o tsunami chegou;

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A vingança é um copo de vodka geladinha.


Sehun andava normalmente com um copo em mãos, indo em direção do pátio da universidade, com toda sua elegância e juventude na sola dos pés. Quem olhasse diria que ele tinha sido solidário e havia comprado um café para dar de presente à alguém especial, sua namorada, talvez?

O rapaz sorriu maldoso, rompendo essa imagem de cavalheiro que o abordava e aproximou a bebida perto do nariz, fazendo cara de nojo ao sentir o cheiro daquela substância de procedência duvidosa, que tinha uma missão muito preciosa naquela tarde.

A expressão foi substituída por uma de malícia, enquanto avistava seu melhor amigo sozinho de costas, sentando em um banco, apenas vendo a movimentação das pessoas. Notou que ele estava de fones, disperso do mundo que o rodeava e chateava.

Sabe quando você vê aquele seu amigo tranquilo no canto dele e sente uma vontade vinda diretamente das portas do inferno te cutucando e dizendo "vai perturbar ele" e você vai lá e perturba ele, porque você é um fodido em busca de constante atenção?

Era exatamente isso que Sehun era em relação à Jongin.

Ele simplesmente não conseguia deixar Jongin com seu juízo quieto e sossegado. Para o mais novo as palavras "Jongin" e "sossego" não deveriam se encaixar em uma mesma frase, apenas em casos de "Oh Sehun acaba com o sossego de Kim Jongin todos os dias na sala de projeção em cima do auditório", tão verídico que deveria sair nos jornais, menos a segunda parte, que foi referência.

Oh Sehun nunca foi uma pessoa com um senso comum normal. Seus pais o ignoravam, seus amigos eram chatos e seu cachorro não lhe lambia. E isso fazia com que o rapaz fosse amargurado do coração.

Entretanto, podemos dizer que, de fato, era frescura dele.

Já que, primeiro, seus pais não ignoravam Sehun por completo, apenas suas presepadas e crises dramáticas. Talvez seus amigos fossem realmente chatos, mas que amigos não são? Sehun até mesmo superava nesse quesito, é relativo.

– Pelo menos você me ama. – Dizia Sehun abraçando Vivi, que tentava fugir desesperadamente do seu humano dezenas de vezes maior que si. Seu cachorrinho não lhe lambia porque era tímido, e Sehun gostava de encher a paciência esse doguinho, viu...

Mas não tanto quanto gostava de infernizar a vida de seus melhores amigos, especificamente do abençoado chamado Kim Jongin. Sehun era a razão das respiradas fundas de Jongin para não surtar.

Jongin tentava, muito fortemente, com vontade mesmo, ser uma pessoa mais espiritualizada, ficar em paz e ter paciência, como Jesus tinha. Mas dez minutos depois com Sehun perturbando a sua vida e os outros rindo da sua desgraça, ele já ficava tipo: Esse bando de arrombado do caralho, vão tomar no meio do cu deformado de vocês.

Era uma mão na consciência e a outra na chinela pra dar na cara de Sehun.

Sehun era uma pessoa perfeita? Não. Ele era uma pessoa boa? Er... Não. Ele se esforçava todos os dias para tentar ser melhor? Também não, mas... segue o baile.

Com toda certeza de Buda, o moreno guardava rancor por ter sido alvo de tantas trollagens pelo mais novo. E ele fazia o que? Continuava como o adulto maduro que era e deixava isso pra lá? Completamente errado, pois Jongin fazia questão de se vingar o dobro mais tarde, o que levava Sehun a retornar triplamente o ranço e vice-versa. Isso havia se tornado um ciclo vicioso na convivência de ambos.

Era culpa do Sol em Capricórnio e Áries deles, como Baekhyun dizia.

Era Jongin jogando uma aranha de plástico na cabeça de Sehun e o maior revidando colocando baratas dentro de sua camisa, o fazendo quase desmaiar no meio do refeitório e o campus ser fechado pra uma inspeção de saúde.

A vingança é um copo de vodka geladinha 》 [ SEKAI ]Onde histórias criam vida. Descubra agora