• As Vantagens De Ser Invisível •

7 1 2
                                    



I don't care, go on and tear me apart
I don't care if you do, ooh ooh, ooh
'Cause in a sky, 'cause in a sky full of stars
I think I saw you





*****

Olhando superficialmente para tudo eu poderia dizer que sou basicamente sortuda, risos a parte eu não sou nada sortuda.

Após quebrar o nariz e ser levada para casa aos xingos eu basicamente peguei um castigo, meus pais eram severos e simplesmente não entendiam que alguém poderia tropeçar e cair. É eu não contei a verdade e para que iria? Eles não iriam poder fazer nada, e eu já não queria trazer mais problemas para dentro de casa.

— Raul, o que vamos fazer com essas meninas? — Minha mãe pergunta, após terminar seu jantar.

— Se acalme Grace. — Ele diz, e pousa o talher no prato. A mesa de quatro pessoas, está parcialmente ocupada.

Brooklyn me olha e revira os olhos, ela faz a mesma cara semelhante a de quando vai aprontar.

Me levanto, lavo meu prato e sigo para o meu quarto. Minha casa é simples, muito simples, não tem piso, nem muito menos as pompas de pessoas "bacanas" essa história não é a de uma princesinha que sofre bullying, mesmo sendo rica, que de repente resolve mudar. Não essa é história da garota que tem que lutar para fazer seu reino. (Ref: princesas, reino)

Não temos condições para "mudar", fecho a porta do meu quarto, retiro o capuz e me deito na cama, jogando-me sem cerimônias.

Quando dizia ao Zeca que queria uma bolsa na Massachusetts ele dizia que eu iria conseguir, mas precisava viver. Sejamos verdadeiros, ninguém com tão pouca renda como eu seria capaz de entrar nessa faculdade fabulosa sem ter que vender o corpo.

Eu preferia estudar, passar horas e horas nos livros sem cessar, porque mais tarde eu seria recompensada.

A porta é aberta abruptamente, e então ela entra. Um sorriso divertido nos lábios, Brooklyn se joga ao meu lado.

— Sabe Kell, eu queria muito que você dissesse a verdade aos nosso pais. — Ela levanta a cabeça e revira os olhos. — Mas você não vai. Então vamos fazer algo que você não faria!

— Como?

— Vamos dar o troco no Bieber, e em tudo que aquele filho da mãe fez a você.

— Perca de tempo! Eu sinceramente não preciso disso. — Ela faz uma careta. — É apenas o colegial.

— É tem razão e apenas o colegial, apenas mais um ano, no mar de azar que você enfrenta a anos. Porque não tem coragem de mandar o Bieber as favas.

— Prefiro estudar.

— Uhum, Raquel livros podem te dar sabedoria, mas eles ainda sim não tem boca para te defender. Você é introvertida, não liga para ter amigos, só o Zeca luta com seu mau humor, constantemente para permanecer ao seu lado.

— Brooklyn, não pedi para que ninguém se preocupasse comigo, nem que sentisse dó ou pena. Não estou na escola para "socializar", não quero o título de queridinha da escola porque eu não preciso disso, estou lá para estudar e nada mais. Kellan e Soares e todo o resto não me importam.

Ela suspira.

— Faça o que achar melhor, maninha, saiba que para qualquer decisão tua, estarei aqui.


                               ****

Estudar na Winchester, não era meu problema, porque eu sou literalmente invisível para todos que estão lá, quer dizer tirando a triagem do Satan, então andar nos corredores era algo normal. As pessoas em geral me viam, mas fingiam que eu não estava ali. Isso não era basicamente ruim.

1. Nada de amigas falsas, com festas falsas, com encontros falsos.

Sabe aquela amiga que te faz passar vergonha na frente "do cara", então eu não tinha esse problema, porque não havia cara nem muito menos amiga para me deixar constrangida.

2. Sem amigos sem zoações, sem pé nem cabeça, com o intuito de basicamente te fazer sentir uma merda.

Os apelidos carinhosos que ganhei com o passar dos anos aqui, foram todos criados pelo trio Satan, no entanto alguns alunos que queriam se destacar tentaram me envergonhar com eles. Mas não é como se eu realmente ligasse, e é aqui que voltamos mais uma vez a estaca zero.

— Hey docinho, porque não foi falar comigo. — Zeca, perguntou com as mãos na cintura.

Zeca pertencia a um grupo, os populares, sim sua orientação sexual não o fez ser menos lindo, o que o tornou o sonho de consumo de garotas e garotos da escola. O fato é que quando Zeca estava do meu lado eu perdia meus poderes de invisibilidade, e me tornava alvo de ódio e raiva da escola. Por ambas as partes.

— Hm, eu queria ir para a biblioteca.

— Santa da perereca com teias, quando você vai me ouvir? Hm? Queria tanto ter uma parceira no crime... Para destilar purpurina por onde passar. — Faz drama. — Mas a minha única amiga, faz pouco caso de mim.

Então ele abaixa a cabeça, e faz sons parecidos com soluços. Todos estão olhando para mim, não entre em pânico, não entre em pânico.

— Ook, eu vou com você, mas tenha em mente que é a primeira vez e a última...

Ele levanta a cabeça com um sorriso tão potente que me faz querer esgana-lo. Me puxando pelas mãos ele passa por todos sem ao menos se importar, não que eu me importe, mas tem muito olhares em cima de nós.

Puxo minha mão da dele e ando ao lado, sem tocar no mesmo. Imagens de mim sendo linchada por essas pessoas passam por minha cabeça.

— Kell você tem vergonha de mim? — Ele pergunta com uma cara tão triste e real que faz meu coração se quebrar.

Porcaria de sentimentos idealistas.

— Nunca Zeca, porque essa pergunta?

— Sempre quando eu tento te tocar, ou dar a mão, você se afasta.... — Seu timbre baixo me faz perceber o quão infeliz minhas atitudes pareceram.

Paro em sua frente e sem me importar com os supositórios, falatórios, fofocas eu abraço o rosado.

— Você é a pessoa que eu mais respeito nessa escola, me perdoe se eu pareci mesmo sentir vergonha de você, não é o que eu sinto.

Ele sorriu novamente.

— Sabe para eu te perdoar totalmente você poderia me deixar te produzir, revelar a Deusa guerreira por debaixo desse jeans largos e essa blusas de bandas.

— Eu amo Guns'N Roses ok? Não fale mais das minhas coisas. Agora se seus admiradores me matarem por estar te tocando saiba que a culpa é toda, sua.

Ele gargalha escandaloso e me abraça apertado.

— Um dia ainda revê-lo a princesa por de trás desse ogro que você demonstra. — Reviro os olhos. — Vamos o sinal vai tocar.

— Entrar cinco minutos atrasado não mata ninguém docinho. — Miro seus olhos e saio andando, ouço o bufar dele e seus passos me seguindo.






Primeiríssimo capítulo, espero que esteja bom... Rsrs... Os capítulos serão pequenos, porque escrevo pelo celular... Até o próximo cap, gente ❤️🙆😉

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 30, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A NERD 'From the next room' Onde histórias criam vida. Descubra agora