Capitulo 1: A doença

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oi gente, porque demorei para postar histórias? Porque eu estava escrevendo uma nova história para vocês. Essa será uma história muito especial que espero que façam vocês refletirem sobre um assunto muito sério, e que é mal discutido na sociedade. Eu ando com dificuldades para postar capítulos, mas  estou dando o meu melhor para postar sempre que dá. Então é isso, beijos e boa leitura!

( acorda assustado levantando a cabeça bruscamente com barulho do despertador. Tem quase uma semana que estou usando essa música para acordar de manhã e isso a torna o grito para realidade, me fazendo diário seu ritmo, suas frases. Em crível como uma de suas músicas favoritas se torna suportável só por lhe fazer acordar de manhã.)

- Mirela estamos atrasadas!!!!

(Minha irmã Lúcia grita do andar de baixo. Seu grito fino me faz lembrar de que tenho médico. Em minha vida consigo odiar apenas duas coisas uma delas é ir hospitais, eles são sombrios, cinzas, as pessoas lutam por suas vidas lá dentro e pra mim a sensação de estar em um lugar assim é horrorosa.)

-Mirela desça para tomar café!!!

(Sei que se eu não obedecer uma discussão irá começar então abro meu guarda-roupa e pego a primeira coisa Arrumadinha que vejo na minha frente.)

- já estou indo! Não precisa gritar tanto, vai acordar os vizinhos!

- para de ser dramática! Por que demorou tanto?

(ela diz isso me entregando algumas torradas que será o meu café da manhã)

-tinha me esquecido que hoje iríamos para o inferno!!!

- não fale isso! Muitas pessoas inclusive crianças vivem nos hospitais.! Termine de comer, eu vou buscar as chaves!

- Claro

(desse enfiando a torrada goela abaixo sem mastigar. Quando conseguir engolir o bolo de pão que se formou em minha boca corro em direção ao banheiro. Ao chegar escovo os meus dentes e cuspo em seguida o resto da pasta na torneira, ao terminar me olha no espelho, continuo com os meus cabelos castanhos claro bagunçado e meu rosto amassado por causa travesseiro, minha face também está como de costume com as bochechas coradas.)

- Já estou no carro!!!

(A voz de Lúcia me faz sair do encantamento do espelho.)

-precisamos mesmo ir? ( perguntei trancando a casa)

- claro, tem uns nove meses que você está sentindo dores de cabeça intensa, náuseas estava me tando muito. Acho que isso não é normal?

- Eu sei mas...

( Olho para ela tentando pensar em alguma desculpa, mas você está certa, eu tenho tido muitos enjoos e dores de cabeça horrorosas de uma hora para outra)

- os médicos não podem fazer nada para me ajudar!!!

- Claro que podem, eles são médicos!!!

( A viagem até o hospital é tranquila, minha irmã permanece em silêncio apenas me encarando de vez em quando, mas não ligo estou apreciando a paisagem de nossa pequena cidade "São Francisco" nos EUA Escutando uma boa música. Desde que meus pais se separaram eu vivo com a minha irmã, meu pai Kleber mora na California com outra mulher e minha mãe Elisa já tentou se matar duas vezes e agora está internada em hospital psiquiátrico acho que é por isso que tenho medo de hospitais. Mas quando eu completar 18 anos nada mais importará, irei para universidade e serei livre poderei viver minha vida sem ninguém mandar em mim, e para isso só falta dois anos.)

- Chegamos!

- Precisamos entrar? ( indaguei tentando novamente convencê-la a desistir da consulta)

- Mira, O médico irá apenas analisar o seus exames, lembra a sua tomografia

(Sorri ao ouvir ela me chamar pelo meu apelido estranho, porém fofo.)

- Tudo bem...

(entramos naquele lugar tenebroso que todos chamam de hospital e ficamos sentadas esperando secretária nos chamar. A minha irmã toda hora chamava minha atenção por causa da postura, mas eu não ligava, adoro ser largada, é o meu jeito de ser e isso ninguém pode mudar.)

- senhorita Mirela Montenegro Ferraz... sala 5.

(Olhei para minha irmã e nós duas fomos juntas para sala indicada, chegando lá um homem nos recebeu com um sorriso largo.)

- Sou o doutor Lombardi neurologista. Sentem-se por favor

(Ao falar ele estende a mão para a Lúcia que aceitou o gesto com um sorriso.)

- Bom, vamos ver como está essa mocinha!

- Bom Doutor, aqui estão as tomografias que o doutor Henrique tinha pedido!

(O médico afirmou sorrindo, eu apenas o encarei arregalando as sobrancelhas, nesse momento não me sinto à vontade para rir. Por uns minutos ele permaneceu atento aos envelopes, lendo e analisando.)

- Senhorita Montenegro poderia falar com você?
(Ele fitou minha irmã com uma expressão séria, E isso me causou um calafrio incomum, sabia que os "adultos" queriam conversar a sós isso eu não vou permitir.)

- É muito grave? Eu já tenho 16 anos posso ouvir, não irei sair dessa sala!!! ( Afirmei cruzando os braços revoltada)

- bom, então tá. Estou suspeitando que possua alguns tumores no cérebro, por esses exames eles já estão bem desenvolvidos, precisaremos fazer uma ressonância magnética para ter mais certeza mas se eu estiver certo teremos que começar logo com as quimioterapias!

(O doutor tentou falar o mais delicado possível mas não adiantou nada, minhas pernas começaram a tremer e minha boca ficou seca.)

- Mas...

- se você estiver certo, quanto tempo eu tenho? (Perguntei friamente não conseguindo acreditar nessa informação)

- não pergunte isso Mira!

- bom senhorita Mirela, se esse for o caso iremos começar o tratamento o mais rápido possível!

- Eu tenho o direito de saber!!!

- É bom vocês irem para casa descansar.

(respirei fundo e senti um arrepio gelado se formando em meu corpo, nunca imaginei que passaria por uma situação tão horrorosa, irei morrer!!!)

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