Minha cabeça doía muito. Meu corpo todo estava dolorido.
Abri os olhos lentamente, me acostumando com a claridade do local. Meus braços e pernas estavam presos em uma cama de ferro e, ao meu lado, tinha uma mesa cheia de objetos cortantes.
— Finalmente acordou, que maravilha! - ouvi a voz daquele cara, revirei os olhos. - Não revire os olhos para mim garota! - ele segurou meu queixo com brutalidade.
Ele estava sem aquela máscara e sem os óculos, oque me permitiu ver seu rosto por inteiro. De verdade, na sinceridade... Ele era lindo. Até mesmo seu nariz era perfeito.
O garoto soltou meu queixo e ergueu seu corpo.
— Qual é o seu nome? - perguntei, ou melhor, tive a idiotice de perguntar.
— Faz diferença? Isso não é da sua conta.
O jeito que ele me respondeu me deixou irritada, nunca gostei que me tratassem com ignorância.
— E faz diferença eu não saber? Afinal, você me sequestrou e irá me matar, faz diferença? - retruquei com sarcasmo.
Ele suspirou pesadamente tentando segurar sua raiva, me encarou por alguns segundos e por fim respondeu:
— Toby. Meu nome é Toby.
Assenti lentamente, observando seu rosto. Céus, ele era maravilhoso.
— Chega de enrolação, vamos direto ao ponto. - falou pegando uma faca na mesa ao lado da cama.
— Espere! - disse apressadamente.
— Oque foi?
Um pensamento insano se passou pela minha mente, talvez se eu falasse da minha vida ele iria se cansar de ficar me ouvindo e me matar logo, ou me deixar apodrecendo. Era melhor que ficar horas sendo torturada.
— Eu estou sendo formada em psicologia...
— E quem disse que isso é problema meu? - me interrompeu com um sorriso no rosto.
Nossa, como ele é irritante!
— Eu posso te ajudar. - eu estava me referindo ao lado psicótico dele.
Ele ficou calado e fez algo que eu não esperava. Subiu em cima de mim na cama e colou nossas testas. Minha respiração ficou descompassada e meu coração pareceu parar por breves segundos.
Seus olhos encararam os meus e desceram para minha boca, fitando-a por breves segundos. Meu corpo estava em choque.
— Com oque exatamente poderia me ajudar? - perguntou deixando seus lábios roçarem nos meus.
— Com o seu problema mental. - assim que terminei de falar, senti algo perfurando minha coxa esquerda.
Gritei pela dor e ele sorriu, mas seu sorriso desapareceu.
— Acha mesmo que tenho problema mental? Eu não tenho problemas mentais. E mesmo se tivesse, não precisaria de você.
Tudo bem, aquilo doeu, mas não tanto quanto a faca que começou a girar na carne da minha coxa.
Tentei segurar os gritos, mas sem poder me defender o meu pânico estava aumentando. O sorriso voltou ao seu rosto.
Toby deixou um beijo em meu pescoço, acho que ele estava tentando me tranquilizar. Seus lábios macios ficaram encostados na minha pele, como se tivesse distribuindo um beijo. Mas esse pequeno prazer de sentir seus lábios desapareceu quando ele mordeu meu pescoço com certa força. Senti seus dentes adentrarem a minha pele e meu sangue escorrer.
Lágrimas já escorriam pelo meu rosto, enquanto ele passava sua língua em cima da mordida, limpando o sangue do local.
— Acostume-se com isso, você não vai sair daqui. - ele falou próximo ao meu ouvido.
O vi pegando um alicate na mesa, os tremores no meu corpo aumentaram.
— Vamos começar a diversão! - exclamou sorrindo.
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Psicóloga {Ticci Toby}
RandomOque todos consideram uma lenda, ela considera como seu sequestrador. Alguns precisam de terapia, outros precisam apenas de atenção. Ele precisa de atenção. Ela precisa de ajuda. Cabeças irão rolar. Plágio é Crime.