Capitulo 14

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Yerin permanecia naquele bar, os olhos se inundavam de lágrimas enquanto sua mente se afogava em memórias com Taehyung, era estranho para ela, ela não conseguia compreender como podia gostar tanto dele. Porém ele a preencheu e a fez sentir coisas que ela jamais sentiu anteriormente. Ela sentia falta dele, do toque dele, do cheiro dele, do beijo dele... Do jeito que ele a abraçava sempre que a queria proteger.

Ela não pôde evitar esboçar um sorriso triste ao observar a tela de fundo de seu celular, ainda não tinha tirado a foto deles juntos em Busan, lembrar desse dia e da história fofa sobre o beijo da primeira nevada a deixavam nostálgica, era naquelas alturas que ela rezava para que essas lendas fossem reais.

A garota se preparava para levar mais um copo até sua boca porém teve seu ato parado por uma mão em seu pulso, ela nem precisou olhar, a corrente elétrica que sentiu quando as peles se encostaram foi suficiente para ela saber que era Taehyung, então ela se levantou repentinamente, voltando seu corpo em urgência para encontrar os olhos do garoto e confirmar suas certezas que era ele ali.

Eles se encaravam em silencio, o frio envolvia ambos os corpos, quase que os obrigando a se abraçarem em urgência e saudade, todavia, para infelicidade de Yerin, o garoto permaneceu estático e, desta vez, ela não daria o primeiro passo.

— Vamos para casa. — ele pediu em tom triste, sua voz rouca soava mais grossa que o habitual.

— Eu já não moro lá mais. — respondeu com a voz fraca.

— Yerin, não seja boba, por favor. Vamos para casa. — ele lhe estendeu a mão, esperando que ela segurasse, como ela sempre fazia.

A menina o olhava receosa, ouvi-lo dizer "vamos para casa" pareceu tão familiar porém tão estranho. Ela tinha medo de voltar e ser infeliz mais uma vez, ela tinha medo de voltar e ser machucada por Taehyung mais uma vez, então, quando ia para tocar a mão estendida em sua frente, recuou, o fitando com os olhos brilhando.

Taehyung ficou surpreso ao ter sua mão rejeitada e como um ato automático mordeu o interior da bochecha receoso. Seu olhar tornou a encontrar os olhos dela, ele a amava tanto e tudo aquilo lhe doía.

— Me diz. – a voz quase nem saiu.

— O quê? — ele questionou confuso.

— Me diz porque acabou. – ditou agora mais firme e assertiva. — Você já me magoou então está tudo bem se for doer de novo, apenas me diga porque acabou e me trate de forma digna. — ela quase suplicou.

— Yerin, por favor, vamos falar no carro, tem gente aqui. — Taehyung disse baixo e logo Yerin assentiu.

Diferente do que Taehyung acreditava, desta vez Yerin não segurou sua mão como sempre fazia, ao invés disso ela se limitou a passar reto por ele, saindo do estabelecimento um tanto zonza devido ao excesso de álcool consumido.

Logo ambos entraram no carro, o silencio os abraçou mais uma vez, Taehyung tinha tanta coisa para falar que chegava a ser torturante não poder dizer nada então ele se limitou a ligar o carro, dando inicio à corrida. Guiava cuidadosamente e propositadamente lento, ele queria passar o máximo de tempo com ela.

Taehyung chorava por dentro, ele queria tanto lhe falar como ela estava linda, como ele amou seu novo corte de cabelo, ele queria pedir desculpa por todas as noites que a fez chorar, ele a ouviu todas as noites, ele escutava o choro dela até a menina dormir. Ele se odiava por a ter feito sentir assim, doía mais do que estar sem ela.

Contudo, ele simplesmente ficou mudo, seu coração doía demais, porém seu semblante simplesmente se mantinha sério. Taehyung havia lido a mensagem de Yerin umas vinte mil vezes e ele ainda se machucava toda a vez que lembrava de tudo o que a garota falou.

SLEEPY - kth, [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora