[5] Várias formas de morrer//BEN

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Foi um pouco constrangedor o momento em que os nossos sorrisos se cruzaram, mas muito bom.
Olhei para a Lexi e vi que as suas bochechas estavam a ficar cada vez mais rosadas, apesar de ter desviado a cara para eu não perceber, e, por incrível que pareça, também as minhas, o que não conseguia mesmo controlar.
Decidi quebrar o silêncio com uma simples pergunta (e não, não era o típico "gostas de pão?"):

-Como tens estado? Já não temos falado muito.

-Eu vou bem, obrigada por perguntares. Vamos dar uma volta?- Enquanto perguntava a mesma levantava-se do chão e estendia a sua mão direita na minha direção.

-Ahm sim pode ser!- respondi enquanto pegava na sua mão que me ajudava a levantar.

Ambos começámos a andar à beira mar e mais uma vez o silêncio instalou-se. Mas desta vez não era um silêncio constrangedor, era um silêncio bom, um silêncio seguro, que era preenchido pelo som das ondas e pelas gargalhadas das pessoas à nossa volta.

-Sabes, embora não pareça tenho saudades dos nossos momentos, de quando éramos crianças e escondíamo-nos da tua mãe, de quando fazíamos de tudo para chatear o meu irmão....tenho saudades de tudo mesmo e sim eu sei que nunca chegámos a falar a sério no que aconteceu e muito menos tentar resolver os problemas... -acho que estas foram as palavras mais sérias que alguma vez ouvi vindas da Lexi.

-Sim, eu também tenho saudades. E tens razão acho que nunca tivemos a oportunidade de resolver tudo.- interrompi-lhe e enquanto falava colocava o meu braço em volta do seu pescoço apertando-o como forma de carinho e consequentemente, fazendo com que o corpo da mesma tocasse no meu. -Tudo fixe entre nós então?

-Tudo fixe. -ela respondeu colocando os braços à volta do meu tronco. -Ao que parece não sou a única a não gostar da Eva....-dizia Lexi enquanto soltava uma gargalhada e tentando mudar de assunto.

-É verdade. Eu não sei, parece que tudo nela soa a falsidade- respondi-lhe e dando outra gargalhada, tirei o braço do seu pescoço o que a fez também parar de me abraçar e tornou o clima mais descontraído e divertido.

-SIM, É EXATAMENTE ISSO! Até tenho o contacto dela como "my life as puta", não me julgues. E está sempre a atirar-se ao meu irmão. Ewww, imagina-a minha cunhada.- acrescentou, fazendo mímica de vómito.

-Ahahaha amei. O teu irmão não lhe dá bola descansa. -ri-me.

-A sério?! É que não parece nada. -falou.

-Sim, pode parecer que ele se interessa por ela mas no final do dia põe-na sempre na friendzone. Acho que faz isso para se divertir um pouco. -afirmei.

-Como podes ter tanta certeza disso? -perguntou, enquanto me empurrava para a água.

-Porque sou melhor amigo dele. Assim como também tenho a certeza que não me vais conseguir derrubar para a água, fraca. -respondi à sua provocação e peguei-a, metendo-a no meu ombro e levando-a para o mar.

 -respondi à sua provocação e peguei-a, metendo-a no meu ombro e levando-a para o mar

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-Benjamim!!! Larga-me!! Põe-me chão! -implorou e deu-me vários socos nas costas. Afinal não é tão fraca assim!

-Às suas ordens, alteza. -respondi e, avançando para um sítio mais fundo larguei-a.

Percebi que ia começar a bater-me, mas a força da gravidade foi mais forte que ela e ela mergulhou. Tinha ficado sem pé. Então, logo quando me apercebi disso peguei-a ao colo, meio que como uma princesa. Mas imediatamente ela começou a bater-me e a xingar-me.

-Que estúpido! Qual foi a tua ideia? Se me queres matar há muitas outras formas! Menos dolorosas e que não envolvam o mar! -ela gritava enquanto me batia que nem louca, mas ao mesmo tempo não conseguia evitar rir-se.

-Não reparei que tinha chegado tão longe. Não tenho culpa que sejas do tamanho de uma noz! -gozei, recebendo de imediato outro soco no peito.

Por código // Ben Azelart & Lexi RiveraOnde histórias criam vida. Descubra agora