Prólogo

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Nós causamos nossa própria ruína. O mundo estava acabando e não podíamos fazer mais nada. Tudo que existia era destruição
O cenário que existia era terrivelmente assustador. Havia corpos desmembrados espalhados pelo chão, que já estavam no seu estágio final de putrefação; o cheiro que entrava pelas minhas narinas eram nauseabundo e me deixou um pouca tonta.
     
     Parei um instante para observar melhor aquela cena, havia pequenos animais caminhando entre os corpos; vermes enormes entravam nas órbitas vazias e saiam pela boca daqueles rostos apodrecidos, ratos enormes comiam o resto de carne morta e o que eu via era destruição, e mais destruição.
      
       Até o céu que era algo que eu admirava muito estava aterrorizante, é claro que o que estava acontecendo nele era um espetáculo,mas não deixava de ser aterrorizante. Riscos luminosos cortavam o céu laranja,parecendo que as estrelas estavam caindo, o Sol era um gigante vermelho, prestes a consumir a Terra por inteiro. Medo, foi isso que eu senti, medo.
     
      Havia fogo e fumaça por toda parte, de longe eu ouvia gritos, gemidos, explosões. Aquilo era o inferno na terra. E isso tudo acontecia, por uma maldita busca por poder, por superpotências que não se contentavam com pouco, e queriam mostrar sua superioridade.
     
      E tudo que tinha no mundo estava desaparecendo em massa: Primeiro foi a nossa atmosfera; depois todos os seres  autótrofos entraram em extinção; dos animais restaram aqueles mais repugnantes, ratos, baratas e vermes.
      
      Vivíamos com máscaras de oxigênio ligadas a um tubo que carregávamos  nas costas, e levavamos para onde fôssemos. Pois o oxigênio estava diminuindo cada vez mais, e respirar sem o auxilio de máscaras era praticamente impossível.
     
       Eu era a única pessoa viva naquele local, e estava completamente aterrorizada, desesperada para sair dali, mas minhas pernas estavam paralisadas, não permitindo a minha saída.
    
       Algo chamou minha atenção, ruídos, parecidos com vozes vinham em minha direção.  Foi aí que algo inesperado aconteceu, uma voz conhecida me chamou.

- Glória?
 
      Eu tentei me virar, para ver quem era o dono da voz, ou mesmo responder,  mas não conseguia.

- Glória?! Você está me ouvindo?

     Eu comecei a ficar tonta, minhas vistas escureceram  e eu sentia meu corpo leve, leve, e aquela voz continuava me chamando, só que cada vez mais longe.

- Glória! Acorda por favor!

    Tudo estava tão estranho...

  O que estava acontecendo comigo?
De repente algo molhado cai em meu rosto, parece ser água, ÁGUA?!!
    
E tudo ali em volta sumiu, restando apenas escuridão e mais escuridão...

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Antes Que As Estrelas CaiamOnde histórias criam vida. Descubra agora