the thirty-first.

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❝ Era o mesmo banheiro do dia que você me pegou chorando.

Você até ficou me olhando por um tempo, esperando que eu desatasse a chorar do nada. Porém, eu não chorei.

Você suspirou, indo até uma das cabines, e ficou ali por alguns minutos. E eu, ao invés de ir embora, permaneci ali, parado, em frente ao espelho do banheiro.

Minha mão tremia. Pela sua aproximidade, e pela lembrança da sua voz, me alertando sobre a torneira aberta.

Quando você saiu, foi até a torneira ao meu lado, e eu te dei espaço. Sua proximidade me fez esquecer completamente da nossa rivalidade, me deixando sozinho naquela tensão que nos envolvia.

Então, procurando aliviar, deixei escapar:

— Essa festa está uma droga, não acha?

Você me olhou, mas não vi em seus olhos aquele sentimento do dia da queda.

— Também acho. – Você respondeu.

Não demorou alguns minutos, para que nossos hormônios adolescentes e o clima acabasse nos tomando o controle, e quando dei por mim, estávamos nos beijando ali mesmo. Eu, encostado na parede, e você, me imprensando cada vez mais e me envolvendo em seus lábios doces e quentes com sabor de ponche. ❞

the neighbourhood ☆ astroOnde histórias criam vida. Descubra agora