Body Say

Take me there 'cause I want your sex

 Desespero era a palavra certa para o que eu estava sentindo em plena sexta-feira às 6:50 da manhã na fila do Starbucks no Shopping.

O motivo de tal desalento? Simples, eu deveria chegar às sete em ponto na sede da empresa Hyuuga com o café do meu querido chefinho Neji Hyuuga. Mas que culpa tenho eu se em plena quinta feira a noite fui seduzido por meu vizinho deus grego vulgarmente conhecido como Gaara? Um ruivo maravilhoso, de olhos verdes, penetrantes e misteriosos. O que resultou em nós dois sarrando a noite toda, e eu acordando atrasado pro trabalho, ainda que houvesse dormido poucas horas.

Finalmente, após décadas excruciantes de espera, cheguei ao balcão e pedi dois cafés expressos para viagem. Peguei meu celular para olhar as horas e nem me surpreendi quando vi 5 ligações perdidas de Sakura e 10 ligações perdidas de Ino, exageradas quase nada. Sorri com a preocupação de minhas amigas.

Paguei os café e fui o mais rápido possível para o estacionamento do Shopping, desfilando como sempre. Sou aprendiz de Beyoncé meus anjos, vocês querem o que ?

Entrei dentro do carro e me pus a dirigir em direção a empresa, que apesar de não ser tão longe do Shopping, me faria perder mais algum tempo devido ao trânsito caótico do Rio de Janeiro, que graças a minha santa Rihanna, estava andando razoavelmente rápido hoje.

Cheguei na empresa faltando cinco minutos para 7:20 e eu só conseguia pensar que estava morto, ou estaria em breve, já que minha mesa estava sem meus pertences e eu teria que enfrentar toda a fúria do meu chefe fodidamente gostoso e ranzinza.

- Atrasadíssimo - Ino me lançou um olhar de reprovação enquanto passava por ela a passos rápidos e largos.

- Eu sei, poc. Chefinho já chegou? - perguntei já indo em direção a sala dele, suando frio. Tudo que eu menos precisava era levar um esporro logo cedo. Ou talvez precisasse muito, mas não nesse sentido, se é que entendem.

- Já sim, e ele perguntou sobre você - Sakura se intrometeu na conversa com aquele mesmos olhos verdes reprovadores de sempre, numa cara de quem diz “eu avisei”.

- Adeus amigas, vou ser demitido - Respondi num bico, com carinha de cachorro perdido, em meu famoso drama.

Bati na porta escutando um “pode entrar”, obedeci com o coração na mão - pra não dizer outra coisa - e adentrei a sala vendo aqueles homem de terno preto, com seus cabelos longos amarrado em um coque e seus lindos olhos perolados vidrado em mim.

- Bom dia senhor Hyuuga, sobre o atraso eu posso explicar - falei entregando seu café, tentando sorrir e parecer o mais cortês possível.

- Não precisa Uzumaki, estou de bom humor hoje. Pode ir para o seu trabalho - falou sorrindo, para meu total espanto. Aí tinha! Ah, se tinha!

Puta merda e que sorriso, meu sonho ter esse homem na minha cama.

- Obrigado senhor Hyuuga, eu não viveria sem o senhor - Estava tão absorto naquele sorriso que nem notei o que havia acabado de falar. Ops!

- É verdade que não viveria sem mim ? - Inquiriu levantando a sobrancelha, um leve rubor tomando conta de seu rosto alvo.

- Não é isso que eu quis dizer, eu não viveria sem esse trabalho. Não entenda mal por favor - E lá estava eu me desesperando de novo. Era incrível o poder daqueles olhos perolados sobre mim, fazendo com que eu me perdesse num tipo de transe.

- Tudo bem, Uzumaki, eu entendi - Rebateu voltando-se novamente para o computador, seu tom de voz um tanto mais seco do que a momentos atrás. - Pode sair agora.

Saí e fui para a grande sala onde ficava a minha mesa, juntamente com as de Sakura e Ino, visto que nós três trabalhávamos no mesmo setor.

- Posso saber por que a madame se atrasou? De novo, diga-se de passagem! - perguntou Sakura amarrando seus cabelos rosados, num misto de divertimento e repreensão.