Midoriya ainda me olhava quieto. Ele desviava seu olhar pro chão. Eu não entendia a reação dele. Tal parecia tão interessado mas de repente ficou tão pensativo. Pensava que tinha falado algo errado.
— Desculpe, não importa quantas vezes eu leia os contos, eu não consigo gravar as palavras corretas pra contá-lo. – Falei com certa delicadeza, caso ele estivesse triste.
— Tudo bem, eu estou ótimo.
Rapidamente ele levantava a cabeça, sorrindo pra mim. Eu não sabia se podia ser um sorriso forçado, então tentei não me expressar tanto sobre.
— Ah, então tudo bem. – falei, expressando confiança, mesmo que não acreditasse tanto assim – Venha, ainda temos muitas coisas pra vermos no castelo.
O outro assentiu, seguindo-me pelo vasto corredor cheio de relíquias e salas que nos esperavam.
Enquanto isso, na sala do trono...
Bakugou estava atrás de uma grande sacada, tendo uma boa visão do reino. Ele estava sorrindo (sim, sorrindo, e não era um sorriso sádico de sempre. Era um ótimo sorriso bem calmo e que mostrava felicidade.), estando um pouco pensativo.
Kirishima, seu braço direito, se aproximava em surpresa, procurando o porquê do seu amigo parecer tão sereno.
— Eu nunca vi majestade tão feliz. O que aconteceu?
O loiro, de imediato, assustou-se, se virando pro ruivo atrás dele às pressas.
— PORRA, KIRISHIMA!! – agora era o rei. Seu palavreado chulo era uma boa característica. – Quantas vezes eu disse pra avisar quando chegasse?!
— Eu sou o único qual você não usa formalidade. Isso é meio triste – Kirishima fingia chorar, rindo logo depois. – Vossa mercê não me respondeu!!
— Não é como se fosse algo da sua conta!! – o rei virava para a sacada novamente. Sua personalidade explosiva parecia estar apenas um pouco afetada. – E tu usas formalidade comigo por tua própria responsabilidade.
O ruivo atrás ria, indo até seu lado. Aos poucos, apenas um sorriso decorava sua face
— É o camponês...? Conseguiu arranjar forte ligação com alguém finalmente?
Bakugou sorria logo, olhando pra baixo, um pouco sem jeito
— Sim, finalmente! Eu não sentia algo assim desde... Você sabe.
— Sim, eu sei...
O silêncio perambulou um pouco entre os dois, pricipalmente no loiro, que pensava em várias coisas sobre seu possível futuro. No final, foi ele mesmo que acabou quebrando aquele clima levemente desconfortável.
— Mas ele não parece ter demonstrado emoção. Eu não posso ter certeza de que era Midoriya... Seria ótimo se eu pelo menos lembrasse seu nome.
— Acho que esquecer-se disso é algo totalmente normal. Muito tempo passou, e a poção também o deixou esquecido de bastantes coisas. – Falou o marquês, colocando a mão no ombro do parceiro tentando reconfortá-lo.
O loiro pensava um pouco enquanto olhava o chão e logo levantava a cabeça, esperançoso.
— Sim, tem razão!! Um dia eu irei me reconciliar com Midoriya, ele irá saber quem sou!
— Eu confio em ti. – afirmou Kirishima, com um sorriso grande eu seu rosto.
Ah, pobre Kirishima. Mal parecia que o quê mais reinava em seus sentimentos era mágoa.
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Era uma vez não tão distante...
FanficO que faria se tivesse apenas de obedecer? Você não poderia ir além das regras, você teria um autoritário... em uma época de absolutismo. E entre essas regras, você não poderia se apaixonar.