa, escolher meu destino.
Após outra noite em claro, de pesquisas e mais pesquisas finalmente achei o lugar perfeito para morar. Uma pequena cidade de interior chamada Beacon Hills. Beacon era tudo o que eu precisava no momento, tranquila e com poucos acontecimentos, o que com certeza me garantiria paz.
E toda essa história leva a esse exato momento, em que eu, em um tique nervoso, dobrei a manga da jaqueta pela milésima vez.
—Você já está pronta? — meu pai perguntou apoiado no batente da porta do quarto.
Confirmei com a cabeça e arrumei novamente o cabelo saindo da frente do espelho e encarando meu pai nos olhos, mas desviando logo em seguida, não conseguindo sustentar seu olhar.
Puxei as malas para a porta e olhei para o meu quarto, antes cenário de várias festas do pijama e outros momentos especiais, agora vazio e sem vida, assim como eu nesse momento. Virei-me novamente para meu pai, que ainda me encarava.
— Então é isso... — eu disse não conseguindo elaborar nada melhor para falar.
