Capitulo 2: Dias contados...

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Oii gente, vou falar com vocês rapidinho. Os capítulos estão ficando longos pois eu quero passar para vocês cada um dos sentimentos da nossa protagonista, quero que vocês entendam que o assunto é sério e importante. Logo logo o cast já irá aparecer na história, fiquem tranquilos. É isso, beijos e boa leitura!

(Minha irmã levantou meio bamba da cadeira e em seguida envolveu-me com seus braços guiando-me até a saída. Caminhei calada com a mente vazia e escorada nos braços da minha irmã até o carro que estava no estacionamento do hospital. Sinto que estou com dificuldade de digerir essa informação horrorosa que o médico nos disse, é muito difícil aceitar que eu, uma menina de apenas 16 anos vai ser carregada pela morte tão cedo!)
(Entrei no carro mas dessa vez não fechei a porta com tanta força na verdade acho que faltou, não estou nem conseguindo movimentar meus braços, tudo meu está quebrado por causa do resultado)

- Vai dar tudo certo...

- A vida é uma merda! (Resmunguei baixinho e em seguida coloquei os fones de ouvido, tudo que eu preciso nesse momento é escutar minhas músicas.)

- Voce vai escutar música agora? Esse não é o momento!

- qual é o momento? Quando eu estiver morta deitada no caixão!!!

- Voce não entende, Mirela essa é uma doença grave que temos que ter cuidado, não brinque com isso!

(apenas olhei sua reação por alguns segundos pois não estou com a mínima vontade de discutir e depois voltei a prestar atenção na paisagem sem fim que existia depois do vidro sujo do nosso carro, é incrível como minha vida evoluiu da merda para a bosta!!!)
(A viagem de volta pra casa durou quase uma hora por causa do engarrafamento. Quando minha irmã estacionou o carro eu saí correndo para dentro de casa trombando em tudo que estava na minha frente, pois as lágrimas estão tornando minha visão embaçada. Ao subir as escadas com tanta pressa tropeça nos degraus batendo com força o osso da canela na madeira isso me faz soltar um gemido agudo que ecoa pela casa.)

- Droga! (Gritei entrando no meu quarto)

(agora, aqui, nesse lugar me sinto à vontade, na verdade esse é o único Lugar onde posso me entregar ao medo de morrer. E aí isso que eu fiz, me joguei na cama e comecei um choro intenso agarrado ao meu travesseiro. Horas se passam e apenas as lágrimas somem pois ainda estou encolhida fungando e tremendo. Começo a mexer na parte de cima, onde encontro pequenas lembranças da minha infância, ao tentar retirar uma pequena boneca de pano com os cabelos bagunçado uma caixa de papelão toda enfeitada cai no chão.)

- Droga! (Falei conferindo que tem dentro dessa caixa suicida.) Minhas sapatilhas!

(A sensação de abrir encontrá-la faz meus olhos se encherem de brilho e vitalidade, a lembrança de quando eu dançava nas pontas dos pés, leve como uma pétala deslizando pelos palcos faz surgir um sorriso na minha face triste e abalada com a notícia da minha morte. Lágrimas novamente começam a brotar dos meus olhos inchados com a dor.)

Duas semanas depois...

(duas semanas já se passaram e ainda não saí de casa, estou triste, deprimida apenas deixe o tempo passar por mim, fico deitada por horas no meu quarto escutando música ou revendo fotografias antigas de quando morávamos todos juntos e éramos felizes. Também não estou atendendo aos meus telefonemas, desde ocorre no hospital não falo com ninguém além da minha irmã. Sinto saudades da Rosa, ela é minha melhor amiga nunca ficamos dois dias sem nos falarmos, mas agora tudo mudou, preciso me afastar de todos, assim ninguém sofrerá.)

- Boa noite Lu.

( Escuto uma voz masculina lá de baixo, e minha curiosidade é despertada.Não sou muito de conversar com minha irmã, mas ela sempre me conta quando está namorando, será que dessa vez ela não me disse nada? Desço os degraus rapidamente e vejo Lúcia chorando abraçada com um homem, tento me aproximar e acabo me surpreendendo.)

- DOUTOR!

- Oi Mirela, você se lembra de mim, sou o doutor Lombardi!

- Mira eu posso explicar!

- vocês dois estão namorando? Lúcia como você consegue ser feliz enquanto sua irmã está apodrecendo, porque não me deixou morrer, era mais fácil!!!

- Calma Mirela! Não é o que você está pensando!

- você é adulta mas não consegue aceitar a morte, prefere chorar no ombro de um estranho!!! Quer saber, vai se foder!!!

(Saio de casa sem olhar para trás, sinto que estou com tanta raiva.! Andei mais ou menos meia hora, não posso ficar sozinha na rua é muito perigoso. Só tem uma solução irei na casa da Rosa. Engoli o meu orgulho e toquei a campainha.)

- Quem é?

- Sou eu, Mirela. (sussurrei, agora estou completamente arrependida de não ter comido nada o dia todo, sinto meu corpo fraco estou tonta.)

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