2. O Baile.

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.10 anos depois.


pov narrador

-- Preparadissima estou. -- sorriu para o espelho. O vestido azul brilhoso dava um belo contraste com o tom de sua pele. -- Meu amor, o que acha desse vestido? -- caminhou até o meio-dragão que fazia uma bagunça em sua cama. -- Olha a bagunça que você fez. -- riu ao observar-la com o rosto todo sujo de sei la o que ela estava comendo.

-- Awrrr.

-- Bem, sei que não vai falar nada, porque você não fala. -- bagunçou ainda mais os cabelo da outra com as mão. -- Arrume-se logo, a festa já começou. Encontro-te no salão principal, meu dragãozinho. -- Abanou e saiu.

-- Tori!

-- Cami! -- Abraçaram-se bem apertado.

-- Guilherme está a sua procura.

-- Achei que depois do que fizemos com ele, não iria mais me importunar. Mas, vejo que ele realmente me quer. -- deu um sorriso malicioso. Ser desejada era ótimo.

-- Hm... Não vira agora, se não ele vai te ver. Na verdade, não adianta muito. Não há tantas meninas com roupas como a sua aqui. -- deu de ombros e riu.

-- Engraçadinha. Dá próxima eu fico com o seu e você com o meu. Pode ficar com o príncipe também. Ah, se ousar tocar em meu dragão, eu arranco sua cabeça. -- lançou-lhe um olhar duro mas só até sua amiga assentir freneticamente, depois de ver o quão amedrontada a menina estava, riu de sua cara. Não gostava muito da ideia de usar a guilhotina em quem esteve ao seu lado todos esses anos.

-- Não é em mim, que queres usar a guilhotina de seu pai.

-- Por que as damas estão falando sobre guilhotinas ao invés de vestidos e maquiagem? -- Revirou os olhos antes de virar-se com um de seus sorrisos falsos.

-- Minha princesa é inteligente demais para ficar presa apenas em vestidos e maquiagem. -- estufou o peito e sorriu de canto enquanto colocava sua mão sobre a que estava em sua cintura agora.

-- Quem és tu? E, por que está tocando a minha futura rainha?

-- Eu so- -- O que diria pra ele? Precisava de mais tempo para mentir, ou para se acostumar com a mentira. Camille notou que sua amiga precisa de ajuda só com o olhar que ela havia lhe lançado.

-- Vitoria disse que você gosta muito de morango e chocolate, e tem uma mesa cheia deles. Vem comigo. -- pegou em seu braço e a arrastou para longe do outros dois.

-- Por que ela te chamou de "minha princesa"?

-- Perguntas demais pra quem não é nada meu.

-- Logo, iremos nos unir em matrimonio, querida. Quer você queira ou não. -- apertou o braço dela. -- É para o bem dos nossos reinos. Uma boa princesa entende que deve sacrificar-se para o bem dos demais, não é?

-- Solta o meu braço agora.

-- Até logo, querida. -- beijou-a na bochecha e saiu.

Tocou a marca roxa que o príncipe tolo deixou e tentou segurar as lágrimas de raiva que queriam sair, mas não consegui então, derrotada, saiu correndo para o seu quarto. Não trancou a porta, só se jogou na cama.

-- Não quero ninguém aqui. -- o som saiu abafado mas ainda dava pra ouvir.

-- Rawrrr... -- o pequeno ser afagou os cabelos da princesa como vinha fazendo em todas as outras noites que esteve no castelo. -- Não falei o quão linda você está hoje. Ou o quanto eu te amo. Mas você já sabe mesmo. -- Era novo para a princesa ouvir a outra falar algo. Porque até então, todos achavam que ela não sabia como os humanos falavam, embora fosse metade.

-- Eu também te amo, meu amor. -- olharam-se por alguns segundos, até que o meio-dragão aproximou-se dando fim àquela distância que separava seus lábios.

-- Vitoria, tá na hora da vals... Oh meu Deus, me desculpe por interromper. -- Vitoria riu enquanto as outras duas coravam violentamente.

Reforçaram suas maquiagem e puseram o melhor sorriso no rosto para que não soubessem que algo aconteceu. Esse jogo era so delas.

Anunciaram o início da valsa e logo as duplas foram se formando. Guilherme buscou por Vitoria em todo o salão e quando a achou, tomou-lhe em seus braços porque a musica já começara.

-- Sorria!

-- Tendo uma pessoa como você por perto, é quase impossível sorrir verdadeiramente.

-- Não me importa o que acha de mim. Sabe que, no fim, você será minha. Não adianta fugir, meu amor. -- nunca sequer viu uma expressão tão cheia de maldade como a dele. Sentiu medo, porém segurar a língua é a última coisa que ela faria.

-- Você é muito seguro. Acha que não farei nada para mudar isso? Não sou como as outras. -- Guilherme de GoldWood não tem um bom histórico com garotas. Mas, não podem deter um príncipe, nem sequer entrar em seu caminho.

-- Faça o que quiser. O que conta é a minha palavra, afinal ninguém nunca dá importância ao que uma mulher quer dizer. Tolas, não servem para opinar, apenas para satisfazer aos desejos de seus maridos.

-- É a hora de trocar de par. -- ouviram um tom feliz e um pouco ofegante. Aquela dança era realmente muito cansativa. Mas a música bastante alegre.

-- O que houve?

-- Preciso falar com o papai, antes que o pior aconteça.

××××××

ate o prox.

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